13.2.06

Embalagem é tudo!

Frequentei um curso de pintura durante algum tempo. Era maravilhoso. Não só pela possibilidade de mexer com cores, telas e suas infinitas possibilidades, como pelas pessoas que conheci. Algumas cheias de talento, só aprimorando sua técnica e exercitando possibilidades e efeitos. Outras pareciam estar alí pra passar o tempo em uma atividade lúdica e prazerosa. Um monte de mulheres interessantes que passavam algumas tardes juntas, contando experiências e falando de vários assuntos. Mulher é facinha pra conversar e vai falando na vida, contando histórias... Algumas sérias, outras divertidas...

Eu tinha uma colega linda e loira. Chique demais! Elegante demais! Nela tudo era impecável, tudo combinava. A bolsa com os sapatos, o esmalte com o batom, a echarpe no tom dos brincos, maquiagem perfeita, roupa vistosa, perfume e atitude de mulher que gostava de se arrumar e prestava atenção nos detalhes.

Ela contava esta história com muita graça: num exame médico de rotina, precisou fazer alguns exames. Entre eles, exame de fezes. Ela passou no laboratório, pegou o potinho esterilizado e, no outro dia cedinho, "colheu o material". Ela mesma decidiu que o levaria ao laboratório e ficou pensando onde colocaria o potinho para levar até lá. Lembrou, então, "num momento de pura inspiração", que tinha um "estoque de embalagens pra presentes, vistosas, lindíssimas, decoradas com laçarotes, enfim, de extremo bom gosto" (detalhes que ela fazia questão de salientar!). Colocou o potinho dentro de uma das mais bonitas e se encaminhou (ou desfilou) para o laboratório, que ficava numa rua central e movimentada.

Pois não é que, quando ia entrar no laboratório, um rapaz, pensando se tratar de algum objeto de valor, lhe arranca o pacote das mãos e sai em disparada, roubando, em plena luz do dia e em meio a transeuntes, o pacote da minha amiga?!

Ela conta que levou um susto, "ficou em choque" e demorou um pouco a assimilar o que tinha acontecido. Mas quando se deu conta da surpresa que ele teria ao constatar o "produto do roubo", começou a rir. Gargalhar. Passou mal de tanto rir. Juntou gente. Ela esqueceu que era chique e sentou no degrau da calçada. Riu muito! Chorou de rir! Escorreu a maquiagem, se despenteou, precisou de ajuda pra se recompor...

E até agora, passados alguns anos, ela ainda ri muito enquanto conta esta história! Que, com certeza, só poderia ter acontecido com ela!


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Um comentário:

Anônimo disse...

hahahhahahha! Muito engraçada esta história!! Procurando assuntos sobre Lavras, encontrei o teu Blog... Parabéns! Por favor, não pare nunca de escrever sobre vc e sobre Lavras... Sua inspiração tem muita riqueza... Parabéns!

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