Letra Ricardo Haas e música de Jader Duarte
"Os alambrados que eu faço
No ofício de alambrador
Andam fechando potreiros
As custas do meu suor
Cercas de arame estirado
Em quadras de campo aberto
Demarcando as divisas
Prendendo um sonho liberto
Com porteiras que remato
num contra mestre cravado
libertando a melodia
prendendo a ponta de gado
E as retrancas de um canto
tem encantos pra canção
nas notas que eu alambro
quando abraço o violão
São seis cordas afinadas
sete fios no alambrado
um se solta em cantigas
o outro deixa encerrado
E de estância em estância
o campo muda a feição
alambrando meu destino
dou asas pra emoção
Os alambrados não cercam
o peito de um cantador
pois não existem tapumes
pra o canto de um sonhador."
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