21.7.15

"Invernia"

Espinilho, julho/2015.






Invernia
Alexandre Prestes de Souza
A chuvarada guasqueia molhando o lombo do baio
no galpão cevo um mate pra esperar a invernia
a nostalgia do campo invade os versos que ensaio
e os sonhos rurais me visitam a cada clarear de dia

que lida bruta é essa de remoer pensamentos
o índio que se consome transforma dor em poesia
a melodia da alma forjada nos tempos
é forte e sensível como a mãe e a cria

o calorzito de maio já se vai de cola erguida
quando o vento minuano seca os sonhos do dia
a melancolia se vai quando me escancho no baio pra lida
cavalo bueno é o que encilho pra amadrinhar as manias.

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