Mandy Disher |
"De vez em quando o medo abraça a nossa vida e leva para bem longe a nossa coragem. Deixa-nos à deriva, abandonados a própria sorte, esperando pelo resgate generoso da suave mão do tempo. O tempo, que mesmo sem querer, acaricia a nossa inesgotável esperança; o tempo que desfaz armadilhas do destino; o tempo que ultrapassa as circunstâncias e transforma sonhos em realidade. O tempo que triunfa sobre as nossas tantas incertezas. O tempo, lugar por onde a minha alma passeia leve, desviando-se do parvo conceito de condição desfavorável…
De vez em quando a voz dos sentimentos cala; fica muda… De vez em quando, a visão desfocada dos acontecimentos embaça o nosso próprio conceito de entendimento. E a gente se desentende… Desentender-se da vida toda que existe em nós, faz com que, de tempos em tempos, a gente se transforme, sem querer, em um enorme deserto inabitável para os sentimentos. Lugar vazio, árido… Lugar onde o tudo para e o nada acontece. E eu que sou frágil ao extremo – embora tenha força suficiente para permanecer -, quando sou vazio desértico, me desfaço em mil pedaços que são levados pelo vento…
Mas o tempo reconstrói; o tempo modifica; o tempo recolhe os nossos vazios; o tempo reúne os nossos pedaços e recompõe a nossa essência. Esse tempo que reconhece o nosso imenso valor diante da vida. Esse tempo é amor que ilumina desertos!"
Achei que era coincidência demais e quis publicar aqui!
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