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25.1.25

19º aniversário do Roccana


Para comemorar mais um aniversário deste blog, decidi fazer uma brincadeira: pedi ao ChatGPT que falasse sobre o Roccana.
Esse foi o resultado:

"O blog Roccana é um espaço pessoal que mistura reflexões, memórias, histórias de vida, dicas práticas e inspirações relacionadas à vida rural, decoração, família e pequenos prazeres do cotidiano. Ele é escrito em um tom intimista e oferece uma visão autêntica e simples sobre temas variados, como poesia, comportamento, organização, celebrações familiares e até o progresso de obras em uma casa no campo.

Criado há mais de 18 anos, o blog aborda assuntos diversos, como família, poesia, viagens, fotografias, espiritualidade e cultura. É escrito  como um diário que conecta o autor às pessoas que ama, especialmente as que estão distantes, promovendo partilhas de experiências e sentimentos. Além disso, destaca-se por seu arquivo extenso, organizado por anos e meses.

Razões para ler:

  1. Reflexões e Inspirações: Textos sobre valorização da vida, organização emocional e conexão com a natureza, que podem ser muito reconfortantes.
  2. Temas Familiares e Cotidianos: Relatos pessoais e afetuosos sobre família, celebrações e convivência, que podem trazer identificação para leitores interessados em histórias reais.
  3. Estilo Visual e Decoração: Imagens e dicas de decoração, especialmente relacionadas a datas comemorativas e ao ambiente rural, podem ser inspiradoras para quem aprecia esses temas.
  4. Conexão com a Vida no Campo: Para quem gosta de simplicidade e tranquilidade, as narrativas sobre o dia a dia no campo podem ser cativantes.

Se você se interessa por temas como bem-estar, simplicidade, histórias de vida ou busca inspirações para o cotidiano, o blog pode ser uma boa escolha. Ele parece ser menos estruturado e mais focado em compartilhar momentos e reflexões de forma despretensiosa, o que é ideal para uma leitura leve.

O blog Roccana é um espaço pessoal que aborda uma variedade de temas de maneira leve e reflexiva. Ele combina histórias de vida, reflexões sobre o cotidiano, ecléticas narrativas sobre a vida no campo, além de dicas práticas relacionadas a decoração, celebrações e organização doméstica. Aqui está um resumo mais detalhado:

Principais Temas e Estilo:

  1. Reflexões Pessoais e Filosóficas:

    • O Roccana frequentemente compartilha textos reflexivos sobre envelhecimento, aceitação, resiliência e gratidão. Por exemplo, há postagens sobre a importância de valorizar o que temos e a beleza de se reinventar na vida​
  2. Vida no Campo e Cotidiano:

    • A autora narra experiências pessoais na zona rural, incluindo reformas em sua propriedade e a simplicidade de viver próximo à natureza. Esses relatos criam uma conexão especial para quem aprecia o estilo de vida mais tranquilo e rústico​
  3. Decoração e Celebrações:

    • Há publicações sobre ideias criativas para decoração, especialmente para ocasiões como o Natal, utilizando elementos simples e afetivos​
  4. Relações Familiares:

    • Momentos familiares são um tema recorrente, incluindo celebrações de aniversários e a valorização das relações interpessoais, transmitindo uma sensação de acolhimento e afeto​

Estilo de Escrita:

O tom é intimista, nostálgico e poético, muitas vezes intercalado com humor leve. As postagens transmitem sentimentos de proximidade, como se fossem conversas com amigos próximos. Imagens complementam os textos, tornando a experiência visualmente agradável.

Para Quem É Indicado:

O blog é ideal para quem busca:

  • Leituras leves e reflexivas.
  • Inspirações de decoração e organização para a casa.
  • Conexão com temas familiares e de vida simples.
  • Histórias reais sobre desafios e conquistas cotidianas.

Se você aprecia temas como bem-estar, conexão com a natureza, ou reflexões sobre a vida, o Roccana pode ser uma leitura inspiradora."

16.12.24


Tão raro encontrar uma decoração que misture madeira rústica com tons femininos...
Achei bem diferente os tons das cadeiras revestidas em veludo contrastando com a mesa.

_____________________________

Então fiz a seguinte indagação, no ChatGPT:
É possível mesclar tons delicados e femininos com decoração rústica e madeira natural?

O ChatGPT disse:

Sim, é perfeitamente possível mesclar tons delicados e femininos com uma decoração rústica e madeira natural! Essa combinação cria um ambiente harmonioso que mistura o calor e a robustez do estilo rústico com a leveza e o charme dos tons suaves. Aqui estão algumas dicas para equilibrar esses elementos:

1. Escolha de Paleta de Cores

  • Tons delicados: Aposte em cores como rosa pastel, lavanda, bege, cinza claro, verde menta ou branco. Esses tons contrastam suavemente com a madeira natural.
  • Base neutra: Use cores neutras como base (creme, bege ou branco), deixando os tons mais femininos para os detalhes.

2. Madeira Natural e Acabamentos

  • Prefira móveis e elementos de madeira em acabamento natural ou com texturas envelhecidas.
  • Combine com móveis de linhas suaves ou com detalhes delicados, como cadeiras de madeira com almofadas florais.

3. Tecidos e Estampas

  • Use tecidos leves, como linho ou algodão, em cores claras ou com estampas delicadas (flores, rendas ou padrões geométricos suaves).
  • Tapetes macios ou mantas sobre sofás rústicos criam contraste sem perder a essência do estilo.

4. Elementos Decorativos

  • Adicione vasos de flores frescas ou secas (como lavanda ou trigo) para trazer feminilidade.
  • Inclua itens de cerâmica, vidro ou metal em tons suaves (rosa, dourado envelhecido, ou prateado fosco).
  • Quadros ou espelhos com molduras rústicas, mas em tons claros ou com detalhes românticos, ajudam a unir os estilos.

5. Iluminação

  • Opte por luminárias ou candelabros que misturem madeira ou ferro com acabamentos delicados.
  • Luzes quentes e abajures com tecidos claros reforçam o tom acolhedor e feminino.

6. Detalhes Florais

  • Flores ou folhagens combinam perfeitamente com madeira natural e suavizam a rusticidade.
  • Use arranjos em vasos de vidro ou cerâmica, ou até mesmo diretamente em cestos de palha.

Inspiração Visual

Imagine uma sala de estar com um sofá em linho branco, almofadas rosa claro, uma mesa de centro de madeira rústica, e um arranjo floral no centro. Tudo isso com um tapete macio em tons neutros e cortinas leves — cria-se um espaço aconchegante, rústico e feminino ao mesmo tempo.

Ao misturar esses estilos, o segredo está em equilibrar os elementos para que um não sobrecarregue o outro. Aposte em simplicidade e harmonia!

Explore mais ideias e inspiração em GPTOnline.ai

__________________________

Pronto. Blogar ficou moleza, agora.
Simplesmente estou tentando me familiarizar com as novas tecnologias...

8.11.24

Viciada no Pinterest!

A possibilidade de pesquisar  e encontrar imagens sobre qualquer assunto e poder arquivá-las, em pastas organizadas, receber sugestões sobre temas da minha preferência e, cada vez mais ir aprofundando e descobrindo coisas interessantes, simplesmente me encanta!
É funcional, é lúdico, é completo, é perfeito!
Por exemplo, vi a imagem da estrelinha do mar e cliquei nela. Começaram a aparecer as outras imagens, todas no mesmo tema, estilo e cores! Coisas que eu jamais acharia pesquisando no Google, por exemplo!
Não resisti e fiz essa colagem, para postar aqui:


Pesquisei sobre ele e encontrei o seguinte:

O Pinterest é uma rede social que serve para descobrir, organizar e compartilhar ideias visuais, como receitas, inspirações para casa e estilo:
 ✔ Descobrir ideias
O Pinterest é uma plataforma de descoberta visual, com bilhões de Pins para inspirar.
 ✔ Organizar e compartilhar
Os usuários podem carregar, guardar, classificar e gerenciar suas imagens, chamadas de "pins". Os pins podem ser categorizados por assunto, como moda, beleza, natureza, culinária, entre outros.
 ✔ Comprar ideias
O Pinterest é uma plataforma para pesquisar, salvar e comprar ideias.
 ✔ Interagir
Os usuários podem seguir marcas e podem trazer boas referências para a sua marca.
» O Pinterest foi criado em 2010 por Ben Silbermann, Evan Sharp e Paul Sciarra. A plataforma é uma das redes sociais mais populares do mundo, com milhões de usuários.

» O Pinterest é uma plataforma de descoberta visual. Com bilhões de Pins no Pinterest, você sempre encontrará ideias para despertar a sua inspiração. 

25.1.24

18º Aniversário do Roccana

Fiz a primeira postagem nesse blog no dia 25/01/2006, simplesmente porque tinha criado um blog com poesias e comecei a sentir vontade de falar sobre outras coisas, sem saber exatamente sobre o quê.
E, quando me dou conta, 18 anos se passaram! E o Roccana virou parte da minha rotina. Todo dia parar, pensar, sentir, refletir, dividir...
Quando esqueço uma data, venho aqui, relembrar. Quando esqueço de mim, venho aqui, me encontrar.
Não conto tudo, mas conto muito. Me exponho, apesar de achar que, aquilo que confidencio, é tão simples e tão banal que não vai interessar a ninguém, mas constato que as pessoas continuam vindo aqui. Nesse exato momento, para terem uma ideia, são mais de 1.345.000 visualizações. Exatamente: um milhão e trezentos e quarenta e cinco mil visualizações! Uauuuu! Não acredito!
Estou envelhecendo junto com este blog e quero agradecer muito, a cada um de vocês, a companhia em todos esses anos.
Vida que segue, blog que continua...
 
Eu amo olhar para o passado e sentir gratidão por momentos, lugares, pessoas e coisas.
E já faz parte da minha vida compartilhar tudo isso com vocês.
Abaixo algumas fotos de 2023:

14.8.23

Voltar a blogar
Uma decisão. Uma reinvenção.
Um novo aprendizado.

Internet  ✔
Notebook  ✔
Café  ✔

Pois é. Depois de muito tempo com internet precária e notebook com defeito,
não tenho mais pretextos. Então, hora de recomeçar!
A questão é: por onde??
Recapitulando, decido. Colocando os assuntos em dia.
Vou contar e postar o que tenho feito nos últimos tempos.
Tá... Eu sei que blogs saíram de moda, todo mundo deixou de ler e escrever!
Mas não somos todo mundo, né? Me acompanham?

________________________________


P.S. Obrigada, Dude! Pela internet e pelo notebook!

25.1.23

17 º aniversário do Roccana!


Um brinde a todos que me acompanham!
Obrigada! 💛

"Este é apenas um espaço onde reinvento o que sou. 
O lugar onde extravaso o que sinto, na minha necessidade, vã, de registrar a vida. 
Por isso tantas fotos, tantas datas, tantos momentos descritos!" 

27.8.22

Conheci a Edna!


Uma amiga virtual, presente na minha vida há muito tempo, 
se transformou em amiga real, depois que eu tive a alegria de conhecê-la pessoalmente!
Como agradecer tanto carinho, desde sempre?
E ainda trouxe, de presente, delícias, feitas por ela!
Obrigada, Edna!
Tu me faz acreditar que o Roccana vale a pena!
Nesses tempos em que blogs viraram apenas uma leitura superficial,
tu me lês com atenção e generosidade - e isso não tem preço!

25.1.22

16º Aniversário do Roccana


"Um tanto de palavras me soam bonitas.
Os dedos desenham histórias, então eu mergulho, creio, 
até sorrio vez ou outra,
 porque "sentir" tem desses momentos 
em que você se encontra ciente e amena."

15.9.21

"A nossa história merece ser contada"

Às vezes fico me perguntando porque mantenho este blog há mais de 16 anos e encontro algumas respostas... Entre elas porque aqui é meu lugar de guardar fotos, poesias e textos que leio e acho interessantes; porque sempre gostei de escrever e aqui é o "meu querido diário", meu lugar de desabafar e repensar a vida; porque é um jeito de preservar memórias e sentimentos... 
Na verdade, escrevo muito, publico pouco. Um certo senso de ridículo ou o fato de envolver outras pessoas, servem de censura, até para quem escreve "sobre qualquer coisa, sem o menor critério"! Mesmo assim, o simples fato de escrever me deixa mais leve!
Não acho que muitas pessoas leiam blogs hoje em dia, mudou muito da época em que comecei o Roccana. E estava justamente pensando nisso quando encontrei um blog, que me levou a uma página no Instagram, onde uma "comunicóloga | escritora | fotógrafa | arteira&curiosa" chamada Isa Ribeiro, diz tudo o que sinto e explica tudo o que não sei explicar! E, principalmente, ela afirma que a nossa história merece ser contada! É isso!
Capturei algumas imagens, com algumas de suas falas, tão importantes e sensíveis, mas recomendo que ouçam o que ela diz. Vale a pena!


Links:

Escreva Com Alma 📌     Clube da Escrita 📌

"Como despertar o olhar sobre os detalhes da rotina? Como podemos nos apaixonar pela nossa própria vida? Através da escrita você pode tornar tudo mais interessante.
Basta desenvolver um olhar atento, observador e saber como escrever com alma."

24.12.19

Mais do que presentes

"O Natal também é belo por sua incompletude, por seus vazios, pela necessidade repentina e urgente que sentimos das nossas famílias, dos nossos vínculos, dos nossos afetos.
Mais do que dos presentes, gosto dos laços, dos cartões, dos olhares e da ternura.
São dias de celebração da vida, é quando podemos esquecer nossas deserções e preencher nossos abandonos.
Talvez seja por isso que essa data me faz querer ser parte de um conto de fadas.
Porque o Natal resgata em mim a infância que vou perdendo durante o ano."



12.5.19

Sobre "pausar a vida pelos filhos"...

"Hoje eu fiquei pensando em quantas vezes, desde que me tornei mãe, já escutei a frase “não pause sua vida pelos filhos pois eles um dia crescem” ou alguma variação dela, repetida, ainda que não intencionalmente, como uma forma disfarçada de escrutinizar e menosprezar a dedicação materna. Se cria filho pro mundo, todo mundo diz. As asas, as benditas asas. Eu sei, você sabe.
Não pausar a vida. Ideia curiosa essa já que ser mãe é viver eternamente de pausas. Por 9 meses (ou mais) a gente pausa o vinho. Por aproximadamente 40 dias (mas provavelmente bem mais) a gente pausa a vida sexual. Por muitas e muitas noites a gente pausa o sono. A gente pausa a reunião de trabalho, a ligação importante, a promoção. A gente pausa a poupança porque juntar dinheiro fica difícil. A gente pausa as refeições e os banhos. A gente pausa os planos de viagens, as saídas com as amigas, as idas ao cabeleireiro. A gente pausa o coração na preocupação e a gente pausa a própria vida pra respirar a deles.
Criar para o mundo. O que isso seria? Suponho que minha mãe me criou “para o mundo,” sempre me dando asas. Saí de casa aos 14 anos e aos 18 saí do país. Fui conquistar esse mundão para o qual ela me criou. Mas a verdade é que eu nunca deixei de ser dela. Um pedaço dela. Um produto dela. Tão dela que mesmo com mais de 30 anos, eu ainda preciso que ela pause a vida dela por mim. E ela pausa. Passa 2, 3 meses aqui, vivendo minha vida. Ela pausa com a generosidade de quem é acostumada a pausar e doar e amar e amar e amar.
Então eu penso que filhos não são do mundo. Nossos filhos são nossos! Eles vieram da gente e voltam pra gente de novo e de novo. Mesmo estando longe, eles são nossos. Nossos pedaços. Nossos produtos. Os produtos de todas as nossas pausas. Porque é na pausa que fortalecemos o vínculo, é na pausa que construímos as memórias. É no pausar da vida, nesse incessante viver pelo outro, em meio as dores e sacrifícios que, como mulheres, muitas vezes nos vemos plenas; e mais do que isso, nos vemos mães."

Gravura Google Images

Feliz Dia das Mães!

25.1.19

Aniversário do Roccana


Histórico de todas as visualizações de página até 25/01/2019: 966.600!
Perto de
5.200 postagens!
Nunca imaginei que chegaria tão longe...


Muito obrigada pela companhia!
Começa, agora, o
14º ano...




7.7.18

Escrito em 07/07/2009, para o "Blog Amigos de Pelotas"


Crônica: Amo esta cidade


Ana Lúcia Bulcão Teixeira
Advogada e blogueira

Hoje, 07 de julho de 2009, Pelotas completa 197 anos. Moro aqui desde 1982. Em todos estes anos aconteceram tantas coisas que, se fosse contar, nem saberia por onde começar. O que sei é que só ultimamente descobri a cidade. Não me refiro aos prédios antigos, às ruas bem desenhadas, às praças, ao Laranjal, mas aos recantos menos óbvios, bairros menos movimentados, praias mais desconhecidas. Meu primeiro apartamento foi na Anchieta, pertinho do Capitólio. Foi deste ponto que decidi começar a conhecer a cidade, a pé, no primeiro inverno que passei aqui.

Todos os dias, depois do almoço, escolhia uma rua e ia caminhando, bem devagar, olhando os prédios com suas fachadas cheias de detalhes, as calçadas de ladrilhos hidráulicos, as pessoas apressadas, que pareciam não perceber toda a beleza ao seu redor, as vitrines... Lamento não existir câmera digital naquela época. Teria muitos registros!

Depois mudei para uma casa, ainda na Anchieta, pertinho da Catedral e do Colégio Gonzaga. Ali criei meus filhos e, através deles, minha interação com a cidade aumentou. Eles frequentavam a escolinha, íamos ao teatro Sete de Abril sempre que tinha alguma peça infantil, comprávamos livros na Mundial, lanchávamos no Centro... Tão bom passear pelas ruas próximas e sentar nos bancos do entorno da Catedral para tomar sol! Via a cidade através dos olhos deles, descobrindo tudo, com um prazer imenso!

O tempo foi passando, minha vida acontecendo, trabalhei, fiz muitos amigos, mudei para um bairro afastado do centro e tudo se foi modificando. Aprendi a ver a cidade com olhos maduros e sei o quanto foi bom ter vivido aqui todos estes anos.

É engraçado... Nunca fui boa com datas, números, estas coisas; então, fico perdida, tentando fazer uma retrospectiva de tudo o que aconteceu nesse tempo todo! Mas sou boa em lembranças, sentimentos, emoções e todas as experiências que vivi aqui me fizeram amar esta cidade e valorizar tudo de bom que ela tem.

Talvez por não ter nascido aqui, talvez pelo meu jeito de observar e sentir a cidade, sempre fico com a impressão de que ela não é valorizada como deveria, cuidada como merecia, tratada com carinho pelos próprios pelotenses.

Tudo tão antigo, tão sedimentado! Velhos hábitos, comportamentos que se repetem há décadas! E isso na política, nos meios culturais, no comércio, no cotidiano da cidade! Como se qualquer coisa que pudesse mudar o que já existe fosse ameaçador ou inadequado.

Acho que vou reler "Satolep", do Vitor Ramil, desta vez de trás pra frente, como inspira o título. Quando li, pela primeira vez, senti como se tudo, finalmente, fizesse sentido. Li devagar e não consegui fazer de outro jeito, apesar de querer devorar cada página. “Satolep” precisa ser lido assim, lentamente. Saboreando cada palavra, digerindo cada sensação... Este livro construiu, em mim, um passado que não vivi aqui.

Há pouco dei uma caminhada. Noite com neblina, mas com uma lua enorme espiando entre as nuvens. Gosto daqui. Amo esta cidade. Quero guardar cada paisagem, cada ângulo, cada detalhe. Acredito que é hora de olhar Pelotas com carinho. Retribuir tudo o que ela nos dá. Tanta beleza, tanta história, tantos talentos...

Respirei profundamente, enquanto sentia a umidade na minha pele, e agradeci o privilégio enorme que é morar aqui, pertencer a este lugar.

Blog de Ana.


14 comentários:

Anônimo disse...
Esse nome Bulcão.
A Florinda era linda; esta escreve bem e é linda.

Anônimo disse...
tu diz isso porque não moraste em nenhuma cidade melhor.

Roberto Soares disse...
Pelotas, 200 anos.
Gostaria de começar comentando que o frenesi em torno dessas 'datas redondas' nunca fez muito sentido para mim.
No dia de seu aniversário, Pelotas esteve como quase sempre: úmida e chuvosa, mas mais quente que o normal para esta época do ano.
Uma cidade, em si, quase não existe.
Existem as várias histórias das pessoas que nela vivem.
Aos 200 anos, no cotejo com outras cidades de mesmo porte no resto da Região Sul (RS, PR e SC - o único parâmetro racional de comparação, a meu ver), Pelotas ainda marca passo em vários aspectos: vida cultural, geração de empregos, limpeza pública etc. Não que não tenha melhorado - os governos, por mais que detratem uns aos outros, dificilmente pioram a situação do município.
Mas confesso que, apesar dos belos depoimentos de uns, ainda acho que a impressão pessoal reflete mais um momento da vida particular de quem comenta do que a realidade da cidade, afinal, a vida de um habitante da zona norte é diferente da de um habitante do Porto, que por sua vez difere do cotidiano de um morador do Laranjal, do Centro, do Sítio Floresta, do Pestano, do Fragata...
Colando todos esses retalhos temos a grande colcha chamada Pelotas.
O que me apraz na cidade é, entre outras coisas, essa diversidade.
Pelotas completa dois séculos com muitas perspectivas, mas é cada vez mais necessário que cada pessoa faça a sua parte na sua vida pessoal para que a coletividade mude como um todo.
Que se invista em gente capacitada daqui. Que seja abolido todo o clientelismo, corporativismo, nepotismo, imobilismo, continuismo e "todos esses 'ismos' que nos freiam o autêntico progresso".
Ando meio desesperançoso com essas esperanças depositadas na população.
Da política, então, não espero nada, que não sou bobo.
Só espero que esses cidadãos que dizem amar tanto Pelotas não fiquem apenas no belo discurso, e passem a de fato pensar (e agir) a cidade diferente.
Espero.
Mas, no fundo, sei que me iludo.
Acima de pelotenses, somos (quase) todos brasileiros, e, como Stefan Zweig involuntariamente preconizou em sua obra, o Brasil é o 'país do futuro', e a gente sabe que o 'futuro', via de regra, não chega nunca.
Vivemos num eterno presente.
Infelizmente, é isso que me traz o aniversário de Pelotas, essa cidade a um só tempo tão feia e tão bonita.

Anônimo disse...
Parabéns! Lindo texto. Transmite com perfeição o que um Pelotense pensa de sua cidade. Moro longe, mas meu coração nunca saiu de Pelotas.

Anônimo disse...
Entendo perfeitamente o que falas, eu também nasci e me criei na Anchieta perto do Cine Capitólio, e anos mais tarde criei filhos também na Anchieta perto do Gonzaga. Apesar de tudo gosto da Princesa.

guilherme disse...
Parabéns pois é muito dificil neste blog alguem fala bem de Pelotas. E o que eu acho mais interessante é todos tem horror da cidade, mas não saem daqui e tambem não ajudam em nada para melhorar...

Anônimo disse...
Experimenta morar em Buenos Aires.

Anônimo disse...
Que bom ler um texto escrito com o coração aberto e generoso! Também é bom saber que não temos só críticos e pessimistas que em nada contribuem pra melhorar a imagem da cidade. Já temos um país inteiro com idéias equivocadas sobre a cidade e seu povo. Pintaste a nossa aldeia com cores mais alegres e não menos verdadeiras, contrastes e sombras sempre existem, mas não vivemos só dos tons escuros!

gerson disse...
também não sou pelotense, mas morei bastante tempo na cidade e acabo tendo raízes aí. olhando de fora, parece q Pelotas tem um tempo próprio. As coisas andam de um modo peculiar, o atraso em algumas coisas talvez decorra do modo de encarar a vida e a evolução. A cidade parece não querer a frenética evolução do capitalismo. como moro em SC fico com essa impressão quando comparo Pelotas com cidades "nervosas", q se desenvolvem a olhos vistos, como Fpolis, Joinville, Blumenau, Criciúma, Tubarão e Jaraguá do Sul.
Mas se vou a Lages, mais parecida com nossa cultura campeira, vejo que o trem da história segue de forma mais melancólica. Talvez seja uma impressão falsa a minha, mas não sei se a nossa cultura dessa região do RS está preparada para esse "salto" capitalista. Rio Grande, p.ex., tem atividade econômica relevante mas o paradigma indústria ainda não enraizou a pretendida "modernidade". Basta comparar a cidade com outras, até de menor porte, cujo desenvolvimento econômico dá-se com uma evolução da polis em vários aspectos.
Quanto a Pelotas, com seu problemas e virtudes, ainda gosto do hábito de caminhar pelo centro e ver os amigos, dispensar o carro, ir tomar um café, reunir fácil uma turma para jogar futebol, dar uma passada na faculdade de direito,correr no laranjal, andar sob a neblina q toma as ruas, ir no jogo do xavante, etc,etc.

Anônimo disse...
Tive o privilégio de morar em Pelotas,tenho muita saudades. Faz mais de dez anos que não volto. Vejo que a maioria das pessoas que escrevem neste blog somente fazem críticas a cidade e seus moradores. Como era estudante com parcos recursos não frequentava a roda dos Pelotinos. Quem frequentou - no começo dos anos 90 -, os bares e os lugares que a gente chamava de "terceiro mundo", certamente tem muita saudade dessa terra. A boate do Direito, a baixada, a casa do estudante da Ufpel as passeatas contra Sarney, Collor, etc... são inesquecíveis. Também amo esta cidade.

Bennett disse...
Nasci em Pelotas.
Ganhei o mundo.

R.B

Anônimo disse...
Das 13:00h.
Buenos Aires tem argentinos o que a torna desinteressante.

Anônimo disse...
Quem critica é porque se importa. Quem ignora, deixa tudo como está. O crítico, no fundo, ama sua cidade e quer melhorá-la. O condescendente quer só tirar proveito para si.

Anônimo disse...
Parabenizo a colunista pela beleza de artigo. Em determinada oportunidade ao buscar imagens na NET deparei-me com o blog de Ana e fiquei leitor assíduo e admirador constante. Parabéns!

Meus agradecimentos:

Anônimo do dia 7 de Julho de 2009 21:27
A minha filha perguntou quem é Florinda Bulcão! Acho que as novas gerações desconhecem esta bela atriz!
Somos da mesma família, sim...
Obrigada pelos elogios!

Anônimo do dia 7 de Julho de 2009 22:15
Sou de Lavras do Sul! Sei o que é morar na melhor cidade que existe!
Tá... Brincadeirinha... Mas uma coisa não invalidaria a outra, não é? Mesmo que tivesse morado, Pelotas não deixaria de ser o que é...

Roberto Soares!
Teu belo comentário virou post!
Que bom! Muitas pessoas terão oportunidade de conhecer teu ponto de vista!

Anônimo do dia 8 de Julho de 2009 01:23
Obrigada! O nosso coração deveria ser sempre nosso ímã, nosso Norte!

Anônimo do dia 8 de Julho de 2009 06:41
Que coincidência! Sabe lá quantas vezes nos cruzamos... Coisas de Pelotas, memórias compartilhadas...

Guilherme!
Obrigada! Imagino que as pessoas reclamem porque se sentem frustradas, de alguma forma, em suas expectativas... Que bom ter um espaço para exercitarem sua indignação!

Anônimo do dia 8 de Julho de 2009 13:00
Pois é... Temos muito o que aprender com Buenos Aires! Valorizar a nossa história, preservar o patrimônio arquitetônico, revitalizar o Porto, o Mercado, tratar bem os turistas...

Anônimo do dia 8 de Julho de 2009 14:14
Fico absolutamente agradecida pelo teu comentário! Acho que ver o lado bom das coisas é um belo exercício e me empenho nisso! Recomendo aos pessimistas de plantão!

Gerson!
Concordo contigo!
Tem um charme neste ritmo, nesta melancolia, nestes hábitos...

Anônimo do dia 8 de Julho de 2009 22:34
Devo dizer que não frequentei as "rodas dos pelotinos" tampouco a boate do Direito, a baixada e tudo mais... Quando vim morar aqui já tinha me formado, minha rotina era outra. Mas tudo faz parte, não é? Bom relembrar!

Bennett
O mundo é aqui. Ou em qualquer lugar que vc queira. O bom é poder escolher!

Anônimo do dia 9 de Julho de 2009 09:04
Dizer o quê? (Além de que me diverti, lendo teu comentário?)

Anônimo do dia 9 de Julho de 2009 10:11
Verdade! Só quem se importa faz crítica construtiva. O resto não vale à pena mencionar.

Anônimo do dia 9 de Julho de 2009 21:26
Fico muito curiosa quando alguém diz que acompanha o Roccana! Quero saber quem é, o que pensa, o que acha...
De qualquer maneira, muito bom saber disso! Obrigada!!

Aproveito para agradecer, também, aos emails e as visitas ao meu blog!
Obrigada, Rubens, pela oportunidade!

1.7.18

Sim!


"A vida pode ser dolorida em muitas circunstâncias, eu sei, 
mas nego-me, veementemente, a viver com o coração amortecido.
 Aprendi ontem que o universo sempre diz sim. Seja qual for o nosso pensamento. 
Nada nos é negado, e, por isso mesmo, devemos estar atentos ao nosso desejar."

14.1.18

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