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Complicado isto de corresponder às expectativas. Não as de qualquer pessoa, mas as dos filhos. Tenho pensado sobre isto. Muito mais do que gostaria. Nada me deixou mais feliz do que ter filhos. Gestação. Dar a luz. Ver crescer. Cuidar. Acarinhar. Permitir. Dar limites. Empurrar pra vida...
E há um momento em que se tem a clareza que a relação precisa mudar. Que ser mãe, em tempo integral, é uma coisa absolutamente dispensável. Alívio. Sensação de ter feito a coisa certa. Os filhos caminham sozinhos, inteiros, donos do próprio nariz, sabendo tomar decisões, independentes, autônomos... Bom trabalho, penso eu! E agora?
Eu, que me deixei em segundo plano, durante tanto tempo, por livre e espontânea força da natureza, do amor incondicional pelos filhos, pelo prazer de ser Mãe, preciso me retomar. Me reencontrar. Me redescobrir.
Isso requer algum esforço. Muito esforço. Eu, que achava que eles precisavam de mim, descubro que me apoiava neles. Me escondia neles. Me protelava, me adiava, me transferia, me iludia...
É a minha vez de crescer, de refazer minha rota, de não pesar, de não cobrar, ser independente...
E tento levantar vôo. Sair de cena. Fazer as minhas coisas. Caminhar sozinha.
Mas quando repenso tudo e olho para os meus filhotes ainda acho que querem colo. É um ir e vir. É um tatear. É um aprendizado sem trégua. É complicado, complexo, difícil, dolorido... O que esperam de mim? Quais são as suas expectativas? Não tenho as respostas. Mas tenho toda a disposição de acertar. De achar o equilíbrio. De corresponder. De, pelo menos, tentar.
E há um momento em que se tem a clareza que a relação precisa mudar. Que ser mãe, em tempo integral, é uma coisa absolutamente dispensável. Alívio. Sensação de ter feito a coisa certa. Os filhos caminham sozinhos, inteiros, donos do próprio nariz, sabendo tomar decisões, independentes, autônomos... Bom trabalho, penso eu! E agora?
Eu, que me deixei em segundo plano, durante tanto tempo, por livre e espontânea força da natureza, do amor incondicional pelos filhos, pelo prazer de ser Mãe, preciso me retomar. Me reencontrar. Me redescobrir.
Isso requer algum esforço. Muito esforço. Eu, que achava que eles precisavam de mim, descubro que me apoiava neles. Me escondia neles. Me protelava, me adiava, me transferia, me iludia...
É a minha vez de crescer, de refazer minha rota, de não pesar, de não cobrar, ser independente...
E tento levantar vôo. Sair de cena. Fazer as minhas coisas. Caminhar sozinha.
Mas quando repenso tudo e olho para os meus filhotes ainda acho que querem colo. É um ir e vir. É um tatear. É um aprendizado sem trégua. É complicado, complexo, difícil, dolorido... O que esperam de mim? Quais são as suas expectativas? Não tenho as respostas. Mas tenho toda a disposição de acertar. De achar o equilíbrio. De corresponder. De, pelo menos, tentar.
4 comentários:
Mõe!!
"E agora?"
Óbvio q tu não pode sair de cena...
Levantar vôo, fazer as tuas coisas e caminhar 'sozinha', sim.
Mas sair de cena, nunca! Impossível!!
A Matilde sempre tem q ter um tempinho pro chá, peloamordedeus!
E as expectativas são as melhores possíveis...de te ver sempre feliz!!!!!!..De qualquer "g"eito! FELIZ!!!!!
Beijooooo
Ana,
Este questionamento é muito mais comum do que imaginas!!!!!Quando fui fazer o curso superior de voluntariado(Univale)quase 90% das mulheres que lá estavam sofriam destes questionamentos.É a famosa Sindrome do Ninho Vazio.Leia sobre ela e verá que estas tuas angustias não são só tuas!
Como diz a Clarice Lispector" a terceira perna nos dá estabilidade".Mas chega a hora de nos equilibrarmos em apenas duas.
Bjos
Ana, você diz ter se colocado em segundo plano "por livre e espontânea força da natureza" e sabe que fez um "bom trabalho". Então, não se torture em ansiedade e auto-críticas. Confie nesta mesma natureza que continua direcionando sua vida e de seus filhos. O equilíbrio, que já veio, é dinâmico e por isto continuará a vir sempre.
Beijo,
Às vezes nossos filhos só nos descobrem quando eles passam a condições de pais, portanto siga a tua jornada livre de culpas e passe a buscar a tua felicidade, agora novamente como uma nova mulher!
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