26.9.08

Sempre-viva!



Vi as sempre-vivas e lembrei dos arranjos que a minha mãe fazia, com flores desitratadas! Tão lindos! Deu uma saudade da época em que ela era super ativa, cuidava do jardim, fazia mil coisas, falava muito, ria alto!! Agora ela está quieta, triste...
Infelizmente as coisas não são como a gente espera. A vida traz dores, perdas, e precisamos aprender a lidar com elas.
Se bobear a gente se concentra só nas coisas ruins e fica de mal com o mundo! Só que ficar paralizado, remoendo o sofrimento, não ajuda em nada!
Talvez, por isso, eu viva num exercício constante de entender o que de bom a vida está me presenteando! Procuro observar as alegrias cotidianas, prestar atenção quando a felicidade está acontecendo, aqui e agora!
Requer dedicação!
Então, quando eu estou me sentindo absolutamente feliz venho aqui, contar pra vocês!!
Sei lá... aprendi que alegria a gente divide! A felicidade pode ser contagiante!
Fazer um elogio, dizer o quanto se gosta de alguém, abraçar apertado... Tão fácil ser feliz!
E vamos tocar a vida, do melhor jeito que a gente sabe! Com fé! Porque a fé não costuma "faiá"!!


Fotografia de Carlos Sillero

14 comentários:

Eurípedes disse...

Compartilhando também:
alguém pode me dizer
se estava prevista na palma da minha
mão
esta paixão inesperada
se estava já escrita e demarcada
na linha da minha vida
se fazia já parte da estrada
e tinha que ser vivida

ou foi um desgoverno repentino
que surpreendeu os deuses, todos
os que desenham o nosso destino
ou foi um desatino, uma loucura
uma imprevisível subversão
que só a partir de agora eu trago
marcada
na palma da minha mão

Bruna Lombardi

Renata Lopes Costa disse...

Estás certíssima!!
O primeiro passo para ser feliz é aceitar as coisas do modo que Deus nos impõe e fazer que cada acontecimento cotidiano seja visto com bons olhos. E é como falaste: é tão fácil ser feliz, basta permitir-se!!

Beth/Lilás disse...

Pois é, mas isto que ocorre com tua mãezinha é o mesmo que ocorre com todas as outras da idade dela. Ficam tristes com as perdas, natural, claro!
Minha mãe é sempre alegrinha e engraçada, mas tenho sentido que ela perdeu um pouco da alegria, talvez por ver tantos conhecidos e pessoas da idade dela partindo.
Deve ser isso.
Então, enquanto a tristeza não chega, vamos curtindo a vida, pois a alegria de viver é mesmo contagiante quando encontramos outras pessoas pensando desse modo.
Tenha um alegre e abençoado final de semana.
abraço carioca

Ana disse...

Eurípedes

As poesias da Bruna fazem parte da minha vida!
O "Gaia" está judiado, manuseado, sublinhado, cheio de anotações...

Vc já leu a palma da sua mão?
Sempre tive vontade!

Ana disse...

Renata
Tem dores tão absurdas, tão doídas, que a única forma de sobreviver é sair dela, fingir que não aconteceu, deixar sangrar até um dia cicatrizar...
Minha mãe não consegue sair da dor de perder o filho mais novo. E isso se soma à uma depressão que ela já estava tratando e da qual nunca mais se curou!
Nem a reconheço mais...
É muito triste.
O que sei é que não quero eternizar isso, simplesmente porque não quero que os meus filhos se sintam como eu me sinto. Quer dizer - não quero ser uma mãe triste pra eles!
Eu me esforço! Meu foco é a alegria!
Beijos!

Ana disse...

Lilás
É bem isso!
Eu acho que, quanto mais cedo a gente se conscientiza dsto, mais chance a gente tem de ser uma velhinha alegre! Hehehe!
Eu li que envelhece mal quem pára de prestar atenção no que acontece à sua volta, então vou começar a ficar antenadíssima! Heheheh!
Beijo!!

Eurípedes disse...

Na palma da minha mão
Tem traços, riscos e rabiscos
Snais do que acho, desfaço
Realizo, ameaço
Carícias, afagos
Tem tudo Ana
Que eu mereço e faço

Renata Lopes Costa disse...

É Ana, não deve ser nada fácil perder um filho, então de certa forma fica até "fácil" de entender as reações da tua mãe, mas ao mesmo tempo, sabemos do quanto é necessário levantar a cabeça e seguir a vida do jeito que dá. Talvez mais difícil seja para quem a olha e não a reconhece mais, pois, para ela, aquele mundo que criou é onde se "esconde" e protege-se das dores, fazendo-o natural para si. Força, Ana!

Ana disse...

Eurípedes

Não tenho esta sensação comigo, de que faço e desfaço!

Tenho medo do que me escorre... do que não posso segurar...
A vida tem essa mania de ter um fluxo, um andar, uma eterna correnteza...

Quando a gente vê, até ela já foi água a baixo...

Viver o aqui e agora é o segredo.

Ana disse...

Renata

Tão boaa sensação de ser compreendida...

Obrigada!

Rosamaria disse...

Ana
A sempre-viva também me lembra infância e arranjo de mãe.

Eu gosto de vir aqui e te sentir feliz. Ficar paralizado, remoendo o sofrimento não ajuda em nada mesmo!
A gente tem que se acostumar até com a dor física. A minha, graças a Deus melhorou, mas é aqui que eu me esqueço dela.
A fé é fundamental, ela não "fáia"!
Bjão, cosquirídia.

Ana disse...

Rosinha!
Que bom que a tua dor está te dando uma trégua!
Sei que tu estás tratando direitinho!
Bendita fé!
Beijão!

Eurípedes disse...

Oi Ana
Sua cara:
"Tem gente que é tão doce, tão meiga, tão linda, que se mais fosse, não seria gente, seria poesia"

Rosamaria disse...

Que lindo tudo o que o Eurípedes escreve pra ti!
Mereces!
Bjim.

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