6.5.09

Desabafar

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"Quando a boca cala, o corpo fala.
Quando a boca fala, o corpo sara."


"Eis um ditado que mostra, de forma simples, a importância de verbalizar o que sentimos e pensamos, pois o que não é expresso tende, mais cedo ou mais tarde, a afetar nosso bem-estar e até nosso estado de alma. Segundo o psicólogo Waldemar Magaldi Filho, ao entrar em contato com seu colorido interior, dispondo-se a abrir e a contar suas experiências, sejam elas boas ou ruins, muito do que foi vivenciado pela pessoa se ilumina.

“Narrando os fatos, percebemos que eles talvez não sejam tão negativos quanto pensávamos, que a raiva que alguém despertou em nós diminuiu, que o trauma que sofremos já não assusta tanto, que nossas vitórias foram mais importantes do que pareciam”.

Da mesma maneira, o que a princípio foi visto como algo trágico pode, com o passar do tempo, se revelar uma grande oportunidade de crescimento. “Isso é o que chamamos de re-significar, ou seja, atribuir um novo sentido às coisas”, completa. O ato de falar sobre si mesmo é a base da psicoterapia, mas não é só no consultório que isso traz benefícios. Aliás, o simples fato de compartilhar as próprias idéias com alguém faz um bem danado. “E, se você não tem para quem falar, escreva”, recomenda Waldemar."


"Narrar o passado funciona como uma possibilidade de refazer a trajetória sob outra luz, outro ponto de vista. O resultado é sempre positivo: nos faz entender melhor os caminhos percorridos e aquilo que nos tornamos. Nos ajuda a perdoar – o outro e a si mesmo –, a agradecer e, principalmente, a se ver de uma maneira mais inteira."

"A experiência de contar sua história, por meio da fala, da escrita, da pintura
ou qualquer outra forma de linguagem, sobretudo muito tempo depois dos fatos,
permite que se olhe para eles com certo distanciamento, com mais maturidade,
tolerância e compreensão sobre si mesmo e sobre os outros envolvidos.
Reavaliar a vida nos ajuda a entender melhor o que passamos
e a aceitar o que nos aconteceu sem ressentimento ou culpa.”
(Magdalena Ramos)


É a pura verdade!
Ontem eu estava me sentindo angustiada, confusa, perdida... Li o Personare e me identifiquei com o que o horóscopo alertava. E desabafei, falei como estava sentindo e , então, me compreendi melhor. Tudo foi ficando claro, menos grave ou definitivo. As coisas se dimensionaram de outra forma. Fiquei mais leve, mais feliz.

2 comentários:

Clarissa Garcias disse...

Que bom que gostastes Ana! Afinal, o legal dos blogs também é essa troca de figurinha, além de tudo o citado na matéria. Ando com saudades de vocês, um grande beijo.

Beth/Lilás disse...

Acho que o legal de ser mulher é isso, dividir nossas angústias, ansiedades, falar da gente. Enquanto os homens se fecham, se endurecem, tudo isso com medo de parecerem frágeis, uma coisa meio machista mesmo.
Que bom que você está mais leve e reencontrou seu equilibrio!
beijos cariocas

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