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"A casa onde eu nasci, embora já não seja minha, permanece intacta em mim como a escultura de uma caravela em uma garrafa: uma casa dentro da memória.
Nunca mais foi como aquele o cheiro de lençóis limpos nem o aroma das comidas,
a música das vozes amadas e o crepitar das lareiras, nunca mais a mesma sensação de acolhimento, nunca mais pertencer a nada com tamanha certeza."
(Lya Luft)
Nunca mais foi como aquele o cheiro de lençóis limpos nem o aroma das comidas,
a música das vozes amadas e o crepitar das lareiras, nunca mais a mesma sensação de acolhimento, nunca mais pertencer a nada com tamanha certeza."
(Lya Luft)
(Alterei um pouquinho as cores, espero que ela não se importe...)
Aproveito para publicar um poema que li no blog Florescer, que faz uma associação que sempre me encantou: Lavras e Palavras, mas que a Jacinta, extremamente gentil e atenciosa, já tinha me enviado, por email:
O JARDIM NA FRONTEIRA DE LAVRAS
Dauri Batisti
Às seis da tarde tomei o trem
e fui em silêncio até o fundo do desfiladeiro.
Logo avistei o jardim na fronteira das lavras
onde se cortam as palavras.
Não precisei correr, bastava o bom passo,
aquele que o amor-de-escrever me fazia dar
mesmo no escuro, para descobrir a pedra exata
para a palavra certa.
Leve.
Retornei no alvorecer
com essapalavra que lá talhei
com sopros e respiros suaves e outros profundos
na pedra menos áspera que encontrei:
"Já que Deus te colocou na minha porta
te convido a entrar e tomar parte
da minha pedra-poesia-pão.
Seja benvindo!"
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Um comentário:
Gostei da arte da Rosinha e da poesia , mas a Lia Luft ganhou de letra!
Bjão.
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