17.5.10

A palavra ecoa...

"Então tive, uma vez mais na vida, a consciência de que cada linha escrita, cada palavra, acaba ecoando em alguém que vai entendê-la do seu jeito, recebê-la e percebê-la conforme suas necessidades. Nenhum escrito se perde. Pode ficar vagando por um tempo, mas vai buscar quem precisa dele. Da mesma maneira que cada pessoa acaba encontrando aquela que a seduz e a completa, a palavra também chega a quem precisa. Chega em um momento determinado. Pode chegar rápido, pode demorar anos, quem sabe um século. Mas chega aliviando, alegrando, explicando, curando, ajudando, modificando."


Ignácio de Loyola Brandão


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2 comentários:

James Pizarro disse...

As palavras - uma vez escritas - se eternizam. Elas têm efeito imediato... tratamento de choque para almas apressadas ou para quem tem sensibilidade para desvendar seu significado.
Mas permanecem em hibernação às vezes. São como aqueles poemas que a gente decorava obrigatoriamente para as aulas de literatura ou para as provas do vestibular. A gente armazenava aquilo na zona da memória sem entender muito bem.
Mas depois...50 anos depois...aquelas palavras que tinham hibernado no cérebro se despetalam, exalam cheiro e significado e a gente - como por milagre - entende toda a ternura que elas encerram.
As vezes, se passa uma vida para entendê-las só na velhice.
Outras vezes, não raro, as pessoas morrem sem jamais suspeitar o que elas queriam dizer.

Beijo

James Pizarro

Rosamaria disse...

Bah, o Pizarro arrasou!

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