3.2.13

Metas e constatações

...e já é fevereiro!



Vi no Facebook da Magda Carvalho e achei hilário. E verdadeiro!
Fiquei refletindo, a respeito, e concluí que idealizamos coisas demais, criamos muitas expectativas - a nosso respeito, inclusive, desejamos a perfeição, queremos coisas demais, o tempo todo.
Aos poucos a vida nos mostra que não é bem assim. E mudamos - nem sempre para pior.
Porque reconhecer que nunca seremos perfeitos, não nos faz piores.
Admitir que muitas metas não serão alcançadas, não nos transforma em desistentes ou incompetentes.
Pelo contrário. Aprender a real importância das coisas é sabedoria. Aceitar nossas limitações é libertador. Amar o que é simples e possível, não significa ser medíocre.
E perder o bom humor, jamais!

Comentei na página dela, conversamos um pouquinho, e descobri que a Magda - Guria de Lavras como eu, tem um blog chamado "Poesia Cotidiana". Já dei uma boa lida, por lá, mas ainda preciso voltar e ler tudo com calma. De qualquer forma, recomendo. É uma bela e interessante leitura!
Uma amostra , que também fala das mudanças trazidas pelo tempo:


aos 20 eu tinha certezas absolutas
aos 40 só tenho a insolubilidade dos paradoxos
a luta dos contrários, que aprendi da dialética, se materializou 
nas dúvidas e nas incertezas, mesmo que as verdades nunca ditas
se desmistifiquem nos atos.
não era nenhuma máscara a face que eu carregava, como não é ainda agora a mais singela.
não era impostura a minha palavra, bem como não pretendo ensinar meu verso.
aos 20 eu era pura em minha inconsistência
aos 40 sou o início de um final inexorável que me levará desta vida,
minha consciência grita o nome da esperança
quero crer que algo de mim ficará na terra, meu corpo e também minha alma.
aos 20 fui tola, acreditei em mentiras
aos 40 sou mais esperta e acredito na força do homem sobre a terra,
acredito na evolução dos seres e na minha própria.
aos 20 fui bela
aos 40 fui sábia e desacreditei nos sonhos ingênuos daquela.
aos 20 busquei a verdade
aos 40 encontrei a paz de espírito e a tranquilidade.
talvez sempre tenha sido a mesma, nunca tenha mudado,
apenas os contornos de minha persona tenham se delineado
e agora sou eu e mais nada.
aos 20 e aos 40 fui mulher, filha, amiga, amante, parceira e poeta
agora sou só a magda.

5 comentários:

Anônimo disse...

Adorei a lista! Ri muito!
Quando amadurecemos, deixamos de desejar demais e partimos para a prática. Se não der pra viajar, a gente inventa outro lugar, só pra sair da mesmice, não é?
Beijos,
Tania

Lúcia Soares disse...

Muito bom, Ana! rs
Mas não adianta contar isso pros de 20, por ex.
É muito bom que a gente faça planos, mesmo que seja a logo prazo.
Agora, não faço mais, só quero saúde e "mais um tempinho". rs
Beijo!

Ana disse...

Tania!
É bem assim!
Viva a maturidade! Não queria voltar aos 20... Tá tão bom, agora!!
Beijão!

Ana disse...

Lúcia!
Te desejo um tempãooooooo!!
De muitas alegrias, muitos desejos realizados e muitos novos desejos!!
Beijos!

Anônimo disse...

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