Idade cronológica

"Não me preocupo com minha idade cronológica, se pra mim, a lógica está no passar do tempo da alma e na juventude que o espírito preserva.

    Não gosto de estar no banco de reserva, quero meter a cara, fazer por onde, perder o jeito, falar besteira, voltar atrás, recomeçar se preciso for."

Lilian Vereza

Eu tenho pensado muito nessas questões: idade, rugas, cabelos brancos, menopausa... Não porque esteja sofrendo, com elas - até agora tudo tem me parecido fácil de lidar, me sinto melhor do que sempre me senti e não trocaria meus 55 anos por nenhuma outra idade. 

Muitas coisas pesam, sim, mas mais por pressão externa do que por sentimentos genuínos, de que envelhecer seja uma coisa ruim, por si só. Acontece que não quero que pesem, além da conta.

Então me identifiquei, com a frase, acima. Quero preservar a juventude do espírito e manter a coragem de enfrentar a vida, se possível, com leveza e alegria. Sinto uma gratidão imensa por tantas coisas boas que tenho, em minhas mãos, ou ao meu alcance, mil possibilidades, muita coisa para aprender e descobrir.

Acordo, todo dia, cheia de expectativas e, ao mesmo tempo, sem a ansiedade de que coisas grandiosas precisem acontecer. Aprendi a felicidade cotidiana, a autocomplacência, a calma,  a espera do que está por vir. Me aceito mais, me entendo mais, me perdoo mais, me permito mais e, por tudo isso, me divirto mais, me alegro mais, rio mais e me estresso menos.

Bom olhar mais para fora, do que para o meu próprio umbigo. Tanta coisa bonita para me deslumbrar e eu vou ficar olhando minhas rugas, na frente do espelho? Nunquinha! Aliás, nesse momento vou me olhar no espelho para passar um rímel, uma escova no cabelo, pegar a minha bolsa e botar o pé na rua! Nada justifica complicar a vida. Quero mais é descomplicar!