Que metro serve
para medir-nos?
que forma é a nossa
e que conteúdo?
Contemos algo?
somos contidos?
dão-nos um nome?
estamos vivos?
A que aspiramos
Que possuimos?
Que lembramos?
Onde jazemos?
Nunca se finda
Nem se criara
Misterio é o tempo
Inigualável
para medir-nos?
que forma é a nossa
e que conteúdo?
Contemos algo?
somos contidos?
dão-nos um nome?
estamos vivos?
A que aspiramos
Que possuimos?
Que lembramos?
Onde jazemos?
Nunca se finda
Nem se criara
Misterio é o tempo
Inigualável
Que incrível! Não conhecia esta poesia do Drummond, mas quando li "Perguntas em forma de Cavalo-Marinho", num dos blogs participantes do Projeto Entre Aspas - A Vida Como a Vida Quer - me identifiquei e lembrei imediatamente disso:
.
"Não vim com rótulo. Modo de usar. Indicação. Não sei pra que sirvo. O que contenho. Se curo ou enveneno. Se tenho prazo de validade..."
.
Escrevi em fevereiro/2006 e está aqui.
Acho que é isso que nos encanta tanto quando lemos uma poesia: a identificação! Sentir que alguém consegue expressar o que sentimos, de forma poética e precisa! Adorei!!
.
*A lista completa dos participantes está no Acqua!
11 comentários:
Ainda bem que não viemos com manual de instruções, belo texto.
Pelo Jeito você gostou mesmo da brincadeira que até repetiu a dose. E poetar é sempre muito bom.
Vou ficar um pouquinho por aqui conhecendo seu espaço, que com certeza passarei a frequentar.
Quanto a palavra que você gostou “no jardim, na fronteira das lavras onde se cortam as palavras' são palavras do poeta homenageado por mim. Transcrevo o poema para você.
O JARDIM NA FRONTEIRA DE LAVRAS
(Dauri Batisti)
Às seis da tarde tomei o trem
e fui em silêncio até o fundo do desfiladeiro.
Logo avistei o jardim na fronteira das lavras
onde se cortam as palavras.
Não precisei correr, bastava o bom passo,
aquele que o amor-de-escrever me fazia dar
mesmo no escuro, para descobrir a pedra exata
para a palavra certa. Leve.
Retornei no alvorecer com essapalavra que lá talhei
com sopros e respiros suaves e outros profundos
na pedra menos áspera que encontrei:
"Já que Deus te colocou na minha porta
te convido a entrar e tomar parte
da minha pedra-poesia-pão.
SEJA BENVINDO!
Um abraço
Jacinta
É verdade, vc foi praticamente a primeira a comentar e eu nao tinha guardado na memória. Eta memória fraca! :-) E eu leio o seu blog porque vc é uma pessoa iluminada, consegue passar muito isso através de tudo o que publica. Adoro seu sorriso e sua forma poética e colorida de ver a vida. Um beijo grande, boa noite, Sandra
Oi,Ana,
Adorei os poemas que você escolheu ( hoje também!) e amei conhecer o teu blog!
Vou visitar você sempre!
Tudo de bom!
Profundo e o que é melhor, nos tira da inércia, nos faz refletir! Grata pela visita, guria de Lavras, beijos!
É assim que defino um artista, é aquele que consegue dizer com palavras ou imagens ou sons aquilo que o homem comum só consegue sentir. Drumond está entre meus favoritos desde a infência.
O que nos mede é nossa auto-estima!
Obrigada, Ana, pela sua visita ao blog. Gostei muito da poesia de Drummond que você publicou, mas eu sou suspeita: adoro Drummond. Boa quarta!
Nem sempre somos contidos, mas sempre tem gente querendo nos conter...
Somos um continente com conteúdo!
E gostei muito dessa tua frase deixada no blog Mude: "teu coração é teu norte"!
Abraços, flores estrelas..
Vc tem razão, nós chegamos ao mundo aos braços de pessoas que nem sempre sabem como lidar com aquela vidinha ... Gostei do poema. Drumond... Bjkª. Elza
Anabacana!
Que bom que aderiste às blogagens coletivas! Ficamos conhecendo blogs e pessoas muito interessantes.
Por mais que te faça elogios nunca vai ser o sufuciente. Tu és supimpa! E agora é que este pessoal vai te conhecer.
Bjão.
Postar um comentário