Porque nos acostumamos a olhar para fora?
Porque temos nosso olhar fixo no outro?
Porque nos "doamos", deixando de lado nossas vontades, identidades, sonhos?
A poesia do último post me fez refletir - e concluir que não sou mais assim!
É verdade! Em algum momento eu desisti dos outros. Parei de querer corresponder ao que esperavam de mim (ou do que eu imaginava que esperavam)!
Cansei de querer ser a mãe do ano, a dona de casa perfeita, a filha que não decepciona, a amiga sempre disponível... Desisti do perfeccionismo inalcansável, da generosidade que nada pedia em troca, até porque isso era mera ilusão. Claro que esperava retribuição, claro que queria reconhecimento, claro que me frustrava!
Descobri que precisava olhar para dentro. Me entender. Parar de responsabilizar os outros pelas minhas escolhas. Não ser tão exigente com minhas dificuldades e imperfeições.
Foi um aprendizado. Ainda é.
A gente exercita a generosidade com os outros e esquece de se perdoar.
Mas eu decidi mudar.
E, no início, achei que tinha"um preço"! Teimava em assumir todas as responsabilidades e todas as culpas, por tudo que "dava errado", como se tudo fosse causado pela minha mudança de comportamento, como se eu merecesse um castigo ou coisa assim!
Não é fácil ter a consciência de que podemos escolher, até porque as pessoas cobram! E cobram muito!
Desisti de tentar explicar tudo o tempo todo! E, nesse sentido, o blog me ajudou muito: a repensar minhas atitudes e a me sentir compreendida por quem me lê! É um alento.
Escolhi a complacência comigo mesma! A leveza!
Faço um balanço da minha vida e concluo que me empenhei em realizar bem todos os meus papéis, em cada época, cada situação, com o melhor que podia fazer naquela circunstância.
Nesse momento, filhos criados, vejo que ninguém mais precisa de mim. Sou dispensável e essa é uma constatação esquisita de se fazer. Prefiro chamar de "sensação de dever cumprido" - soa melhor!
Daqui para frente quero não pesar. Não cobrar. Não ser chata, não incomodar, não interferir.
Quero cultivar relações sem dependência. Prazerosas. Leves.
Não tenho nenhum pretexto para adiar as caminhadas diárias, as minhas pinturas, as aulas de dança de salão...
Sim! Quero continuar esse exercício! Quero aprender a dançar, aprender a olhar para a vida com o olhar de leveza e sentir que a alegria é uma escolha possível!
Porque temos nosso olhar fixo no outro?
Porque nos "doamos", deixando de lado nossas vontades, identidades, sonhos?
A poesia do último post me fez refletir - e concluir que não sou mais assim!
É verdade! Em algum momento eu desisti dos outros. Parei de querer corresponder ao que esperavam de mim (ou do que eu imaginava que esperavam)!
Cansei de querer ser a mãe do ano, a dona de casa perfeita, a filha que não decepciona, a amiga sempre disponível... Desisti do perfeccionismo inalcansável, da generosidade que nada pedia em troca, até porque isso era mera ilusão. Claro que esperava retribuição, claro que queria reconhecimento, claro que me frustrava!
Descobri que precisava olhar para dentro. Me entender. Parar de responsabilizar os outros pelas minhas escolhas. Não ser tão exigente com minhas dificuldades e imperfeições.
Foi um aprendizado. Ainda é.
A gente exercita a generosidade com os outros e esquece de se perdoar.
Mas eu decidi mudar.
E, no início, achei que tinha"um preço"! Teimava em assumir todas as responsabilidades e todas as culpas, por tudo que "dava errado", como se tudo fosse causado pela minha mudança de comportamento, como se eu merecesse um castigo ou coisa assim!
Não é fácil ter a consciência de que podemos escolher, até porque as pessoas cobram! E cobram muito!
Desisti de tentar explicar tudo o tempo todo! E, nesse sentido, o blog me ajudou muito: a repensar minhas atitudes e a me sentir compreendida por quem me lê! É um alento.
Escolhi a complacência comigo mesma! A leveza!
Faço um balanço da minha vida e concluo que me empenhei em realizar bem todos os meus papéis, em cada época, cada situação, com o melhor que podia fazer naquela circunstância.
Nesse momento, filhos criados, vejo que ninguém mais precisa de mim. Sou dispensável e essa é uma constatação esquisita de se fazer. Prefiro chamar de "sensação de dever cumprido" - soa melhor!
Daqui para frente quero não pesar. Não cobrar. Não ser chata, não incomodar, não interferir.
Quero cultivar relações sem dependência. Prazerosas. Leves.
Não tenho nenhum pretexto para adiar as caminhadas diárias, as minhas pinturas, as aulas de dança de salão...
Sim! Quero continuar esse exercício! Quero aprender a dançar, aprender a olhar para a vida com o olhar de leveza e sentir que a alegria é uma escolha possível!
Quero dizer "quero" sem me preocupar se estou sendo egoísta, egocêntrica, narcisista, porque sei que não estou! São apenas novos tempos, novas prioridades, novas descobertas! Vou errar, exagerar, perder o trilho, algumas vezes, mas sempre vai valer à pena.
Por mim e pelas pessoas que mais amo, quero ser livre!
Para ir e vir, ser e sentir, rir e chorar, calar ou falar, pensar e agir, pintar e bordar!
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Por mim e pelas pessoas que mais amo, quero ser livre!
Para ir e vir, ser e sentir, rir e chorar, calar ou falar, pensar e agir, pintar e bordar!
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6 comentários:
Oi, guriazinha !
Mulheres da nossa geração foram criadas sob a égide da educação de suas mães, avós e bisavós...isto é, foram (des)educadas para ter vocação sacrificial. Carregar cruz. "Desdobrar fibra por fibra o coração", como dizia um soneto idiota que faziam a gente declamar no dia das mães na década de 60.
Eduquei minhas filhas para voarem.
Alto. Longe. Sem amarras. Investirem primeiramente em si próprias sob todos os sentidos, não só sob o prisma profissional. Enquanto avô de cinco netos, estou dizendo a eles que quanto mais avós e pais são DESNECESSÁRIOS, mais adultos e felizes eles serão.
Fico feliz, Ana, quando te vejo - no auge da tua capacidade intelectual - ver isso com clareza. E te sentir cúmplice com tua idiossincrasia. Teu jeitão. Teus gostos e prazeres. Tua revolução contra amarras e censuras. Tua independência de julgamentos alheios. É lindo ver uma canoa ir em frente, contra todos os ventos e raios e trovões. Mas faça assim mesmo, minha valente e linda marinheira. Porque, quando menos esperar, lá estará um inacreditável arco-íris. E no final dele - como reza a lenda - um pote de ouro. Um segredo. A "riqueza" de se descobrir, despetalada, metamorfoseada em energia pura.
Aceita meu abraço forte de amizade velha.
Beijão
James Pizarro
Professor Pizarro!
Parabéns pela percepção e por dar esta formação para suas filhas!
Elas se sentirão livres para fazerem suas escolhas e isso não tem preço!
♥ ♥ ♥
Agradeço também pelas correções! O senhor é "professor" no sentido mais bonito da palavra!
Concordo ou não?
"Nesse momento, filhos criados, vejo que ninguém mais precisa de mim. Sou dispensável e essa é uma constatação esquisita de se fazer. Prefiro chamar de "sensação de dever cumprido" - soa melhor!"
Que coisa contundente
Forte, impositiva
Soa desfecho, final, despedida
Falo pelo Joaquim
Pelos amigos do blog
Pelos meninos
Falo por mim
- Preciso de você Ana! Prá me fazer pensar, prá me fazer chorar, prá me fazer sorrir e prá me fazer capaz de dizer que você me faz feliz.
Ana, estou lembrando nos nossos papos no msn-poucos, eu sei-mas lembro bem quando dizia que queria ser mais leve.
Viu como as coisas acontecem sempre no momento certo?
Quem nunca se sentiu livre, demora um pouco mais para interiorizar o que já lhe era de direito: a liberdade.
Eu acho fantástico poder fazer tudo que eu tenho vontade, sem me importar com o que os outros vão pensar. Sempre fui assim, mas agora sou mais leve. Antes eu fazia as coisas acontecerem, muito mais para impressionar os outros, a minha família e, principalmente os homens, no sentido de que se eles me quisessem, tinha que ser do meu jeito, como para impor a minha personalidade forte (no fundo, medrosa).
Agora que interiorizou e expressou suas vontades, todas as coisas fluirão mais facilmente para você.
Boa sorte!
Beijos mil
Eurípedes...
Tuas palavras tocam meu coração... me fazem tanto bem!
Tânia!
Vc é inspiradora! Tuas palavras são cheias de significado, de verdade, de experiência... Prestei atenção em cada uma delas e te agradeço por tanto que aprendi contigo!
No msn, nos scraps do Orkut e nos teus blogs, sempre um incentivo, uma dica, uma coisa bonita!
Obrigada!
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