25.5.09

Quatro anos sem o Pigue

"as saudades dos irmãos que morrem cedo demais são assim. a cada almoço de família aquele lugar está lá, não preenchido. rimos, comemos, vivemos. e o lugar continua lá, na mesa, no coração. a memória é nosso maior amigo e nosso maior carrasco." (Márcia)

Lembrar de alguém que a gente ama muito e que não está mais perto da gente é doloroso demais... tudo fica tão triste...
Não há o que dizer... Só sentir... Saudade, gratidão por esta pessoa ter existido na nossa vida e o coração transbordando de tudo o que a gente não consegue entender...
Ficam as lições. E o amor parece que cresce... fica como que abençoado, imutável...
Dá muito medo, a consciência da morte. De perder quem se ama tanto.
O que nos resta? Exercitar o amor. Declarar. Falar. Abraçar. Beijar quem a gente ama. Não deixar para depois.
Cada minuto que temos ao lado das pessoas que amamos são preciosos.
O confronto com a morte nos faz valorizar a vida...
Então que ela seja bem vivida! Sem complicações desnecessárias, sem valorizar o que não é importante!
Perder o Pigue mudou absolutamente o meu jeito de sentir as coisas...
Hoje tenho a certeza de que o amor não termina NUNCA.
E que ele está cada vez mais vivo, mais forte e mais presente na minha vida.
Não há um único dia que eu não pense nele, muitas vezes. Só não quero mais lembrar com tristeza...

8 comentários:

Adriana disse...

Depois de adulta vivi pouco perto do meu irmão, visitei ele pouco, beijei ele pouco, mas o amava, agora a saudade é tanta, a tristeza é tanta e ainda a revolta é muito grande,por não entender pq ele se foi tão cedo.
Tbm lembro dele todos os dias, e ainda choro e ainda dói.Mas temos que ser fortes e acreditar que ele está no céu, ao lado de Deus.
Devemos ser fortes.
Beijo!

Carolina disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Carolina disse...

Ana, eu sei bem o que sentes. Dia 30 desse mês fará 2 anos que perdi minha prima-irmã. Mais irmã do que prima. Durante os 19 anos em que ela viveu nós dividimos o amor da mães/dindas de cada uma, brigamos pelo colo do vô e para ver quem roubava mais bombom da vó... se eu sonhava em me casar, ela seria minha madrinha de casamento; se eu sonhava em ter filhos, ela seria a madrinha dos meus filhos; escolheriamos juntas a minha música de formatura e ela foi a pessoa que mais vibrou quando entrei para a faculdade; eu seria a melhor amiga da Sandy e ela ia se casar com o Júnior; se nada desse certo, seriamos donas de uma casa noturna, a qual dariamos o nome de "CABARET" só para chamar a clientela e fazer a vó perder os cabelos!... E agora? Nada de sonhos, de planos, de parceria, de cumplicidade, de besteiras... Fica um vazio, uma incerteza, um medo, uma saudade e muitas e muitas lembranças... parece que só quando perdemos um irmão nos tornamos mortais ou percebemos que somos.

Marcia disse...

é verdade que uma perda assim traz um grande aprendizado sobre a vida. mas eu nunca canso de me perguntar: a lição precisava, mesmo, ser assim tão dura?

beijo.

Silvinha disse...

Ana, quando perdi a mãe (eu tinha 22 anos), foi de repente e...sem palavras para explicar a dor física e emocional. Custei a me recuperar.

Abstraí a grande lição de tudo: amar, demonstrar o quanto se ama e aproveitar a vida através das coisas simples.

Fácil??? Não, mas possível.

Rosamaria disse...

Ana, não tenho palavras, tu já disseste tudo. A vida é assim e algumas coisas não podemos mudar.
Infelizmente.
Bjim.

Lúcia Soares disse...

Ele está bem.
Fica bem.
Beijo!

Beth/Lilás disse...

Ana,
Aquieta teu coração e pensa nele como uma estrela que brilha todas as noites só para você.
bjs cariocas

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