Já contei, aqui no blog, que tive meu primeiro namorado com 13 anos, quase 14. Cursávamos a 4ª série do ginásio, lá em Lavras. Éramos colegas de aula.
Namoramos de 1972 até 1982, quando nos casamos, com dois longos intervalos em que estivemos separados.
Sempre tive consciência de que éramos muito diferentes, e eu me encantava justamente com o que ele tinha de melhor e faltava em mim. Calma, segurança, paciência...
Além destes 10 anos de namoro, estivemos casados por outros 23. Cresci ao lado dele. Foi com ele o meu primeiro beijo, foi com ele que passei os meus melhores anos - a minha mocidade. Juntos criamos nossos filhos.
Com relação a ele, eu tenho a sensação de que "esgotamos" o amor. Vivemos, juntos, tudo o que tínhamos para viver e acho que foi muito bom, enquanto durou! E não foi pouco: somamos 33 anos de convivência!
Fizemos tudo para que desse certo, nos esforçamos, nos empenhamos, até o limite e e fomos virando grandes amigos. Quero dizer, eu fiz o meu tudo, me empenhei do jeito que acreditava, tentei ser o melhor que conseguia. Eram os meus limites. Então não sinto nenhum arrependimento, nenhuma tristeza, não acho que entreguei os pontos antes da hora, nem que desisti na primeira dificuldade. (Não posso falar por ele, mas pelo que sei, ele também está feliz, então meu coração fica em paz.)
Num desses períodos em que estivemos separados, conheci o Joaquim, em 1974. Namoramos por mais de 1 ano. Fui muito apaixonada por ele, apesar do nosso ter sido um namoro proibido pelos meus pais. Foi tudo muito romântico, aquela coisa de ser proibida tornava tudo mais intenso e era tanto sofrimento! (Ah, meus 16 anos...)
Ele, depois de ter me "pedido em namoro" para o meu pai e ter sido solenemente recusado, desistiu de mim, foi embora de Lavras. Eu fui morar em Santa Maria. Nunca mais nos falamos. Ficou assim, interrompido, quando estávamos muito apaixonados. Hoje costumo dizer que não havia Orkut, naquela época, por isso eu nunca mais soube do Joaquim! E a vida seguiu seu curso...
Mais tarde, no ano em que estava me formando, me apaixonei de novo. Foi uma coisa absolutamente diferente de tudo o que eu havia vivido. Mais adulta, coisa de gente grande, mas com muita conversa maluca! Fiquei muito encantada pela "cabeça" dele, pela inteligência dele, pelo estilo de vida dele! Fiquei mexida, tocada, deslumbrada!
Para ficar tudo mais intenso e mais improvável, foi um encontro com "prazo de validade". Ele e eu estávamos indo embora de Santa Maria, cada um seguindo seu rumo. Tínhamos uns 6 meses para estar juntos. Então eu quis só isso: viver estes seis meses sem criar nenhuma expectativa, sem fazer planos, sem desejar que fosse para sempre. (Hoje eu sei que foi por isso que foi tão especial!)
E ele foi embora, assim, no auge da minha paixão e eu nunca disse para ele o quanto estava apaixonada... E novamente fui curar as minhas feridas e tocar a vida!
Hoje eu tenho consciência que não há nada melhor para abalar a nossa fé no amor do que interromper uma paixão. Não ir até o fim, não tentar todas as possibilidades, não apostar todas as fichas! Isso marca demais a nossa alma e a nossa pele. Passamos a questionar se nunca mais vamos achar a pessoa certa!
Senti que meu último post deixou meus amigos preocupados. Então quero dizer simplesmente isso: desta vez eu e o Joaquim não vamos desistir um do outro, sem esgotar o nosso amor.
Namoramos de 1972 até 1982, quando nos casamos, com dois longos intervalos em que estivemos separados.
Sempre tive consciência de que éramos muito diferentes, e eu me encantava justamente com o que ele tinha de melhor e faltava em mim. Calma, segurança, paciência...
Além destes 10 anos de namoro, estivemos casados por outros 23. Cresci ao lado dele. Foi com ele o meu primeiro beijo, foi com ele que passei os meus melhores anos - a minha mocidade. Juntos criamos nossos filhos.
Com relação a ele, eu tenho a sensação de que "esgotamos" o amor. Vivemos, juntos, tudo o que tínhamos para viver e acho que foi muito bom, enquanto durou! E não foi pouco: somamos 33 anos de convivência!
Fizemos tudo para que desse certo, nos esforçamos, nos empenhamos, até o limite e e fomos virando grandes amigos. Quero dizer, eu fiz o meu tudo, me empenhei do jeito que acreditava, tentei ser o melhor que conseguia. Eram os meus limites. Então não sinto nenhum arrependimento, nenhuma tristeza, não acho que entreguei os pontos antes da hora, nem que desisti na primeira dificuldade. (Não posso falar por ele, mas pelo que sei, ele também está feliz, então meu coração fica em paz.)
Num desses períodos em que estivemos separados, conheci o Joaquim, em 1974. Namoramos por mais de 1 ano. Fui muito apaixonada por ele, apesar do nosso ter sido um namoro proibido pelos meus pais. Foi tudo muito romântico, aquela coisa de ser proibida tornava tudo mais intenso e era tanto sofrimento! (Ah, meus 16 anos...)
Ele, depois de ter me "pedido em namoro" para o meu pai e ter sido solenemente recusado, desistiu de mim, foi embora de Lavras. Eu fui morar em Santa Maria. Nunca mais nos falamos. Ficou assim, interrompido, quando estávamos muito apaixonados. Hoje costumo dizer que não havia Orkut, naquela época, por isso eu nunca mais soube do Joaquim! E a vida seguiu seu curso...
Mais tarde, no ano em que estava me formando, me apaixonei de novo. Foi uma coisa absolutamente diferente de tudo o que eu havia vivido. Mais adulta, coisa de gente grande, mas com muita conversa maluca! Fiquei muito encantada pela "cabeça" dele, pela inteligência dele, pelo estilo de vida dele! Fiquei mexida, tocada, deslumbrada!
Para ficar tudo mais intenso e mais improvável, foi um encontro com "prazo de validade". Ele e eu estávamos indo embora de Santa Maria, cada um seguindo seu rumo. Tínhamos uns 6 meses para estar juntos. Então eu quis só isso: viver estes seis meses sem criar nenhuma expectativa, sem fazer planos, sem desejar que fosse para sempre. (Hoje eu sei que foi por isso que foi tão especial!)
E ele foi embora, assim, no auge da minha paixão e eu nunca disse para ele o quanto estava apaixonada... E novamente fui curar as minhas feridas e tocar a vida!
Hoje eu tenho consciência que não há nada melhor para abalar a nossa fé no amor do que interromper uma paixão. Não ir até o fim, não tentar todas as possibilidades, não apostar todas as fichas! Isso marca demais a nossa alma e a nossa pele. Passamos a questionar se nunca mais vamos achar a pessoa certa!
Senti que meu último post deixou meus amigos preocupados. Então quero dizer simplesmente isso: desta vez eu e o Joaquim não vamos desistir um do outro, sem esgotar o nosso amor.
Estamos enfrentando algumas mudanças, alguns ajustes, redefinindo algumas coisas. Acho que aquele deslumbramento, dos primeiros tempos de reencontro, está tendo que dar espaço para a vida real. Somos românticos além da conta, criamos expectativas muito difíceis de serem alcançadas, e, nesse momento, estamos tentando botar o pé no chão e ver o que acontece.
Claro que estou sentindo uma coisa esquisita, uma sensação de perda, novamente. Mas a maturidade tem que trazer alguma coisa de bom, não é?
E o que tem de bom, no nosso caso, é a certeza de que não queremos um relacionamento medíocre, entrar naquela rotina tediosa, de pessoas se tornando estranhas dentro de uma relação. Não queremos mau humor, cobranças, ressentimentos...
E mais, eu quero ser muito importante na vida dele, quero muito beijo, muito carinho, muita presença, muito prazer, muitos planos... Se não der para ser assim, tô fora! E suspeito que ele também!
De que jeito isso vai ser, ainda não sei. Mas vou contando, e sei que vai valer à pena, qualquer que seja o desfecho...
Claro que estou sentindo uma coisa esquisita, uma sensação de perda, novamente. Mas a maturidade tem que trazer alguma coisa de bom, não é?
E o que tem de bom, no nosso caso, é a certeza de que não queremos um relacionamento medíocre, entrar naquela rotina tediosa, de pessoas se tornando estranhas dentro de uma relação. Não queremos mau humor, cobranças, ressentimentos...
E mais, eu quero ser muito importante na vida dele, quero muito beijo, muito carinho, muita presença, muito prazer, muitos planos... Se não der para ser assim, tô fora! E suspeito que ele também!
De que jeito isso vai ser, ainda não sei. Mas vou contando, e sei que vai valer à pena, qualquer que seja o desfecho...
(Imagem daqui)
12 comentários:
Ô Ana! Depois que li este teu post mais antigo "Atritos", pude perceber o quanto vocês são diferentes e se amam assim mesmo. É o mesmo caso meu e do marido. Ele, como teu Joaquim, é cauteloso nas palavras, cuida dos que estão à sua volta e não gosta de ser duro e é aí que eu entro e falo as coisas, boto prá quebrar muitas vezes. haha Mas, o importante é que o amor que nos une é maior que tudo isso e, com certeza, será o mesmo entre vocês.
beijos cariocas
Beth!
Bom saber que as diferenças podem ser complementares!
Eu até já fui assim, cheia de cuidados e de bloqueios. Deixava de fazer o que tinha vontade para corresponder às expectativas (que eu imaginava) dos outros. Não quero mais, não.
Não tenho mais idade pra isso! heheh!
Beijos!!
Não acho que sejam tão diferentes...só penso que, graças a Deus, viveram suas vidas...e, então, se encontraram.
Cada um com sua bagagem, com suas vivência: deixaste de ser filha da Tia Célia e Tio Donairo, para ser a mãe do Dude, da Kika, a Ana...Rocanna!
Chega de passado...vamos para o presente, que, com trejeitos e encantos do que já foi, se encaminha para o FUTURO!
Não tem pq desisitir: amor??? Não se desiste, tenta-se até o fim!!!!
não podemos desistir de um amor, a vida real as vezes atrapalha, traz pontos de interrogação... faz parte... por mais dificil que sejam as mudanças, por mais complicada que pareça estar a vida, o amor verdadeiro permanece, se ajusta e segue adiante!
que o amor de vocês se fortaleça cada vez mais!
beijo querida!
Silvinha Querida!
Tão bom te ouvir e saber o quanto estás certa!
O que eu realmente quero é que seja leve, sem obrigações, sem pesos, sem cobranças... Só porque é bom!
Obrigada!!
Um grande beijo!
Graziana!
É bem assim! A gente precisa proteger o amor. Cuidar dele.
O Joaquim fala "regar".
Não dá para deixar a tal da vida real acabar com o sonho... Heheheh!
Obrigada!
Beijos!
Ana, nada posso dizer a respeito. Esou por aqui, sempre acompanhando suas vivências. Maturidade me trouxe calma e ponderação. Caso precisde, é só me chmar. Bjkª. Elza
Elzinha!
Sabe que estas coisas do amor me deixam "encafifada"?? Heheheh!
A maturidade até me ajuda a não ser tão dependente, a ter consciência que fico muito bem sozinha! Isso é certo!
Mas, nas coisas do amor, me sinto uma adolescente, às vezes!
Querendo passear de mãos dadas, ouvir música juntos, ouvir e falar palavras de carinho...
Sabe adolescente? Que fica pendurada no telefone, deixa recadinhos, essas coisas? Pois é...
Será que tem cura?
Obrigada por tuas palavras!!
Olá!Gosto muito ler os seus posts.Quase não comento por preguiça mesmo.Vc me fez lembrar de um amor tórrido que tive aos 25 anos.Depois cada um foi pro seu lado.Vida que segue!Casei com outra pessoa tive 2 filhos e 19 anos depois fiquei viúva.
3 anos depois de "viver" o luto reencontro aquele "amor antigo" e foi como tivesse passado apenas um dia sem se ver.Nessa altura eu já estava com meio século de vida,mas me sentindo com 16.Hoje ele está com 62.Meu nome é Osinete e entro como "anônimo" pq ainda não sei lidar com essa coisa de conta no google.Sou um pouco lenta rsrsrs
Desculpa o comentário longo.
Bjs
Oi, Osinete!
Em primeiro lugar, quero dizer que fico muito feliz quando sei de alguém que lê sempre meus posts e gosta, assim como vc! Obrigada por comentar! (Teu comentário não foi longo, de forma alguma! Mas pode ser! Vc tem todo o espaço que quiser!)
São impressionantes estas idas e vindas do amor. Como predestinação, sei lá...
O Joaquim explica estes desencontros e reencontros de um jeito bonito, porque é espírita e tem uma visão além da vida, além do aqui e agora! Eu gosto do jeito como ele pensa, me faz bem!
Depois que nos reencontramos, soube de muitas histórias parecidas! Todas bonitas, surpreendentes, iniciadas na adolescência e depois redescobertas na maturidade!
Um grande beijo!
quero essa xícara para mim!!!hehehe
amei
é linda!
bjs
Oi, Marthinha!
Entraste no site?
Tem mil coisas lindas!
Um beijo!
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