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"Não gosto da metalinguagem da poesia,
do poeta que lamenta a falta de ideias
autopiedoso
do poeta que conta seus segredos
medroso
do poeta que aparece demais no poema.
Prefiro o poeta transparente
o poeta fantasma
o poeta pirata
o poeta que paira sobre o poema..
Nunca reclamei das palavras
que me faltam
nem das que me sobram.
Amo as palavras
- todas elas -,
das mais chinfrins
às mais rebuscadas,
passando pelos chavões
e palavrões.
Odiados na sala
e amados na cama,
os palavrões são nomes
de coisas bonitas
em bocas transtornadas."
Analu
2 comentários:
Genial !
Bj
JP
Curioso! Bjs. Elza
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