20.10.13

"O inatingível é azul."


Visto da terra, o céu é azul.
Vista do céu, a terra é azul.
Será o azul uma cor em si
Ou uma questão de distância?
Ou uma questão de nostalgia?
O inatingível é sempre azul.

(Clarice Lispector)​​

Fotografia tirada pela Lídia, na Praia do Laranjal.


"O inatingível é azul."
Mas, às vezes, muda de cor. E quase se pode alcançar...

18.10.13















 "Não amar com medo de sofrer é a maior das bobagens, é querer se vacinar contra a angústia da finitude, como se fosse possível sair vivo do amor ou da vida."

Outubro




"o mesmo outubro
que balança
me equilibra
por intuito
ou instinto
sig[n]o
às cegas"

Dores e Doçuras




“Eu prefiro as pessoas que conseguem ver o lado claro das coisas mesmo que todo dia anoiteça. Gente que se abala com os fatos sim, mas que não quer derrubar a estrutura do outro só pra vê-lo no mesmo nível em que estão. Com o tempo a gente aprende que todos têm o ônus e o bônus, mas poucos conseguem carregar dores e doçuras sem despejar em ninguém suas amarguras. Eu ainda acredito mais em sonhadores incuráveis do que em caçadores de mágoas.” (Fernanda Gaona)




"Luar"





"Qual a palavra mais bonita da língua portuguesa? 
Clair de lune, chiaro de luna, claro de luna... 
Jamais os franceses, os italianos e os espanhóis saberão mesmo o que seja o 
luar, que nós bebemos de um trago numa palavra só."

Mário Quintana

Feliz!

​Noite maravilhosa! Além de comemorar mais uma vez o aniversário da Carmem, reencontrei meu primo querido, Paulo, que não via há muitos anos e me senti feliz e emocionada...
Sem palavras pra descrever o tamanho da saudade e da alegria!

Li o que ele comentou, no Face:.
"Menos de 24hrs em Porto Alegre e Báh!!!
Obrigado Guilherme!
Obrigado Carmem e turma da Carmem.
Rejane, Beiço no words.
Ana Lúcia sensacional te ver de novo.
Lídia, Henrique, beijão!
Pedro, mais uma prova que a vida é eterna. Obrigado, abração!!!
Sampa, fui!"

O churrasco foi no apartamento do Guilherme, muitos amigos presentes, tudo perfeito!
Essas fotos foram tiradas pelo Henrique:



16.10.13

Amoraninha

Parabéns, Ana Maria, pelos dois anos de blog!


Coisas que ela escreve:

"Duas belezas que ensinam: a imensidão do mar e o infinito do horizonte.
 Duas certezas: a finitude da Vida e a passagem do Tempo.
 Dois aprendizados: guardar a essência das coisas e amar sem medo.
 Duas conquistas: reconhecer meus abismos e encarar meus desassossegos.
 Dois medos: de não dar conta da Vida e da Vida que não me dá conta de nada.
 Dois passos: o que dei em direção ao amor e o primeiro do dia que amanhece.
 Duas palavras: delicadeza e encanto."

Entardecer no Gasômetro

"O prédio da Usina do Gasômetro é uma referência na cidade: abrigou a antiga termoelétrica da capital, entre 1928 e 1974, e está localizado às margens do Rio Guaíba. Até hoje conserva sua chaminé de 117 metros, que pode ser vista de outros pontos de Porto Alegre.

Desde 1991, funciona como Centro Cultural. Os 18 mil metros quadrados de área abrigam três auditórios, cinco salas multiuso, anfiteatros para vídeo e atividades múltiplas, laboratório fotográfico, estúdio de gravação, videoteca, espaços para exposições, centro de documentação com biblioteca, cinema, o Teatro Elis Regina e praça de variedades com restaurante e bares."

Fomos passear e ver o por de sol:





 




Gasômetro

16/10/2013








15.10.13

Aniversário da Carmem

Comemorado com seus amigos, no Barranquinho, PoA.
Bom matar as saudades da Carmem! Ela é única! Adoro seu jeito de contar histórias, seu senso de humor, sua corujice mal disfarçada...
E tem amigos queridos, encantadores. Até o Kike foi junto e se divertiu!



Domingo na Redenção

♡ ♡ ♡ 
Dia do Kike!

12.10.13

Dia da Criança

Fomos às compras.
Kike precisava escolher seu presente!

Só que a mamãe inventou de experimentar umas roupas.
E ficamos sentadinhos, esperando. E esperando.
Muito chato, esperar.
Fazer o quê? Fotografar!
De dois leoninos com um espelho na frente, uma câmera na mão e nada para fazer, não se podia esperar outra coisa!

Êbaaa! Hora de escolher o tão esperado presente!
Bem difícil, com tantas opções!
Mas devo dizer: ele sabe pesquisar, observar, pensar... Coisa mais queridaaaa!

Acabou escolhendo alguns conjuntos da Playmobil. E adorou!
Já começou a brincar enquanto esperávamos o almoço.

No almoço, um dos pratos preferidos: massa e bifinho (ou "Alfredo", opção nº 2 do Macaronni). E quis refrigerante, só porque o dia era especial.

11.10.13

Por onde ando



Em Porto Alegre
Como sempre, o encantamento pela cidade. O prazer de estar aqui.
Sair da rotina, me distanciar da rotina. Sempre foi assim, em momentos diferentes da minha vida: fugir para cá sempre foi uma saída.
Ficava sozinha, me isolava de tudo, respirava, tentava me entender. E tudo se redimensionava, tudo ficava mais fácil.
Então, cada vez que venho para cá, todas estas coisas voltam à minha lembrança. E vejo como somos capazes de superar momentos de crise e como tudo vai se modificando. Bom ter isto em mente.
Desta não vez não vim fugir de nada, não. Vim passear e tem sido dias maravilhosos.


Só para registrar
Nem só de saídas e jantinhas e botecos é feita a minha vida, como pode pensar quem lê o Roccana!
Pelo contrário. Na maioria dos dias fico em casa, bem feliz e acomodada! (Mas, quando saio com amigos tiro fotos e publico aqui.)
Hoje, para variar, fotografei o meu "jantar": sanduíche de pão integral (Castanha & Nozes, da Seven Boys), presunto, queijo, rúcula e tomate, temperado com sal e azeite. Com Coca-Cola. Tri bom!
Sexta-feira, em casa, sozinha, e, nem por isso, entediada ou infeliz. Pelo contrário, cabeça a mil, planos, bom humor, de bem com a vida.
Amanhã chegam a Lídia e o Henrique. Vai ficar ainda melhor!

Em todas as estações






Eu vou cuidar
Eu cuidarei dele
Eu vou cuidar
Do seu jardim...

Eu vou cuidar
Eu cuidarei muito bem dele
Eu vou cuidar
Eu cuidarei do seu jantar
Do céu e do mar

E de você e de mim...

Outubro

Tenho blogado menos e (con)vivido mais.
E frequentado botecos, tomado muito chope, jogado conversa fora!
Dias mais longos e ensolarados, com a chegada da primavera, dão vontade de sair de casa, inventar coisas para fazer.
Não fotografei todos os encontros, mas alguns deles estão aqui - e são com pessoas especiais, que fazem a minha vida feliz:

Em Pelotas:
Choperia Cruz de Malta, com Didi, Raquel, Fernando, Guilherme, Lídia e Henrique.

Em Lavras:
Telúrica, com Anselmo, Lídia, Pedro, Didi, Raquel e Henrique.

Tenho que publicar as fotos do Kike! (Telúrica)

Em Porto Alegre:
Boteco Natalício, com o Ricardo.

Em Porto Alegre:
"Beverly Hills Bar", com o Ricardo e o Pedro.
(Esse bar era a "sala de estar" do Pigue, em PoA. Era aqui que ele encontrava com os amigos, assistia os jogos do Inter, fazia as refeições. O dono do bar virou amigo dele e, agora, fica feliz quando o Pedro e o Didi vão lá.)

Ai, ai

       
          

"Todos os amores podem ser verdadeiros"

Fabrício Carpinejar
"Há uma ideia do amor exclusivo. Como se houvesse uma única chance na vida de amar. Ou é o amor eterno, ou era mentiroso. Ou acontece pela vida inteira, ou não funcionou.
E, quando acertamos um casamento, as opções anteriores são consideradas falsas – necessitamos apagar o passado. E, quando erramos um casamento, as opções anteriores são vistas como legítimas – desperdiçamos romances melhores.
Trata-se de uma visão limitada, de contar apenas com um endereço para o nosso coração.
Mas amor é cigano, amor é mambembe, amor é viageiro.
Mas amor é tentativa, amor é insistência, amor é rascunho, amor é esboço, amor é esgotar as possibilidades e se recriar diante delas.
Só porque você amou antes, não significa que não pode amar de novo. Ou, só porque você amou antes, não significa que o próximo amor é falso e está fingindo.
Só porque você se declarou a alguém, isso não compromete as próximas declarações.
Só porque você disse que era para sempre e terminou, não quer dizer que é um fingido.
Todos os amores podem ser verdadeiros."
Texto na íntegra aqui. Carpinejar explica que há um "Amor Amor".





"Amor é tentativa, amor é insistência, amor é rascunho, amor é esboço, 
amor é esgotar as possibilidades e se recriar diante delas."




5.10.13



"Uma história de amor talvez seja a tentativa – sempre fracassada – 
de viver com o corpo aquilo que certa vez fantasiou a alma.
Mas não precisa ser assim.
Aquilo que o próprio corpo fantasia parece bem mais rico. E possível."


Gustavo Gitti em "Por uma vida encarnada: breve crítica aos relacionamentos sem corpo".
Recomendo a leitura.

Osho: "Ego e Sexo - este é o conflito"

"Há algo, no próprio fenômeno do sexo que o faz sentir-se envergonhado, culpado, constrangido. O que é isso? Mesmo que ninguém lhe ensine nada sobre sexo, que ninguém o moralize a respeito, que ninguém crie nenhuma concepção a respeito, ainda assim há algo no próprio fenômeno que não o deixa à vontade. O que é isso?

A primeira coisa: o sexo lhe revela a sua mais profunda dependência, mostra que uma outra pessoa é necessária para o seu prazer. Sem a outra pessoa esse prazer não é possível. Assim, você depende, a sua independência é perdida. Isso machuca o ego. Assim, quanto mais egoísta for a pessoa, mais ela será contra o sexo.

A segunda coisa: no próprio fenômeno do sexo a possibilidade de rejeição existe- o outro pode rejeitá-lo.
Você não sabe se será aceito ou rejeitado; o outro pode dizer não. E essa é a pior rejeição possível, quando você se aproxima de alguém por amor e o outro o rejeita.
Essa rejeição cria medo. O ego diz que não tentar é melhor do que ser rejeitado.

E, ainda mais profundo: no sexo, vocês se tornam exatamente como animais.
Em nenhuma outra coisa você é tão animal como no sexo, porque em nenhuma outra coisa você é tão natural - em tudo o mais você pode ser artificial.

Por esse motivo, muita gente não consegue desfrutar do sexo. O ego não vai permitir que isso aconteça. Portanto, ego e sexo, este é o conflito.

O Tantra usa o ato sexual para torná-lo íntegro, mas aí você tem que se mover nele muito meditativamente. Aí você tem que se mover nele esquecendo tudo o que já ouviu sobre sexo, estudou sobre sexo, o que a sociedade lhe falou, a igreja, a religião, os professores. 

Esqueça tudo e envolva-se nele com sua totalidade. Esqueça-se de controlar! O controle é a barreira. Em vez disso, seja possuído por ele, não o controle. Isso o levará ao êxtase."

Gaia

Nos anos 70, ler Bruna Lombardi, com seus versos carregados de um erotismo provocante, mexeu com minha cabeça! Heheheh! Tive consciência disso ao ler esse artigo, escrito por ela, recentemente:


O erotismo da nova mulher
Bruna Lombardi

"Sempre escrevi sobre o desejo, a sensualidade, o erotismo como a forma mais libertária da existência. Aquela que não obedece lei nem censura, mas cria a sua própria escala de valores.  O sexo como chave da liberdade.

Quando publiquei meu terceiro livro de poesia, O Perigo do Dragão, VEJA me pôs na capa. O tema do desejo da mulher foi tratado de forma elegante e inovadora numa reportagem que se baseava na poética feminina, partindo do meu trabalho e cobrindo um arco que ia de Adélia Prado a Alice Ruiz.

Esse livro fez e faz muito sucesso até hoje nas redes sociais talvez porque o erotismo da mulher continue o mesmo. Mas muita coisa mudou. Inclusive as mulheres.

Na época me surpreendi muito com a extraordinária repercussão de um simples livro de poesias, que foi cultuado por pessoas muito diversas – do poeta Paulo Leminski, que publicou uma resenha na própria Veja ("Bruna continua praticando uma espécie de humor irritado, que é sua marca – herança talvez de vovô Carlos Drummond de Andrade, cuja poesia ela parece ter frequentado com prazer e proveito. Esse humor irritado está a serviço de uma 'mulheridade' assumida ostensivamente, que é muito melhor que qualquer postura política"), ao dono das Organizações Globo, o jornalista Roberto Marinho, que assinou uma crítica sobre O Perigo do Dragão em seu jornal. Foi um marco para a poesia, para as mulheres e para mim. Mesmo que eu já tivesse sido capa de centenas de revistas, dessa vez o significado era outro. A revista mais influente do país dava destaque para a mais clandestina das artes. E a mais íntima.

Hoje a poesia está de volta com força, há muita gente novamente interessada em versos bonitos (uma antologia de Paulo Leminski, Toda Poesia, está nos primeiros lugares entre os mais vendidos). E o sexo anda livre e solto em qualquer lugar. O que antes as mulheres confidenciavam, hoje é exposto abertamente. Centenas de livros sobre o assunto rodam por aí, zilhões de sites pornô se espalham na internet, há uma sex shop em cada esquina, mulheres trocam de par como quem troca de roupa e nas baladas ficam com vários parceiros. E se alguém criticar esse excesso, saiba que tudo isso é muito melhor do que a repressão.

Enfim, a liberdade chegou. E com ela sentimentos contraditórios. Nunca se viu tanto vestido de noiva, tanta busca de príncipe encantado, tanto romantismo confuso, tanta oferta, tanto desejo, tanta solidão. Impossível generalizar as mulheres – existem todas. Impossível criar um comportamento padrão para a era da diversidade de comportamentos. Para alguns nunca houve tanta vulgaridade; para outros, essa livre mulher continua submissa e só mudaram as regras.

Seja como for, a sensualidade sussurra, não grita. O erotismo atravessou civilizações e é uma grande arte. A arte do sexo permeia a história da humanidade, cria mitos através dos tempos. Culturas antigas deixaram legados, com seus mistérios e rituais. Preservar seus requintes deveria ser um bem sagrado como os segredos das sacerdotisas. Práticas orientais existem para tentar ensinar e relembrar pessoas a respeito de uma sabedoria que possivelmente faria do mundo um lugar pacífico e encantado.

Muito desse conhecimento foi perdido desde a destruição biblioteca da Alexandria até todas as fogueiras da Inquisição. O poder tem medo. Pessoas felizes não são facilmente dominadas.

Hoje, nossa sociedade é pragmática e essencialmente consumista. Consumir sexo pode ser mecânico como qualquer outra compra. Mesmo que divirta e entretenha, mesmo que distraia e iluda.  Há homens e mulheres consumindo sexo. Em algum momento nos fizeram acreditar que estávamos comprando felicidade. Quando na verdade, a felicidade é que é a moeda definitiva.

Tenho falado de felicidade no meu trabalho porque acredito nela. E acredito que o sexo está intrinsecamente ligado a ela, assim como está intrinsecamente ligado à nossa emoção. Dizem que os homens fazem sexo e as mulheres, amor – brinco com isso. Pode até acontecer o contrário.  Mas às vezes esses paradigmas são quebrados e se misturam e aí sim, acontece o novo.

No momento estou filmando Amor em Sampa e minha personagem, Aniz, tem um encontro de puro sexo. Meu novo livro de poesia, ainda inédito, chama-se Clímax, título de um poema que descreve orgasmos múltiplos. Isso mostra que o tema da minha capa em Veja não foi pontual, mas acompanha minha vida e meu trabalho.

O que me atrai no sexo não tem nada a ver com o consumo. Tem a ver com um ser humano melhor. Mais feliz. Tem o desejo de lembrar cada um de nós que viver apaixonadamente faz uma enorme diferença. Que ser movido a toda espécie de amor é uma atitude transformadora. Tem a ver com a frase do Ghandi: "Seja a mudança que você quer ver no mundo".

Fazer sexo é muito bom. Fazer sexo com amor é o nirvana. E, ao contrário do que reza a lenda, ele permite a entrada no paraíso."

4.10.13

"Prá trás, nem prá pegar impulso!"

Recomendo demais que assistam esse vídeo! 
Cerca de 30 minutos de uma entrevista com o Professor Clóvis de Barros Filho, no Programa do Jô. 
Inteligente, engraçado, entusiasmado, cheio de histórias deliciosas, faz emocionar e repensar alguns conceitos. 




Para assistir a entrevista, clique aqui.

Tons de cinza

Cada vez mais convencida de que aceitar as marcas do tempo é o caminho mais sensato...

"A onda prateada é protagonizada por mulheres de personalidade forte, bem-humoradas
e que têm um discurso pautado pela pacífica aceitação da passagem do tempo."

"A resistência é grande. Mas, atualmente, cabelo branco não é uma licença poética restrita às avós: cultivar tons de cinza virou opção de muitas mães. 
Na contramão de quem insiste em afirmar que mechas grisalhas envelhecem, uma turma descolada (e desencanada) assume os fios brancos cada vez mais cedo."

"As mulheres que adotam o visual grisalho aos 40, 50 anos fazem uma pequena revolução simbólica. Assim como exibir a barriga passou a ser lindo após a aparição de Leila, elas libertam quem não aguenta mais pintar os cabelos só por obrigação. 
Elas não estão apenas assumindo os fios brancos, mas mostrando uma forma alternativa, mais singular e bonita de envelhecer. Usar cabelos brancos é uma atitude de vanguarda: elas estão adiantando uma liberdade que normalmente só seria conquistada após os 60 anos". (Míriam Goldemberg)


 Leia mais sobre esse assunto em Ela/Beleza.
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