22.11.06

Guardados!

Nesta época costumo fazer uma grande faxina, jogar fora tudo que foi acumulado, guardado durante o ano e arrumar gavetas, armários... Habituei a fazer isso desde quando estudava, porque poderia jogar fora tudo o que não seria mais usado no ano seguinte! Mas foi daí, também, que criei um novo hábito: arquivar, catalogar, encaixotar tudo o que tinha algum valor afetivo! Cartas, convites, rabiscos, diários, agendas, desenhos das crianças, notas, documentos... Fui virando a rainha dos guardados organizados! Agora tenho tentado fazer o caminho inverso... me desfazer rapidamente, não juntar nem guardar!
Mas tenho uma caixa que, por mais que remexa nas coisas que tem guaradas lá, não consigo jogar nada fora e acaba voltando tudo para dentro dela! Cartas, fotografias, confidências, poesias... Registros de uma época tão doce, romântica, ingênua... Talvez um dia eu consiga, mas ainda não foi desta vez!

22 comentários:

Anônimo disse...

Amiga, siga meu conselho, que foi passado por minha avó.
"Meu filho , as coisas devem ser guardadas por 100 anos, passado este tempo podem ser jogadas fora,mas jogue perto de casa, pro caso de precisar não ter de ir longe demais para buscar"

Hoje em dia não funciona tão bem assim, mas parece que estava a vendo quando lia teu post.

Abraços

Ana disse...

Bahhh, Zéquinha!
Finalmente achei com quem me identificar! Porque meu pai guarda tudo, mas é caótico, guarda tudo misturado e depois não acha nada! Juro que vou organizar as coisas dele, mas ele surta, então desisto. Minha mãe joga tudo que não utilidade fora, mas eu nunca consegui seguir o exemplo! Gostei da idéia de um lixo assim, a prova de arrependimento! Heheheheh!
Abraços!

Rosamaria disse...

Ana, eu tenho horrores de coisas guardadas, não tão bagunçada, mas nem tão organizada quanto tu. Tantas que fiz as colchas aquelas. Ah! Tô organizando um post sobre elas.
Adoro mexer em tudo e relembrar. Eu sigo o exemplo da vó do Zeca Bueno!

Luiz Felipe Botelho disse...

Eu também sou assim!!!
Obrigado, Aninha, Zeca e Rosamaria! Bom ler isso! Tenho o maior carinho por meus guardados, só que eles proliferam como lebres e chega uma hora que fica bem complicado. Dou uma de forte pra jogar fora, mas mesmo assim...

Ana disse...

Yessssssssss, Rosinha!
Há horas espero pelas histórias da tuas colchas de pathwork no teu blog! Tem tantos detalhes, é tão lindo...
Também adoro remexer nas minhas coisas, ainda mais com uma amiga junto, rindo muito e trocando confidências!

Lipeee!
Não estamos sozinhos!!!
Esta dor que tu falas, só sente quem tem esta mania! Heheheheh!
Me ensina a "dar uma de forte"??
Na verdade é um aprendizado! A gente chega lá!
Bj!

Anônimo disse...

Eu aprendi na marra a não ter apego. Tenho uma coleção de um hobby antigo meu encaixotada no Brasil... vale uma graninha... e vale muita emoção, mesmo assim tem uns 6 anos que não sinto nem o cheiro. Minha casa está quase toda encaixotada no Brasil esperando a época em que finalmente embarcará para o lugar que um dia chamarei de lar definitivo. E se não rolar, vivi assim mesmo, com o gosto das lembranças e dos lapsos, que por reconhecíveis, já dizem muito.

Beijo,

Thelma disse...

Eu entendo perfeitamente os guardadores! E admiro seu amor pelos detalhes.
Na minha vida, com tantas mudanças de cidades, só ando com o indispensável. Em cada partida/chegada carrego o mínimo. Por um lado, é bom; por outro, nao - pq fico sem o registro de detalhes importantes da minha vida.

Ana disse...

Léo
Isto de mudar, de ganhar o mundo é um grande aprendizado! Admiro pessoas como tu, que tem esta coragem e este desprendimento! A vida se encarrega de ser infinitamente mais interessante do que gaveas cheias de lembranças!
Beijo!

Thelma!
Tu também ganhaste o mundo! Normal esta nostalgia, em alguns momentos, mas a leveza de "carregar o mínimo" não tem preço! Me encanta...
Beijos, Guriazinha!

Telejornalismo Fabico disse...

*


um dia eu vou ser como a thelma.
mas se eu já fosse ordeiro como a ana - o que é os pacotes atados com fitas?! - eu já tava no lucro danado.



*

Ana disse...

Ah, Xôn...
Aquelas fitas são um jeito de deixar tudo amarrado, quieto... Cartas e mais cartas, de uma época de menina..

Graziana Fraga dos Santos disse...

Ana, tenho uma caixa que não consigo colocar fora também...
sempre deixo ela lá,fechadinha, não consigo colocar nada que há nela fora...

Ana disse...

Graziana!
O detalhe, na minha caixa, é que uma vez viajei e deixei um cartaz assim,lá dentro: NA MINHA AUSÊNCIA, PROIBIDO LER O CONTEÚDO!
Coisa mórbida!

Anônimo disse...

Ana, somos parecidas nisso também!
Tenho também meus guardados, em caixas com etiquetas (prá saber o que tem dentro sem precisar espiar). É difícil botar fora... Mas algumas lembranças estou digitalizando e colocando em cds. Também com etiquetas, claro!
Agora lembrei que tenho pastas com receitas médicas de toda a família, desde que nasceu a primeira filha! E ainda não joguei fora!!!!

Anônimo disse...

O que aos olhos de quem esperou você viajar para fuçar, significa: "Venha! Venha! Leia tudinho antes que eu volte!!" :D

TARCIO OLIVEIRA disse...

A memória da gente tem essa ganância de bugingangas, esses caprichos de afetividade material.
Às vezes jogar fora um simples botão velho dói na gente como tirar um pedaço da pele.
Abraço sertanejo.
[Raimundo anda preguiçoso, estou 'flando' por ele. Rsscscs]

Graziana Fraga dos Santos disse...

Ana, nunca coloquei bilhete pra não lerem, é uma boa!
Mas se alguém ler um dia, poderão fazer um bom proveito, poderão até rir das cartinhas e dos meu textos impublicáveis, quem sabe ;)

Ana disse...

Vânia!
Como ainda tô em plena faxina, confesso que tô ficando "revoltada"! É dessa vez que vou limpar minhas gavetas! Lixo direto, com etiquetas e tudo! Cansei!!!!!!!! (Menos o conteúdo daquela caixa famigerada, claro! Heheheh!!)
Beijos, Querida!

Léo!
Será?? Oh, céus!! Vou ter que pensar em outra coisa! Heheheheh!

Tárcio
É bem isso... Um apego esquisito, doído, como se guardando o objeto se conservasse o momento... Quem dera...
Abraços nos dois! Heheheheh!

Graziana!
Tinha medo que lessem minhas cartas... Agora já não me incomodo, deixei de ser tão reservada, menina! Acho que foi depois de começar a escrever neste blog!

Anônimo disse...

Se eu fosse você começaria a publicar estas cartas. Creio que seria um sucesso. Mas sem cortes.

Aguardo

Anônimo disse...

Ou eu cliquei na bolinha errada ou seu blog mudou meu nome para Anônimo.

Tania Velázquez disse...

Ana, legal ler esse posto dos guardados...
Eu não guardo muita coisa, mas também tenho algo que não coloco fora: umas cartas da França, numa época que me convidaram para morar lá, oferecendo mundos e fundos, o meu anjo da guarda me cuidou e,como toda boa brasileira, pedi pra viajar depois do Carnaval. Nesse ínterim, foram descobertas quadrilhas que agenciavam "escravas brancas".
Nunca mais soube da pessoa que me convidou, depois que ela foi para a Nigéria. Por que será não é?

Uma longa história que me deixou mais antenada para golpes desse tipo.

DECORAÇÃO DE FESTAS disse...

Ana, lembra quando tu esperava o Alselmo e tinha medo de morrer no parto? E tu arrumou uma caixa bem bonita contando toda a tua vida? Conta para os amigos pq eu sempre achei isso maravilhoso. beijos

Ana disse...

Zéca!
Sabe que seria uma ótima idéia?
Tenho algumas cartas que são verdadeiros registros de uma época maravilhosa das nossas vidas!
Vou pensar nisso!
Obrigada!
Beijos!

Tânia!
Que coisa, menina!
Ainda bem que teu Anjo estava atento!
Beijão!

Cris!
Lembro, sim!
Como o pai tinha perdido 2 irmãs de parto, achei de pensar bobagem! Deixei uma carta testamento, recomendando que a tal da caixa fosse entregue depois que meu filho tivesse 18 anos! Como podes deduzir, tinha coisas impróprias pra menores! Heheheheh!
Lá estavam meus diários, cartas e o relato de toda a minha gravidez!
São estas coisas que acabo não jogando fora!
beijão!

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