29.3.12

Uma palavra

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Se eu tivesse que escolher uma palavra
- apenas uma -
para ser item obrigatório no vocabulário da mulher de hoje,
essa palavra seria um verbo de quatro sílabas:
descomplicar.
Depois de infinitas (e imensas) conquistas,
acho que está passando da hora de aprendermos
a viver com mais leveza:
exigir menos dos outros e de nós próprias,
cobrar menos, reclamar menos, carregar menos culpa,
olhar menos para o espelho.

Descomplicar talvez seja o atalho mais seguro para chegarmos à tão
falada qualidade de vida que queremos - e merecemos - ter.

Mas há outras palavras que não podem faltar no kit existencial
da mulher moderna. Amizade, por exemplo.
Acostumadas a concentrar nossos sentimentos (e nossa energia...) 
nas relações amorosas, acabamos deixando as amigas em segundo plano.

E nada, mas nada mesmo, faz tão bem para uma mulher
quanto a convivência com as amigas.
Ir ao cinema com elas (que gostam dos mesmos filmes que a gente),
sair sem ter hora para voltar, compartilhar uma caipivodca de morango
e repetir as histórias que já nos contamos mil vezes
- isso, sim, faz bem para a pele.

Para a alma, então, nem se fala.

Ao menos uma vez por mês, deixe o marido ou o namorado em casa, prometa-se que não vai ligar para ele nem uma vez (desligue o celular, se for preciso)
e desfrute os prazeres que só uma boa amizade consegue proporcionar.

E, já que falamos em desligar o celular, incorpore ao seu vocabulário
duas palavras que têm estado ausentes do cotidiano feminino:
pausa e silêncio.

Aprenda a parar, nem que seja por cinco minutos,
três vezes por semana, duas vezes por mês, ou uma vez por dia
- não importa - e a ficar em silêncio.

Essas pausas silenciosas nos permitem refletir,
contar até 100 antes de uma decisão importante,
entender melhor os próprios sentimentos,
reencontrar a serenidade e o equilíbrio quando é preciso.

Também abra espaço, no vocabulário e no cotidiano, para o verbo rir.
Não há creme anti-idade nem botox que salve a expressão
de uma mulher mal-humorada.
Azedume e amargura são palavras que devem ser banidas do nosso dia a dia.
Se for preciso, pegue uma comédia na locadora,
preste atenção na conversa de duas crianças,
marque um encontro com aquela amiga engraçada
- faça qualquer coisa, mas ria.
O riso nos salva de nós mesmas,
cura nossas angústias e nos reconcilia com a vida.

Quanto à palavra dieta, cuidado:
mulheres que falam em regime o tempo todo costumam ser péssimas companhias.

Deixe para discutir carboidratos
e afins no banheiro feminino ou no consultório do endocrinologista.
Nas mesas de restaurantes, nem pensar.

Se for para ficar contando calorias,
descrevendo a própria culpa e olhando para a sobremesa
do companheiro de mesa com reprovação e inveja,
melhor ficar em casa e desfrutar sua salada de alface e seu chá verde sozinha.

Uma sugestão?
Tente trocar a obsessão pela dieta por outra palavra que,
essa sim, deveria guiar nossos atos 24 horas por dia: gentileza.

Ter classe não é usar roupas de grife: é ser delicada.
Saber se comportar é infinitamente mais importante do que saber se vestir.

Resgate aquele velho exercício que anda esquecido:
aprenda a se colocar no lugar do outro,
e trate-o como você gostaria de ser tratada, seja no trânsito, na fila do banco,
na empresa onde trabalha, em casa, no supermercado, na academia.

E, para encerrar, não deixe de conjugar dois verbos que deveriam ser
indissociáveis da vida: sonhar e recomeçar.

Sonhe com aquela viagem ao exterior, aquele fim de semana na praia,
o curso que você ainda vai fazer, a promoção que vai conquistar um dia, aquele homem que um dia (quem sabe?)
ainda vai ser seu, sonhe que está beijando o Brad Pitt ...
sonhar é quase fazer acontecer. Sonhe até que aconteça.

E recomece, sempre que for preciso:
seja na carreira, na vida amorosa, nos relacionamentos familiares.
A vida nos dá um espaço de manobra: use-o para reinventar a si mesma.

E, por último (agora, sim, encerrando), risque do seu Aurélio a palavra perfeição.
O dicionário das mulheres interessantes inclui fragilidades, inseguranças, limites.

Pare de brigar com você mesma para ser a mãe perfeita,
a dona de casa impecável, a profissional que sabe tudo, a esposa nota mil.

Acima de tudo, elimine de sua vida o desgaste que é tentar ter coxas sem celulite, rosto sem rugas, cabelos que não arrepiam, bumbum que encara qualquer biquíni.
Mulheres reais são mulheres imperfeitas.
E mulheres que se aceitam como imperfeitas são mulheres livres.
Viver não é (e nunca foi) fácil, mas, quando se elimina o excesso de peso da bagagem
(e a busca da perfeição pesa toneladas),
a tão sonhada felicidade fica muito mais possível.

Leila Ferreira / Recebi por e-mail da minha amiga Carmen Mai.

Gostei

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Foto da Cláudia Abreu, 41 anos, 25 de carreira, quatro filhos, num comercial (TPZ).
Ela acaba de falar, numa entrevista:

"Mas claro que a idade bate, porque você pensa: a próxima parada é 50. 
A contagem regressiva da vida é muito ruim. 
Você não quer ter menos disposição, menos beleza, menos tempo com quem você gosta."

 "Quero ser uma mulher bacana com quatro filhos, com a minha idade. Não quero buscar uma cara e um corpo que não sejam compatíveis com a minha história.""

"Guarda, bem direitinho..."




Pelotas, 29 de março de 2012.

27.3.12

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"A culpa foi minha, chorava ela, e era verdade, não se podia negar, mas também é certo, se isso lhe serve de consolação, que se antes de cada acto nosso nos puséssemos a prever todas as consequências dele, a pensar nelas a sério, primeiro as imediatas, depois as prováveis, depois as possíveis, depois as imagináveis, não chegaríamos sequer a mover-nos de onde o primeiro pensamento nos tivesse feito parar. Os bons e os maus resultados dos nossos ditos e obras vão-se distribuindo, supõe-se que de uma forma bastante uniforme e equilibrada, por todos os dias do futuro, incluindo aqueles, infindáveis, em que já cá não estaremos para poder comprová-lo, para congratular-nos ou pedir perdão, aliás, há quem diga que isso é que é a imortalidade de que tanto se fala."

 (José Saramago)


Raiva


"A raiva é uma dádiva maravilhosa, que nos faz seguir adiante até conseguir virar a página. 
E, quando o texto muda, nós não precisamos mais dela, que diminui naturalmente. Menos para os ignorantes, claro. 
Raivas são rompantes e devem ter prazo de validade."

Bruno Astuto

O que é "Signo Ascendente"?

"O signo ascendente corresponde ao signo que estava subindo na linha do horizonte no instante em que você nasceu. Por carregar o simbolismo do nascer do Sol, ele representa o primeiro impulso de cada um, a "alavanca" da sua trajetória."

Descubra o seu clicando aqui: Porto do Céu
O meu é Sagitário.




Ascendente Sagitário - Atinja o alvo e oriente-se

"As pessoas com Ascendente Sagitário marcam sua presença no mundo apresentando-se de forma vibrante, confiante, positiva e entusiasmada. A mente aberta para novos conhecimentos, o desejo de expandir seus horizontes, buscando ir além do que já aprendeu, são qualidades sagitarianas.

Essas qualidades se traduzem no estabelecimento de metas para sua vida. Quando você, que tem Ascendente Sagitário, estiver quieto demais e sem estímulo para nada é hora de acender, na sua alma, a chama da confiança. É hora de definir metas e começar a perseguir seus alvos.

O tédio e o fracasso não combinam com o Ascendente Sagitário. Por isso, olhe o caminho a sua frente e descubra novos significados para sua vida. Saia desse ambiente interno de apatia e veja as possibilidades que se apresentam para você estabelecer seus próximos alvos.

Coloque entusiasmo e confiança na missão de atingir cada meta, porém, observe se não está descuidando-se de alguns pontos. É que você, quando dirige sua visão para um objetivo, esquece, muitas vezes, que o caminho apresenta obstáculos e aspectos que têm que ser considerados, embora você os ache banais. O que acontece é que, no ardente desejo de expandir-se e chegar ao ponto almejado, você não conhece medidas. Mas saiba que você pode atingir seu alvo sem descuidar-se do que se apresenta no meio da jornada.

Você já conhece a história que ilustra o signo de Sagitário? É o mito do centauro Quirão. Leia e entenda melhor como sair de uma forma de vida emocional, passar pelo humano/racional e transcender.

Sagitário dá à alma um direcionamento para o alto. A alma busca o elevado. Se você ficar só na parte animal, vai mostrar-se na vida apenas emocionalmente. Busque através do intelecto atingir um conhecimento maior, que revelará seu mundo interior mais rico e sábio. E disponha-se, finalmente, a disparar as flechas de fogo do conhecimento em diversas direções, levando sabedoria e entusiasmo para os corações das pessoas."

21.3.12

Decks flutuantes

Porque sonhar não custa nada.




Veja a construção de um mega flutuante caseiro - aqui!

Vinho

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Recebi esta dica por email, da minha amiga Greice. 
"Nesta época do ano, um vinho branco é perfeito.
A pergunta, é como conservar o vinho geladinho na taça? E a resposta é: com gelo de uva. Isso mesmo, gelo de uva.
Basta você colocar algumas uvas no freezer para congelar. Na hora que servir o vinho, coloque as uvas congeladas dentro da taça. Além de dar um charme, elas vão conservar o vinho gelado."


Mais idéias "quentes"

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A casa inteira fica mais acolhedora com detalhes coloridos: almofadas, toalhas, flores, objetos...
Como disse a Cláudia, aqui, "cores mais felizes, levantam o astral de qualquer um"!
(Todas as fotos tirei de sites de decoração e não tenho os créditos.)

Aquecer a decoração

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Estações mais frias pedem cores quentes.
No quarto, é só escolher lençóis e edredons coloridos e tudo fica mais aconchegante!

Outono

"A maior qualidade do outono é a de não ser óbvio. Aprisionada entre as extravagâncias do verão e a mão pesada do inverno, a estação se sustenta em delicadezas, nuances, entrelinhas e pequenas revoluções. O outono não é pra qualquer um." 
(Texto de Gilberto Amendola, indicado pela Ana Maria.)

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Gosto das estações definidas, que vão se alternando, marcando ciclos, sinalizando a passagem do tempo.
Se me entristeço com a despedida dos longos e ensolarados dias de verão, reconheço que os dias de outono são deliciosos. Sem a ventania que castiga a primavera, os dias mantém a temperatura agradável e as noites, mais frias, são perfeitas!
Que estes dias sejam especiais... 
Que suas cores suaves se transformem em calma e tranquilidade...

15.3.12

Outras fotos

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Fotos de Nina Boeira, tiradas em fev/2012, 
no arroio Camaquã das Lavras, fazenda Itaoca, Lavras do Sul.


14.3.12

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"Não é a vida que dificulta as coisas,
as pessoas é que tem muito medo de mudar
 pra arriscar uma felicidade que não é garantida.
Todo mundo tem um trauma, um medo, algo que paralise,
mas transformar isso em espaço pra crescer, pouca gente faz."

Marla de Queiroz


Nós

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Fotos tiradas em 13 de março de 2012.




"O nó de um tronco é um crescer calejado
como qualquer cicatriz."

A felicidade possível

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"A tristeza se acompanha da dor, mas ela é finita. A dor passará.
Assim, é importante saber que podemos nos perceber felizes e, ao mesmo tempo, tristes (mas não melancólicos ou deprimidos), doloridos (mas não em sofrimento), ansiosos (mas não angustiados) ou com medo (mas não em pânico).
Porém, se condicionarmos nossa felicidade à inexistência de momentos difíceis, exigentes, ou à realização de todos os nossos desejos, de fato, não nos sentiremos felizes"
(A felicidade possível, Bororó)


Não dá para paralisar na dor. Desistir da vida. Esquecer do sonho. Cultivar apegos.
Entregar nossa felicidade não mão de outra pessoa.
Tão simples e óbvio, mas tão difícil de ser praticado!

É bem assim:

‎"É fácil amar o outro na mesa de bar, quando o papo é leve, o riso é farto, e o chope é gelado. É fácil amar o outro nas férias de verão, no churrasco de domingo, nas festas agendadas no calendário do de vez em quando.

Difícil é amar quando o outro desaba. Quando não acredita em mais nada. E entende tudo errado. E paralisa. E se vitimiza. E perde o charme. O prazo. A identidade. A coerência. O rebolado.
Difícil amar quando o outro fica cada vez mais diferente do que habitualmente ele se mostra ou mais parecido com alguém que não aceitamos que ele esteja.

Difícil é permanecer ao seu lado quando parece que todos já foram embora. Quando as cortinas se abrem e ele não vê mais ninguém na plateia. Quando o seu pedido de ajuda, verbalizado ou não, exige que a gente saia do nosso egoísmo, do nosso sossego, da nossa rigidez, do nosso faz-de-conta, para caminhar humanamente ao seu encontro.

Difícil é amar quem não está se amando.
Mas esse talvez seja, sim, o tempo em que o outro mais precisa se sentir amado. Eu não acredito na existência de botões, alavancas, recursos afins, que façam as dores mais abissais desaparecerem, nos tempos mais devastadores, por pura mágica. Mas eu acredito na fé, na vontade essencial de transformação, no gesto aliado à vontade, e, especialmente, no amor que recebemos, nas temporadas difíceis, de quem não desiste da gente."


Este texto tem tudo a ver com a minha mãe.
Passei muitos dias com ela, como há tempos não fazia.
Como é difícil!

Canal São Gonçalo

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13/03/2012

Campus Porto da UFPel

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13/03/2012

(Fica às margens do canal São Gonçalo, no antigo Frigorífico Anglo.)
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