Não é exagero, não: eles se entenderam desde o primeiro minuto!
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Desde sempre soube que não seria uma mãe certinha. Nunca gostei de crianças em geral. Gostava de algumas. Das que se comportavam simplesmente como crianças, sem serem nem exageradamente educadas, arrumadas, contidas e nem mal educadas, arrogantes, agitadas demais! Então fui tendo meus filhos um dia depois do outro. Tentando fazer de cada dia, antes de mais nada, um dia de brincadeiras, de aprendizado, de troca.
Nunca fui a rainha da paciência. Nunca chantageei nem cedi à chantagem. Tudo que era possível, era permitido, mas quando dizia NÃO, eles nem insistiam. No máximo perguntavam por quê. Se jogava com eles, procurava ganhar, que era para ter graça! Se brincava, virava criança. Se não estava com vontade de dar atenção, explicava que não estava com vontade de conversar, naquele momento. Simples assim, mas raramente acontecia.
Como não trabalhava fora quando meus filhos eram pequenos, ficava com eles direto. Nunca tiveram babá. Sempre cuidei do banho, da papinha, contei histórias antes de dormirem e, quando foram crescendo, levava pra escola e vibrei com cada coisa que iam aprendendo. Minha mãe sempre ficava escandalizada, quando via diálogos assim:
- Mãe, o que acontece depois que a gente morre?
- Não sei! Nunca morri!
E enchia de beijos e fazia cócegas e tranformava aquela questão existencial numa grande brincadeira. Depois sentava e tentava conversar, sempre falando a verdade, sempre tentando explicar da melhor forma. Deixando claro que não tinha todas as respostas mas que era isso, justamente, a delícia de se viver. E sempre reafirmando algumas coisas absolutamente essencias: eram amados, desejados e nossa casa era o melhor lugar do mundo. Que sempre podíamos sair e que sempre teríamos pra onde voltar. E que existe uma regrinha básica: não fazer com ninguém o que não gostamos que façam conosco. E não aceitar que fizesessem conosco nada que achamos injusto. Em cima deste raciocínio, tínhamos a resposta para todas as questões morais e de comportamento.
Nunca nenhum assunto foi tabu, nada foi proibido, nada foi tratado como irremediável, definitivo. Acho que filhos tem que saber apenas que somos honestos. E que buscamos ser o melhor que podemos ser. E que é só isso que esperamos deles.
Não lembro de mentir, de dourar a pílula, de sair escondido, de assustar, de dissimular, de falar baixinho para que não ouvissem. Se não podiam saber, não falava perto deles. E, ao mesmo tempo, eles sempre souberam que é possível fantasiar, brincar, viajar na maionese, cantar, representar, bagunçar! Nunca foram consumistas, nunca destruíram os brinquedos, nunca passaram as tardes estáticos na frente da TV. Não lembro de se sentirem entediados, de não acharem o que fazer. O fato de morarmos sempre em casa, com pátio, ajudou. Podiam mexer na terra, jogar bola, correr... Podiam trazer os amigos pra brincar. Não lembro de cobrar notas altas na escola, mas de fazer o possível pra que sentissem prazer em ler e aprender.
Se deu certo a minha tática? Não sei! Mas que tem sido uma delícia até agora, isto tem! Não lembro de ter tido filhos aborrecentes... A adolescência deles passou e nem vi. Nenhum problema típico. Tudo foi tão tranquilo... Claro que temos mau humor, stress, pequenas turbulências cotidianas. Mas somos cúmplices. Sabemos um do outro. Nos conhecemos só de olhar. Estamos próximos. E sei que vão saber fazer escolhas que lhes deixem felizes! Amém!
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Nunca fui a rainha da paciência. Nunca chantageei nem cedi à chantagem. Tudo que era possível, era permitido, mas quando dizia NÃO, eles nem insistiam. No máximo perguntavam por quê. Se jogava com eles, procurava ganhar, que era para ter graça! Se brincava, virava criança. Se não estava com vontade de dar atenção, explicava que não estava com vontade de conversar, naquele momento. Simples assim, mas raramente acontecia.
Como não trabalhava fora quando meus filhos eram pequenos, ficava com eles direto. Nunca tiveram babá. Sempre cuidei do banho, da papinha, contei histórias antes de dormirem e, quando foram crescendo, levava pra escola e vibrei com cada coisa que iam aprendendo. Minha mãe sempre ficava escandalizada, quando via diálogos assim:
- Mãe, o que acontece depois que a gente morre?
- Não sei! Nunca morri!
E enchia de beijos e fazia cócegas e tranformava aquela questão existencial numa grande brincadeira. Depois sentava e tentava conversar, sempre falando a verdade, sempre tentando explicar da melhor forma. Deixando claro que não tinha todas as respostas mas que era isso, justamente, a delícia de se viver. E sempre reafirmando algumas coisas absolutamente essencias: eram amados, desejados e nossa casa era o melhor lugar do mundo. Que sempre podíamos sair e que sempre teríamos pra onde voltar. E que existe uma regrinha básica: não fazer com ninguém o que não gostamos que façam conosco. E não aceitar que fizesessem conosco nada que achamos injusto. Em cima deste raciocínio, tínhamos a resposta para todas as questões morais e de comportamento.
Nunca nenhum assunto foi tabu, nada foi proibido, nada foi tratado como irremediável, definitivo. Acho que filhos tem que saber apenas que somos honestos. E que buscamos ser o melhor que podemos ser. E que é só isso que esperamos deles.
Não lembro de mentir, de dourar a pílula, de sair escondido, de assustar, de dissimular, de falar baixinho para que não ouvissem. Se não podiam saber, não falava perto deles. E, ao mesmo tempo, eles sempre souberam que é possível fantasiar, brincar, viajar na maionese, cantar, representar, bagunçar! Nunca foram consumistas, nunca destruíram os brinquedos, nunca passaram as tardes estáticos na frente da TV. Não lembro de se sentirem entediados, de não acharem o que fazer. O fato de morarmos sempre em casa, com pátio, ajudou. Podiam mexer na terra, jogar bola, correr... Podiam trazer os amigos pra brincar. Não lembro de cobrar notas altas na escola, mas de fazer o possível pra que sentissem prazer em ler e aprender.
Se deu certo a minha tática? Não sei! Mas que tem sido uma delícia até agora, isto tem! Não lembro de ter tido filhos aborrecentes... A adolescência deles passou e nem vi. Nenhum problema típico. Tudo foi tão tranquilo... Claro que temos mau humor, stress, pequenas turbulências cotidianas. Mas somos cúmplices. Sabemos um do outro. Nos conhecemos só de olhar. Estamos próximos. E sei que vão saber fazer escolhas que lhes deixem felizes! Amém!
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5 comentários:
Ana,
Em seus posts e e-mail, em nossos chats e até mesmo nos reflexos de sua poesia sempre percebi este seu bom senso nato, esta sua capacidade de observar e analisar vários ângulos sem que para isto precise deixar de viver o próprio foco. A grande consequência vejo nos rostos felizes da Kika e do Dude em todas as fotos.
Parabéns pelo seu dia e um grande beijo!
Ana
Compartilho da mesma opinião de Leonardo e de Rosa e sinto que soubeste ser uma mãe, no sentido literal da palavra!Essa tua percepção de que os filhos deveriam ter as suas experiências e tu, como mãe, deverias estar atenta para o que eles precisassem, é maravilhosa!Parabéns, Anabacanérrima!!!!!!
Lendo seu texto, tive a impressão de que você foi uma mãe completa e absolutamente maravilhosa!
Seus filhos saberão escolher bem seus companheiros, tenho certeza!
Agora sei porque é chamada de Ana bacana!
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