Vou contar uma coisa: quando eu tive filhos, eu já tinha consciência de que a infância é determinante e definitiva. Fiz tudo o que podia pra que eles desfrutassem e prolongassem ao máximo esta fase. Nunca disse coisas do tipo "tu já és mocinha" ou "já tens idade suficiente pra isso ou aquilo"! Nunca cobrei nada, além de que brincassem muito e tivessem muito prazer em aprender!
Nossa casa sempre foi ponto de encontro, lugar de brincadeiras e eles tinham muita liberdade - com alguns limites, que todos os amigos deles entendiam e respeitavam. Nunca tive nenhum problema em ter a casa cheia, bagunçada, barulhenta, ficar disponível, observar as brincadeiras e fazer lanche pra bandos de crianças esfomeadas! Na verdade eu adorava!
Acho que deu certo, porque aproveitaram muito, foram adolescentes tranquilos e se transformaram em adultos seguros e de bem com a vida.
Observo que meus filhos se sentem bem sozinhos, não são dependentes emocionalmente de ninguém e se viram com o que têm, sem reclamar das dificuldades ou daquilo que gostariam de ter e não pude dar.
Eles lidam bem com frustrações e contrariedades, e procuram sempre uma saída, uma nova forma de lidar com a situação! São sensíveis, sabem ver com os olhos do "outro"!
Acho que tenho, mesmo, muita sorte. Sou agradecida pela minha duplinha - que ainda teimo de chamar de "crianças" - e acho que, com todos os desacertos ou erros que possa ter cometido, acertei muito, modéstia às favas!!
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