Olhando as fotografias que o Dude trouxe das férias fiquei com uma saudade esquisita, um nó na garganta, uma vontade de voltar no tempo que raramente sinto...
Esta foto, especialmente, é do galpão lá das Cordilheiras. Tudo tão igual! O fogo no chão, a carne assando devagar, o portão de onde se vê o campo e o Cerro Partido, a sombra das árvores imensas, que ficam na frente da casa...
Posso imaginar o cheiro da lenha queimando e da carne sendo preparada. Quase ouço o barulho do fogo e do vento lá fora. Talvez canto de passarinho, ou um mugido, lá longe... Chego a sentir, na pele, o vento, que balança com força a copa das árvores... Tudo tão igual!
Mas é a imagem do meu pai, alí no portão que mexe comigo. Dói. Ele está mais magro, mais envelhecido e continua representando, pra mim, segurança, exemplo, força. Isso parece mais imutável que qualquer coisa que eu possa imaginar.
E foi exatamente nas Cordilheiras que meu irmão morreu, num acidente. O lugar mais alegre que conheci. Lugar da minha infância, da minha ingênua capacidade de ser feliz e de acreditar que isso duraria pra sempre.
Acho que estou com saudade de mim.
Esta foto, especialmente, é do galpão lá das Cordilheiras. Tudo tão igual! O fogo no chão, a carne assando devagar, o portão de onde se vê o campo e o Cerro Partido, a sombra das árvores imensas, que ficam na frente da casa...
Posso imaginar o cheiro da lenha queimando e da carne sendo preparada. Quase ouço o barulho do fogo e do vento lá fora. Talvez canto de passarinho, ou um mugido, lá longe... Chego a sentir, na pele, o vento, que balança com força a copa das árvores... Tudo tão igual!
Mas é a imagem do meu pai, alí no portão que mexe comigo. Dói. Ele está mais magro, mais envelhecido e continua representando, pra mim, segurança, exemplo, força. Isso parece mais imutável que qualquer coisa que eu possa imaginar.
E foi exatamente nas Cordilheiras que meu irmão morreu, num acidente. O lugar mais alegre que conheci. Lugar da minha infância, da minha ingênua capacidade de ser feliz e de acreditar que isso duraria pra sempre.
Acho que estou com saudade de mim.
5 comentários:
"A casa da saudade chama-se memória: é uma cabana pequenina a um canto do coração". (Henrique Maximiliano Coelho Neto)
Bjs e bom findi. Luisa
Lindos posts Ana.
Me reconheci de olhos mansos e caseiros nas tuas palavras...
Bjos
Memórias da pele, Ana. Ou cores da vida.
Desde que te conheço, Lavrinhas passou a ser um lugar significativo para mim tb, mas fiquei impressionada com a beleza do lugar. Muito lindo!
Num futuro próximo, penso andar pela praça, sentar no Benedito, passear pelo Paredao e dormir na Cordilheira - por meses.
êta sintonia do cacete, hein dona Ana??? Acabei de falar do meu nó na garganta ali embaixo e vejo você contar do seu aqui em cima...
beijo,
as lembranças são sempre muito importantes, a gente passa a se reconhecer com elas.
não sei se já disse, mas acho lavras linda, quero muito conhecer um dia!
bjos
Postar um comentário