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Claro que eu tive amigas, mas naquela época a convivência era mais formal, mais distante... Ou era eu quem sentia assim? Adorava brincar com meus irmãos, jogar futebol, brincar de fazendinha, andar de bicicleta, brincar de carrinhos. Convivia só com eles nas minhas férias, lá fora, então, brincar de bonecas era uma atividade solitária, mas que eu gostava muito. Acho que minha filha, tendo só um irmão, repetiu muito a minha história. Na verdade é mais fácil para as meninas brincarem com coisas tipicamente masculinas do que o contrário.
Sinto que tudo isto influenciou toda a minha vida. Sempre tive mais amigos homens e muita facilidade de me relacionar com estes amigos. Tive muita sorte porque eles tem sido próximos, parceiros, presentes durante a minha vida inteira.
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Ultimamente me disciplinei muito e procurei me informar sobre todo este universo. Mais exatamente quando percebi a Kika quase fazendo quinze anos e se comportando como um moleque: jogando futebol no "morrinho” (um ponto de encontro da gurizada aqui no meu bairro), lutando taekwondo, jogando taco, andando de bicicleta. Sempre vestindo um tênis surrado e abrigo de moletom, sem sem se importar com aparência. E boa de briga como ela só!
E foi justamente observando a Kika se transformar na linda mulher que ela é hoje que descobri que ser feminina é muito mais do que tudo isto que eu falei. E é uma delícia!
6 comentários:
Bahhhh....parecia que tava lendo a minha história! Impressionante!
Adorei a foto que tu estás entre teus irmaos, com um laço no cabelo...rsss...tá linda!
Ana,
Comigo foi a mesma coisa, ou seja, garoto criado no meio da mulherada. Mãe, irmã, primas, tias... Não tenho do que reclamar!! ;)
Sabe Ana, eu sou filha única, mas acabei não desenvolvendo esse lado mulherzinha como deveria (?). Também não gosto de salão, também não gosto de conversar sobre empregada e supermercado. Também não sei o que está na moda e uso o mesmo sapato por meses (se gostar dele) todos os dias. Não tenho explicações, mas sou assim. Até na profissão que escolhi, tipicamente masculina. Mas não me sinto menos mulher por causa disso... de forma alguma. Bjs
Ana!
Estou amando olhar teu blog...tu é muito criativa! Beijo
Ana querida, somos parecidas na sensibilidade. Obrigada pelo carinho. Ter te conhecido faz muita diferença na minha vida.
Um beijão!!!
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