5.3.08

Os textos que falam por mim


"Tem um momento de vida que a gente escolhe a si mesmo."


Sempre dou uma olhada nas notícias do dia, antes de abrir o blog, mas raramente escrevo sobre elas. Concluo que, sobre estes temas jornalísticos, já tem gente demais escrevendo - e muito melhor do que eu!
Mas, se ficar paralizada nesta certeza - de que sempre vai ter alguém escrevendo melhor do que eu sobre qualquer coisa, vou ficar muito infeliz e acabar sem escrever nada! :(
Então me arrisco! Conto as minhas histórias, falo dos meus delírios, cometo minhas bobagens!
Acho mais simples falar sobre o que faz parte da minha vida, sobre a minha rotina, meus amigos, minhas experiências... Se não são tão interessantes, pelo menos são inéditas! Hehehehe!
Por outro lado, adoro publicar coisas que me tocam, sentimentos com que me identifico, textos que me chamam a atenção...
É como se eu pudesse guardar estas preciosidades e elas ficassem acessíveis, disponíveis, para mim e para quem passa por aqui.
Procuro não exagerar, para não transformar o Roccana num Ctrl+C, Ctrl+V, mas quando acho um texto que diz tudo o que eu gostaria de dizer, não resisto!
Hoje, por exemplo, adorei estas reflexões da Patricia Antoniete! Levei anos pra sacar tudo o que ela diz, com a maior competência:

"Tem um momento de vida que o mais importante é a coerência, inclusive com nossas próprias contradições.
Um tempo em que tudo e todos que a gente ama, ama-se pra sempre, às vezes de outras formas e outros jeitos, mas segue-se amando.
Um tempo em que a gente não se envergonha mais das escolhas, mesmo que elas tenham mudado, mesmo que elas não sejam as recomendáveis, louváveis e de aprovação coletiva necessária (e às vezes exatamente por isso mesmo) em que tudo vira patrimônio indispensável daquilo que somos, da nossa humanidade, sempre construída em luz e sombra, daquilo que sonhamos e daquilo que ainda vamos ser.
Tem lá um momento de vida em que a gente dá menos importância ao mundo e mais importância ao que queremos de verdade, seja um bife enrolado com toicinho (notaram que algum pudor colesterolêmico baniu os bifes enrolados com toucinho da face da terra?) ou uma transgressão atordoante das normas de moral & bons costumes.
Tem uma hora que só mesmo o que importa é aquilo que nos faz feliz, bom ou mau, adequado às normas sociais vigentes ou não, mas totalmente coerente com a vida que escolhemos viver, com as pessoas que amamos e nos amam da maneira que podem.
Tem um momento de vida que a gente escolhe a si mesmo. É pra lá que eu tô indo. ‘Bora?"

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