Eu tenho andado injuriada com o frio que tem feito em Pelotas e, neste momento, em que a minha mão congela no mouse, enquanto escrevo estas mal traçadas linhas, acabo de descobrir um jeito de pesquisar blogs sobre Pelotas. Todo mundo deve saber como pesquisar blogs, nas pesquisas do Google, mas eu descobri isto agora, quando não tinha nada para fazer e comecei a xeretar pela net. Eis que achei um blog com uma descrição perfeita do frio e da umidade que andam fazendo e algumas considerações engraçadas sobre a Argentina - responsável por todas as frentes frias que chegam por aqui:
"Pelotas é uma cidade plana. Totalmente plana. Absolutamente ao nível do mar, de quem, aliás, está a cerca de 60 quilômetros de proximidade. Ou seja, nada segura o vento. Aqui meus cabelos imaginários sempre estão esvoaçantes. No verão é uma beleza, mas no inverno é terrível.
Pelotas fica à beira da Lagoa dos Patos e está cercada por mais de 600 quilômetros, somados, de canais, arroios e açudes. É, portanto, um enclave terrestre no meio aquático, de quem suga esta umidade saturada no ar e espargida pela ventania constante.
O Rio Grande do Sul enfrenta um frio histórico, graças à porcaria da Argentina, onde nevou e de onde vêm, não só os argentinos, mas também as massas de ar polar. Adicionem à massa recorde de ar polar, agora, o vento da cidade-plana e a umidade da cidade-banhado.
Hoje pela manhã, lá por 7h30min, contornei a rótula do Big com minha belíssima Twister Preta e de canto de olho notei, no relógio estaqueado à curva, a temperatura: - 1°C. Nada adiantam as luvas e meias e calças e blusões sobressalentes. Este vento úmido e cortante, carregando este maldito frio argentino, entra pelas costuras das luvas e amortece as mãos de qualquer pessoa."
O engraçado é que as pessoas reclamam desta umidade pelos mais diversos motivos: a chapinha no cabelo que não dura, a casa que mofa, os dias escuros que deprimem, as rinites alérgicas e seus narizes eternamente vermelhos, a roupa que não seca...
Mas, apesar do frio, as barrigas continuam de fora, a estátua viva que todo dia fica no calçadão continua lá, despida e pintada de prata, e os pelotenses continuam indo mais para o Laranjal no inverno do que no verão!
"Pelotas é uma cidade plana. Totalmente plana. Absolutamente ao nível do mar, de quem, aliás, está a cerca de 60 quilômetros de proximidade. Ou seja, nada segura o vento. Aqui meus cabelos imaginários sempre estão esvoaçantes. No verão é uma beleza, mas no inverno é terrível.
Pelotas fica à beira da Lagoa dos Patos e está cercada por mais de 600 quilômetros, somados, de canais, arroios e açudes. É, portanto, um enclave terrestre no meio aquático, de quem suga esta umidade saturada no ar e espargida pela ventania constante.
O Rio Grande do Sul enfrenta um frio histórico, graças à porcaria da Argentina, onde nevou e de onde vêm, não só os argentinos, mas também as massas de ar polar. Adicionem à massa recorde de ar polar, agora, o vento da cidade-plana e a umidade da cidade-banhado.
Hoje pela manhã, lá por 7h30min, contornei a rótula do Big com minha belíssima Twister Preta e de canto de olho notei, no relógio estaqueado à curva, a temperatura: - 1°C. Nada adiantam as luvas e meias e calças e blusões sobressalentes. Este vento úmido e cortante, carregando este maldito frio argentino, entra pelas costuras das luvas e amortece as mãos de qualquer pessoa."
O engraçado é que as pessoas reclamam desta umidade pelos mais diversos motivos: a chapinha no cabelo que não dura, a casa que mofa, os dias escuros que deprimem, as rinites alérgicas e seus narizes eternamente vermelhos, a roupa que não seca...
Mas, apesar do frio, as barrigas continuam de fora, a estátua viva que todo dia fica no calçadão continua lá, despida e pintada de prata, e os pelotenses continuam indo mais para o Laranjal no inverno do que no verão!
Fotos Paulo Rossi
2 comentários:
Anabacana!
Também ando injuriada com a umidade e o frio juntos. Ela é que nos prejudica, o friozinho é bom.
Mais uma coisa me ensinaste, adorei a pesquisa dos blogs.
Enquanto estava lendo, sem me dar conta que estava entre aspas, fiquei pensando: o que será que a Ana estava fazendo na rua, às 7:30 da manhã e com aquela temperatura! E já tinha rido das porcarias dos argentinos, huáhuáhuá.Bocaberta, eu!
Bjão.
oi ana! da uma olhada no texto do vitor ramil, a estetica do frio, que coloquei no blog. foi para ti aquele post. nao ameniza a umidade e o frio, mas sempre é um alento poetico e literario. beijos!
Postar um comentário