31.3.06
Chico Buarque
Li, no blog da Thelma, trechos de uma entrevista de Chico Buarque onde ele reflete sobre a Solidão e acaba concluindo que é "quando nos perdemos de nós mesmos e procuramos em vão pela nossa alma"...
Por coincidencia, me deparo com uma foto dele com um mapa das ruas do Rio de Janeiro tatuado na pele... E fico pensando até que ponto este mapa nos ajuda a chegar na alma do Chico. Ele que tem uma sensibilidade tão feminina, que fala de pele e de alma como uma coisa só, capaz de fazer uma mulher se apaixonar desmedidamente...
Chico não deveria envelhecer nunca! Me refiro ao corpo, mesmo... Me recuso a ver rugas em torno dos seus olhos! Mas as fotos em que ele expõe seu corpo tatuado demonstram a sua idade... Claramente. Corajosamente. Um belo jeito em que a exposição do corpo se une à arte. Com verdade e beleza. Com a sua real...idade.
Por coincidencia, me deparo com uma foto dele com um mapa das ruas do Rio de Janeiro tatuado na pele... E fico pensando até que ponto este mapa nos ajuda a chegar na alma do Chico. Ele que tem uma sensibilidade tão feminina, que fala de pele e de alma como uma coisa só, capaz de fazer uma mulher se apaixonar desmedidamente...
Chico não deveria envelhecer nunca! Me refiro ao corpo, mesmo... Me recuso a ver rugas em torno dos seus olhos! Mas as fotos em que ele expõe seu corpo tatuado demonstram a sua idade... Claramente. Corajosamente. Um belo jeito em que a exposição do corpo se une à arte. Com verdade e beleza. Com a sua real...idade.
A notícia:
"Chico Buarque colocou em ação o antigo desejo de ser fotografado com imagens de mapas das ruas do Rio de Janeiro projetadas no corpo. A idéia, concretizada pelo fotógrafo Bruno Veiga, faz parte da capa e do encarte de Carioca, o novo CD do cantor que chega às lojas no fim do mês. As 12 faixas do álbum, incluem canções inéditas e composições feitas para filmes – como “Porque era Ela, Porque era Eu”, de A Máquina, e “Sempre”, música-tema de O Maior Amor do Mundo, novo trabalho do cineasta Cacá Diegues. A capa do disco trará o rosto de Chico em meio aos mapas."
Olhar de peregrino
Acompanho sempre o Fotoblog dos Peregrinos de Santa Maria, RS, onde o meu amigo Rafael vai contando suas histórias, seus encontros e publicando lindas imagens do interior de Santa Maria e localidades próximas.
Aliás, mais do que imagens dos peregrinos, busquei registrar aqui, o olhar do Rafael, sensível à beleza da paisagem, da natureza e das moradas encontradas pelo caminho...
(Para ver as fotos ampliadas é só clicar em cima!)
Em tempo: o Rafael esclarece que as fotos dos raios solares e do riacho são de autoria da peregrina Dalila!
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Flores pelo caminho...
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Obrigada, Rafael! Por mostrar que para caminhar, não precisamos ir até Santiago de Compostela (embora este seja um sonho possível!), que para admirar a paisagem é só abrir os olhos para o que está a nossa volta e que, para ter fé, basta a consciência da beleza das flores!
30.3.06
Expectativas
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Complicado isto de corresponder às expectativas. Não as de qualquer pessoa, mas as dos filhos. Tenho pensado sobre isto. Muito mais do que gostaria. Nada me deixou mais feliz do que ter filhos. Gestação. Dar a luz. Ver crescer. Cuidar. Acarinhar. Permitir. Dar limites. Empurrar pra vida...
E há um momento em que se tem a clareza que a relação precisa mudar. Que ser mãe, em tempo integral, é uma coisa absolutamente dispensável. Alívio. Sensação de ter feito a coisa certa. Os filhos caminham sozinhos, inteiros, donos do próprio nariz, sabendo tomar decisões, independentes, autônomos... Bom trabalho, penso eu! E agora?
Eu, que me deixei em segundo plano, durante tanto tempo, por livre e espontânea força da natureza, do amor incondicional pelos filhos, pelo prazer de ser Mãe, preciso me retomar. Me reencontrar. Me redescobrir.
Isso requer algum esforço. Muito esforço. Eu, que achava que eles precisavam de mim, descubro que me apoiava neles. Me escondia neles. Me protelava, me adiava, me transferia, me iludia...
É a minha vez de crescer, de refazer minha rota, de não pesar, de não cobrar, ser independente...
E tento levantar vôo. Sair de cena. Fazer as minhas coisas. Caminhar sozinha.
Mas quando repenso tudo e olho para os meus filhotes ainda acho que querem colo. É um ir e vir. É um tatear. É um aprendizado sem trégua. É complicado, complexo, difícil, dolorido... O que esperam de mim? Quais são as suas expectativas? Não tenho as respostas. Mas tenho toda a disposição de acertar. De achar o equilíbrio. De corresponder. De, pelo menos, tentar.
E há um momento em que se tem a clareza que a relação precisa mudar. Que ser mãe, em tempo integral, é uma coisa absolutamente dispensável. Alívio. Sensação de ter feito a coisa certa. Os filhos caminham sozinhos, inteiros, donos do próprio nariz, sabendo tomar decisões, independentes, autônomos... Bom trabalho, penso eu! E agora?
Eu, que me deixei em segundo plano, durante tanto tempo, por livre e espontânea força da natureza, do amor incondicional pelos filhos, pelo prazer de ser Mãe, preciso me retomar. Me reencontrar. Me redescobrir.
Isso requer algum esforço. Muito esforço. Eu, que achava que eles precisavam de mim, descubro que me apoiava neles. Me escondia neles. Me protelava, me adiava, me transferia, me iludia...
É a minha vez de crescer, de refazer minha rota, de não pesar, de não cobrar, ser independente...
E tento levantar vôo. Sair de cena. Fazer as minhas coisas. Caminhar sozinha.
Mas quando repenso tudo e olho para os meus filhotes ainda acho que querem colo. É um ir e vir. É um tatear. É um aprendizado sem trégua. É complicado, complexo, difícil, dolorido... O que esperam de mim? Quais são as suas expectativas? Não tenho as respostas. Mas tenho toda a disposição de acertar. De achar o equilíbrio. De corresponder. De, pelo menos, tentar.
29.3.06
Museu da Língua Portuguesa
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Na Estação da Luz, em São Paulo, foi inaugurado agora em março,
Na Estação da Luz, em São Paulo, foi inaugurado agora em março,
Pelo que vi na televisão é um super passeio virtual e já virou meu objeto de desejo. Acaba de entrar na minha lista de coisas que vou conhecer em 2006!
Uma descrição do Museu:
"...o único espaço do mundo totalmente dedicado ao idioma natural de um país. Além da interatividade e da alta tecnologia, o museu abriga um vasto conteúdo sobre linguagem, história da língua, os inúmeros idiomas que ajudaram a formá-la, as formas que ela assume no cotidiano, a criação da língua na literatura brasileira, entre outros assuntos, que são apresentados em diversas mídias e espaços do local."
Mais detalhes neste site: Bibliotecários Sem Fronteiras .
28.3.06
Sapatos. Humpf!
Pop Art de Pablo Vallejo
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Odeio comprar sapatos! Usar sapatos! Combinar sapatos com roupas ou bolsas ou meias ou qualquer coisa do gênero!
Acho humilhante experimentar sapatos! Talvez tenha a ver com meu pé trinta-e-quatro-de-cumprimento-por-quarenta-de-largura... Ou meus dedos absolutamente desordenados... Na verdade acho que sapatos são alguma coisa torturante e só fazem sentido quando esquecemos que estamos calçando um par. Razão pela qual adoro minhas botas de estimação e meus tênis novos - que tem mais de quinze anos! (Tá bom: menos um pouco! Tô exagerando para o meu relato ficar mais dramático!)
Sempre usei chinelas havaianas - legítimas, claro! Acho que envergonhei muitas amigas por desfilar com as minhas na praia e em tardes de verão, com vestidos fresquinhos... Ninguém fazia isso anos atrás! Naquela época só havia havaiana azul clarinha ou preta! Sou muito antiga...
O fato de ler coisas como "os sapatos podem ser os responsáveis por você arrasar na festa ou ser alvo de olhares recriminadores" ou "dependendo da escolha, ele pode levantar um visual básico, ou mesmo ‘detonar’ aquela produção" não ajudou em nada: sempre escolho o conforto...
Na hipótese de alguém ainda achar que exagero, uma imagem fala mais que mil palavras... Ou alguém acha que estas duas imagens tem chance de convivência pacífica e indolor??
Irmãos Coragem
Em Lavras, até 1970, não pegava nenhum canal de televisão.
Então, a primeira novela que assisti foi "Irmãos Coragem"!
Foi um acontecimento na city! Era uma espécie de faroeste tupiniquim, lembrava os filmes de bang-bang que assistíamos no cinema... Depois disso Lavras nunca mais foi a mesma. O cinema acabou fechando e as pessoas pararam de se visitar à noite... (Qualquer coisa como acontece agora em dias de jogo do Brasil na Copa do Mundo!)
A música da novela tocava e íamos todos pra frente da TV. Sempre tinham bombons Noite de Gala, que meu pai trazia em pacotes enormes! Delícia!
24.3.06
Tá bom, confesso!
Bahhhhh!!
Impossível de assistir o noticiário na TV.
De pizzas, CPIs, escândalos, greves, quebras de sigilo bancário, euzinha tô exausta!
Melhor desligar a TV, fazer um chimarrão e esquecer dos políticos! Bahhhh! Desilusão total! Tô no limite do meu limite! De tentar entender, de ainda acreditar, de achar que merecemos coisa melhor!
Aliás, a programação inteira anda deplorável! E olha que já gostei de assistir novelas! No tempo dos "Irmãos Coragem", mas gostei!
22.3.06
21.3.06
Ainda a campanha da Dove
Eu comentei no post anterior sobre a campanha da Dove e de como era pertinente esta abordagem: Dove ajuda mulheres a superar as pressões dos padrões de beleza atuais.
Pelos comentários da Cida e do Sean, achei que seria bacana colocar fotos mais significativas, aqui! Esta, da esquerda, por exemplo, menciona as próteses de silicone...
Ainda há um longo caminho a ser percorrido, mas é uma campanha publicitária que aponta uma nova tendência que, espero, ajude as mulheres a se sentirem melhor na própria pele!
Pelos comentários da Cida e do Sean, achei que seria bacana colocar fotos mais significativas, aqui! Esta, da esquerda, por exemplo, menciona as próteses de silicone...
Ainda há um longo caminho a ser percorrido, mas é uma campanha publicitária que aponta uma nova tendência que, espero, ajude as mulheres a se sentirem melhor na própria pele!
Saldo de verão
Justamente quando a liberdade de agir começaria a ser exercitada, vem a escravidão do padrão de beleza! É tão parodoxal a supervalorização do corpo da mulher num momento em que ela se liberta de tanta repressão...
A imposição estética de magreza e beleza acaba sendo um retrocesso, porque controlar os corpos das mulheres é também moldar seu comportamento...
Então, acho que a Dove fez uma campanha, neste verão, que alerta as mulheres para que valorizem as suas diferenças e apostem na liberdade como caminho para realização e aceitação do seu corpo: ser bonita, definitivamente, não é tentar ser como a top model da vez!
20.3.06
"Mas como sopra o vento nestas ruas de Outono" (Quintana)
Gosto dos ciclos, das estações do ano marcadas, da renovação.
A mudança no tom das folhas me encanta e me dá uma saudade de alguma coisa que nem sei definir.
Perfeito pra reler Mário Quintana...
A mudança no tom das folhas me encanta e me dá uma saudade de alguma coisa que nem sei definir.
Perfeito pra reler Mário Quintana...
O outono toca realejo
No pátio da minha vida.
Velha canção, sempre a mesma,
Sob a vidraça descida...
Tristeza? Encanto? Desejo?
Como é possível sabê-lo?
Um gozo incerto e dorido
de carícia a contrapelo...
Partir, ó alma, que dizes?
Colhe as horas, em suma...
mas os caminhos do Outono
Vão dar em parte alguma!
.
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Montagem da Kika
18.3.06
Infância
Sempre me identifico com as histórias, as lembranças e o imaginário de Kledir Ramil.
Achei uma delícia esta crônica, tirada da sua coluna, no Uol:
No meu tempo de guri
Quando eu era crianca, no século passado, os alimentos não tinham prazo de validade. Ou cheiravam bem ou estavam estragados.
Comia-se de tudo. Muito doce, pão com manteiga, bolo de chocolate. Leite, era leite de vaca mesmo, não essa coisa aguada de hoje. Era uma bebida encorpada, cheia de gordura, que vinha em garrafas de vidro, com uma tampinha de alumínio. Ninguém falava em colesterol.
Bebia-se água da torneira e, durante o verão, na praia, até se engolia um pouco de água do mar. Ninguém falava em poluição, coliformes fecais, essas coisas. Não existia protetor solar. O buraco da camada de ozônio ainda não havia nascido, ou era pequeno. Raios ultravioleta a gente só conhecia das experiências de laboratório, nas aulas de ciências.
Não havia vídeo game. Jogava-se botão, víspora, dominó, batalha naval. Os jogos usavam pedrinhas, feijões, palitinhos, saquinhos de arroz... Ou eram brincadeiras de calçada: pula corda, esconde-esconde, amarelinha, peteca... Bambolê, ioiô, pião, bolinha de gude... Não havia perigo. Ninguém vivia em condomínios com grades, guaritas e seguranças. Porteiro eletrônico só se conhecia dos filmes de ficção científica.
A gente andava de carrinho de rolamento, patinete e bicicleta. Eu tinha uma Monark, aro 20, pneu balão, sem freio. Nossos ídolos eram os Beatles e o Topo Giggio.Todo dia, depois de fazer os deveres de casa, eu ia pra rua jogar bola com os amigos. Isso mesmo, jogava-se bola no meio da rua. Quando havia vento, soltava-se pipa, que a gente mesmo fazia, aproveitando lascas de bambu, papel celofane, barbante, goma arábica e uns pedaços de pano velho.
O aparelho mais próximo do celular de que me lembro, era o telefone de lata. Duas latinhas de ervilhas, vazias, amarradas nas pontas de um cordão esticado. A gente ficava ali sentado no meio fio, conversando à distância com os amigos. Ainda não tinham inventado o MSN.
Quando eu ficava doente, me davam um xarope de mel, guaco e agrião. No dia seguinte, já acordava curado. Se a doença era mais grave, tinha que tomar óleo de rícino, um negócio tão horroroso, mas tão horroroso, que usavam até pra misturar na gasolina das lambretas.
Foi então nessa época, pra nossa alegria, que apareceu o Biotônico Fontoura, um fortificante gostoso. Foi meu primeiro porre. Tomei três frascos no gargalo, e fui parar no hospital.
Enfim, como todo guri que se preza, fiz um monte de besteiras, experimentei várias drogas e sobrevivi. A mais perigosa foi o chiclete de bola.
Bebi muita água da torneira e não morri por causa disso. Ou será que já morri e não me dei conta?
Achei uma delícia esta crônica, tirada da sua coluna, no Uol:
No meu tempo de guri
Quando eu era crianca, no século passado, os alimentos não tinham prazo de validade. Ou cheiravam bem ou estavam estragados.
Comia-se de tudo. Muito doce, pão com manteiga, bolo de chocolate. Leite, era leite de vaca mesmo, não essa coisa aguada de hoje. Era uma bebida encorpada, cheia de gordura, que vinha em garrafas de vidro, com uma tampinha de alumínio. Ninguém falava em colesterol.
Bebia-se água da torneira e, durante o verão, na praia, até se engolia um pouco de água do mar. Ninguém falava em poluição, coliformes fecais, essas coisas. Não existia protetor solar. O buraco da camada de ozônio ainda não havia nascido, ou era pequeno. Raios ultravioleta a gente só conhecia das experiências de laboratório, nas aulas de ciências.
Não havia vídeo game. Jogava-se botão, víspora, dominó, batalha naval. Os jogos usavam pedrinhas, feijões, palitinhos, saquinhos de arroz... Ou eram brincadeiras de calçada: pula corda, esconde-esconde, amarelinha, peteca... Bambolê, ioiô, pião, bolinha de gude... Não havia perigo. Ninguém vivia em condomínios com grades, guaritas e seguranças. Porteiro eletrônico só se conhecia dos filmes de ficção científica.
A gente andava de carrinho de rolamento, patinete e bicicleta. Eu tinha uma Monark, aro 20, pneu balão, sem freio. Nossos ídolos eram os Beatles e o Topo Giggio.Todo dia, depois de fazer os deveres de casa, eu ia pra rua jogar bola com os amigos. Isso mesmo, jogava-se bola no meio da rua. Quando havia vento, soltava-se pipa, que a gente mesmo fazia, aproveitando lascas de bambu, papel celofane, barbante, goma arábica e uns pedaços de pano velho.
O aparelho mais próximo do celular de que me lembro, era o telefone de lata. Duas latinhas de ervilhas, vazias, amarradas nas pontas de um cordão esticado. A gente ficava ali sentado no meio fio, conversando à distância com os amigos. Ainda não tinham inventado o MSN.
Quando eu ficava doente, me davam um xarope de mel, guaco e agrião. No dia seguinte, já acordava curado. Se a doença era mais grave, tinha que tomar óleo de rícino, um negócio tão horroroso, mas tão horroroso, que usavam até pra misturar na gasolina das lambretas.
Foi então nessa época, pra nossa alegria, que apareceu o Biotônico Fontoura, um fortificante gostoso. Foi meu primeiro porre. Tomei três frascos no gargalo, e fui parar no hospital.
Enfim, como todo guri que se preza, fiz um monte de besteiras, experimentei várias drogas e sobrevivi. A mais perigosa foi o chiclete de bola.
Bebi muita água da torneira e não morri por causa disso. Ou será que já morri e não me dei conta?
O que fala mais alto?
O olhar do agrônomo, que estuda, classifica, dá o nome científico?
O olhar do fotógrafo, que vê a forma, as cores, a harmonia?
O olhar do poeta, que vê poesia onde há beleza?
O olhar do místico, que identifica um milagre quando encontra a vida?
O olhar do fotógrafo, que vê a forma, as cores, a harmonia?
O olhar do poeta, que vê poesia onde há beleza?
O olhar do místico, que identifica um milagre quando encontra a vida?
17.3.06
Webcam - ter ou não ter?
... ou Delírios sobre o tema
... ou Diálogos ensandecidos via Orkut
... ou Dois malucos tentando se ver via webcam no MSN
... ou Diálogos ensandecidos via Orkut
... ou Dois malucos tentando se ver via webcam no MSN
Jaime: Minha querida Prima, Carmem: necessário se faz que nos vejamos antes via webcam, pois já se passaram quase setenta anos, e a possibilidade de não nos reconhecermos é muito grande, e a de nos assustarmos, é maior ainda.
Por conseguinte, proponho que pagues o dobro em honorários ao técnico que deixou-te com o MSN Messenger 3.7 como se fosse atualizado, que com certeza, pela característica mercenária que o induziu, ele certamente voltará.
Na expectativa de ser atendido, despeço-me, atenciosamente, teu primo que te ama, Jaime Teixeira Júnior :)
Carmem: Eis que me posiciono perante esta questã primeira da webcam: fui induzida por ti, ó primo, a adquirir o manufato - coisa até então, por meu laico conhecimento, só acessível aos deuses da informática -, e, pressionada pela paixão, comprei. Foi à ruína. Estou perplexa, pasma, estupefata. E ainda assim não me vês, ó qualquer-jeito!!!!
Carmem: Eis que me posiciono perante esta questã primeira da webcam: fui induzida por ti, ó primo, a adquirir o manufato - coisa até então, por meu laico conhecimento, só acessível aos deuses da informática -, e, pressionada pela paixão, comprei. Foi à ruína. Estou perplexa, pasma, estupefata. E ainda assim não me vês, ó qualquer-jeito!!!!
Saudações relaxadas.
P.S.: o meu técnico é bem bonitinho, viu?
Jaime: Minha querida prima Carmem: já dizia nosso velho e bom amigo Confúcio, que BELEZA NÃO PÕE A MESA.
Jaime: Minha querida prima Carmem: já dizia nosso velho e bom amigo Confúcio, que BELEZA NÃO PÕE A MESA.
Julgo pertinente informá-la que sua visão perdeu o foco frente ao parco serviço deste técnico, e tomada de súbito, V.Sa. ficou apenas a observar uma fulgaz beleza inconseqüente. Eis o motivo pelo qual, vossa WEB CAM não está a operar adequadamente.
Entendo oportuno alertá-la, igualmente, que V.Sa. possui um software deveras desatualizado, em se tratando de MSN MESSENGER, pois conta com a versão 4.7, da incrível época dos Dinossauros.
Esta versão é incompatível com as mais avançadas, ou seja, V.Sa. deseja conectar o velho, ao novo, o que convenhamos, é uma impossibilidade, a menos que, já exista Viagra para Messenger velho, o que poderia ser uma solução paliativa.
Gostaria muito de poder ver todo o esplendor deste vosso corpo e espírito, mas seria necessário que a V.Sa. trouxesse o técnico bonitinho, e o deixasse trabalhar em paz.
Certo da compreensão, despeço-me, atenciosamente, seu PLIMO igualmente quelido.:)
Carmem: Adorado primo!!!!!!!!!!!
Carmem: Adorado primo!!!!!!!!!!!
Fiquei prostrada ao leito após passar meus grandes olhos castanhos arregalados pela tua inspirada mensagem.
Como pude ser tão tola, abjeta, néscia, sindrômica de down, e permitir que um técnico bonitinho me passasse a perna?
I did. Urge que faças uma conferência telefônica - por intermédio do Délcio - para que combinemos um convescote (traje de convescote: calças abotoadas à altura dos joelhos, lencinho gay no pescoço, tipo echarpe) - aqui na metrópole.
Juro que minha máquina estará à tua disposição para eventuais reparos. E, claro, poderás lançá-la janela afora, gritando: adeus, lixo eletrônico! Mas eu posso salvar o meu arquivo do Harry Poter???
Please, considere.
Te amo, Carmem.
Jaime: Minha querida prima Carmem: não julgo conveniente, nem necessário que deprecieis Vossa amada pessoa, uma vez que, em não possuindo todo o conhecimento indispensável ao caso em questão, é de bom alvitre lembrar que sua dileta pessoa, poderia, como foi, suavemente induzida a erro, pelo inconseqüente, técnico bonitinho.
Jaime: Minha querida prima Carmem: não julgo conveniente, nem necessário que deprecieis Vossa amada pessoa, uma vez que, em não possuindo todo o conhecimento indispensável ao caso em questão, é de bom alvitre lembrar que sua dileta pessoa, poderia, como foi, suavemente induzida a erro, pelo inconseqüente, técnico bonitinho.
Quanto à vestimenta, sugerido por V.Sa. adjudico que se trata de uma razoável intenção de vossa parte, em induzir, meu humilde ser, ao ato de pensar e viver, que confesso-lhe, é próprio da mulher.
No entanto, se é de Vosso desejo e vontade que eu use um lenço preso ao meu pescoço, opto por um que seja, pelo menos, de tecido de linho, e preferencialmente, em tons violetas. As calças,devem vir acompanhadas de lindos bordados prateados, e um largo cinto de couro, com uma fivela do grupo Village People, com a música, MACHO MAN.
Não poderei atender o quesito de apertá-las abaixo das coxas, pois meu magnificente abdome ficaria deveras a mostra, e eu não gostaria de expor, assim tão veementemente. :)
16.3.06
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