30.3.07

Lama Padma Samten em Pelotas

Nunca li nada mais profundo sobre Budismo, mas, ultimamente, comecei a me interessar pelo tema. Então, quando soube que o Lama estaria em Pelotas, falando sobre "Cultura de Paz" (obrigada, Isabel!), fui correndo assistir!
Ele é simpático, doce, alegre, leve, engraçado... Fala, com extrema simplicidade e sabedoria, coisas que vão fazendo sentido e se transformando em esperança, aprendizado, auto-conhecimento...
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O Lama fala "báhhh"... E é gremista! :(
Embaixo a Kika, na fila de autógrafos:

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Alguns ensinamentos, valiosos:

"A primeira coisa que podemos analisar em relação à paz é que se trata de nossa experiência natural, uma condição não-construída. Não podemos conquistar a paz, pois ela é nossa experiência básica. Podemos perdê-la se surgirem perturbações, mas ganhá-la não tem sentido. Se pensarmos que a paz surgirá por uma boa razão ou sob condições externas, nunca a encontraremos. Uma vez perdida, a paz só retornará se removermos as perturbações que surgiram. "

"Paralelamente ao processo de transformação das tendências cármicas, o Buda ensinou a prática ininterrupta das "quatro qualidades incomensuráveis", que são o método positivo de manifestação no cotidiano solucionando as confusões e conflitos.
A primeira é a compaixão, o desejo que os seres realizem sua natureza interna e se livrem de suas complicações. Essencialmente é o desejo que o outro supere suas dificuldades e possa melhorar. Atenção: compaixão é diferente de "pena". Quando temos pena, estamos validando a imagem que a pessoa faz de si mesmo, e justamente por isso ela está mal. Compaixão é reconhecer no outro a sua natureza estável, perfeita, de luz, sua condição verdadeira, quebrando o encanto dos jogos que estão produzindo as complicações.
A segunda é o amor, o desejo que o outro seja feliz, completamente. Não exclui ex-maridos, ex-esposas, ex-sócios...
Depois a alegria, a capacidade de se alegrar com as alegrias e vitórias dos outros, pequenas ou grandes. É um poderoso antídoto contra a inveja.
Finalmente a equanimidade: perceber as flutuações das alegrias e tristezas da vida; num momento se tem uma grande alegria, em outro aquilo mesmo vira uma grande tristeza. Surge uma serenidade estável frente a essas flutuações e uma fé permanente, inabalável na natureza de todos os Budas, que é a sua própria natureza."

Instituto Caminho do Meio

7 comentários:

Anônimo disse...

pregação boa que não exige devoção, só naturalidade.

beijo,

Ana disse...

Exatamente, Léo...
E é um acreditar que não remete à culpa, sofrimento, pecado...
Saí de lá leve e feliz!! :)
(E não deixei parte do meu $$!! Heheheheh!!)

Anônimo disse...

Ana,
Muy interesante!, me ha gustado mucho!.
Hace unos meses, Jayme Panerai (hermano de Thelma) me regaló el libro Um coração aberto, praticanddo a compaixão na vida cotidiana, del Dalai-Lama. Es un libro sencillo de leer y muy enriquecedor. Es una comprensión básica del budismo, merece la pena leerlo.

Thelma disse...

Anazen, me alegro! É exatamente a leveza do budismo que me atrai. Como nao é uma religiao, e sim uma filosofia, nao existe imposiçao.
Bjs.

Anônimo disse...

ana! que bom que gostastes, adoraria ter ido... fiquei bem feliz que colocastes um texto meu sobre as obras do madu. beijos! isa

Rosamaria disse...

Gostaria muito de participar de uma palestra dessas, bacana. Sempre gostei do que li sobre budismo.

Bjão.

Gustavo Gitti disse...

Sim!!! O Lama é demais!

Sou aluno dele, pratico aqui em Sampa: www.cebbsp.org

Abração!!!

Gustavo
www.nao2nao1.com.br

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