Já disse aqui que sou uma pessoa de sorte. Tenho grandes amigos. Pessoas a quem admiro demais. Pela sua sensibilidade, pelo seu caráter, pelo seu talento.
O Márcio Souza é uma delas. Ele tem o dom de me emocionar.
Como, modestamente, tenho ótimas idéias, me ocorreu pedir a ele algum escrito, poesia, texto, reflexão... Enfim, queria alguma coisa escrita por ele para publicar aqui.
O Márcio Souza é uma delas. Ele tem o dom de me emocionar.
Como, modestamente, tenho ótimas idéias, me ocorreu pedir a ele algum escrito, poesia, texto, reflexão... Enfim, queria alguma coisa escrita por ele para publicar aqui.
Ele me mandou este texto, que eu simplesmente adorei:
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"Dias Vazios
Todos temos dias em que não nos encontramos em nós mesmos. Estes dias nos afetam de tal forma, que não nos alcança qualquer sentimento além do vazio que nos habita; como um silêncio importuno, quase dolorido...
Ouvi de uma cigana certa vez, em sua voz rouca e de um espanhol muy safado (porém de um ensinamento muito valoroso):
“- Los dias de nostalgia, de acabrunhamento, hacem criados para que nosotros nos desnudemos de la image que aquerenciamos para si, e con isso, se julgarmos lo mejor camino, possamos cambiar nuestro modo de piensar a si e la vida, e por adelante, nuestro destino.”
Mas o medo de descobrirmos que somos piores do que nos habituamos a pensar nos agride tanto, que geralmente, nesses dias, seguramos com força redobrada a máscara cotidiana que vestimos, antes mesmo de sentarmos à mesa para tomarmos o café da manhã. E assim, não raro, esses dias perdem o sentido que alguém designou a eles, tornando-se apenas, dias vazios... "
Ouvi de uma cigana certa vez, em sua voz rouca e de um espanhol muy safado (porém de um ensinamento muito valoroso):
“- Los dias de nostalgia, de acabrunhamento, hacem criados para que nosotros nos desnudemos de la image que aquerenciamos para si, e con isso, se julgarmos lo mejor camino, possamos cambiar nuestro modo de piensar a si e la vida, e por adelante, nuestro destino.”
Mas o medo de descobrirmos que somos piores do que nos habituamos a pensar nos agride tanto, que geralmente, nesses dias, seguramos com força redobrada a máscara cotidiana que vestimos, antes mesmo de sentarmos à mesa para tomarmos o café da manhã. E assim, não raro, esses dias perdem o sentido que alguém designou a eles, tornando-se apenas, dias vazios... "
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* Márcio Souza é publicitário. E é lavrense.
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Pintura de Manuela Pinheiro / Solidão em Bola de Balão
Um comentário:
Adorei o texto do Márcio e queria saber quem são seus pais, porque provavelmente eu os conheço.
Bjus Ana!
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