15.5.08

Sobre o Dia das Mães

Eu estava viajando, mas não gostaria que esta data passasse em branco, aqui.
Por isso as fotografias... .
E quero, também, mandar um beijo enorme para a Mariza Gomes.
Desde que li - e reli tantas vezes! - o livro que ela e o Valério Pillar publicaram em homenagem ao seu filho Gabriel tenho tentado falar disso aqui. Simplesmente não consigo. E, desde que recebi, o livro está aqui, perto do computador. Do meu lado.
Nó na garganta, impossibilidade de achar as palavras...
.


Leia Através do Espelho

Transcrevo o email, que recebi da Mariza, em 06/12/2007:
.
"Oi Ana,
Faz tempo que estou para entrar em contato contigo.
Tempos atrás vimos que tu tinhas colocado no teu blog fotos batidas pelo Gabriel. Lembro que fiquei muito emocionada na época! Mas, esse ano não foi muito fácil para nós. Tivemos várias perdas num período muito curto... E algumas coisas foram sendo transferidas para um melhor momento. Acho que agora é o momento desse retorno. De agradecer o teu reconhecimento ao trabalho do Gabriel. Na época ficamos felizes em ver as fotos da nossa querida cidade pelo olhar do Gabriel, no teu blog. Um sentimento de Mãe-Terra/Terra-Mãe. Enfim, foram essas múltiplas formas de acolhimento que nos fez fortes e resultou na edição de um livro em homenagem ao Gabriel. Assim, teremos o maior prazer de compartilhar contigo à leitura desse livro e de poder enviar-te um exemplar, para isso precisaríamos do teu endereço.
Abraços,
Mariza"
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Gostaria de poder conversar com a Mariza... Romper este silêncio involuntário, esta coisa de não conseguir falar, nem chorar... Poder agradecer...
Dizer que as palavras e imagens do Gabriel me tocam profundamente. Que gosto de folhear as páginas do livro...
E falar de como as coisas vão se misturando... Os amores, as saudades, as datas...
As lembranças de Lavras, a nossa infância, o "ir embora", a maternidade, a vida, o aprendizado, as perdas... Como não lembrar da Márcia? Do Pigue? Como não agradecer a possibilidade de ter convivido com eles? O que fazer com as ausências?
Não sei... O que sei é que a essência do que eles foram e significaram permanece. E o amor que sentimos por eles cada vez faz mais sentido.

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