30.4.17

Por Angela Escritora, em 27 de outubro de 2012.

"Inexoravelmente, sempre que vou ao Rio alguma amiga diz:- Pinte seu cabelo! Mas porque não pinta? 
Várias respostas passam pela minha cabeça:
- não pinto pois tenho medo do meu cabelo ficar feio como o seu.
- sou nobre. Só os  burgueses pintam cabelo
- tenho coisa mais interessante para fazer com meu tempo (como escrever esse blog)
- resolvi dar uma chance ao meu cabeleireiro que é Deus. Acho que ele fez um bom serviço com as orquídeas.



Dependendo de como o “pedido-ordem “ é feito, desenvolvo o assunto. Pergunto por que a pessoa em questão pinta, a resposta sempre tem  a ver com a aparência mais jovem. Mas eu não quero aparentar ter 50 anos! Quero aparentar os meus 53 anos!! ou será que se iludem achando que a tinta as fazem aparentar  18, ou 30 que seja?. O cabelo branco não envelhece, gente! O que envelhece é o tempo!!!

Também rola a questão da aparência desleixada. Mas como sempre fui desleixada, nem te ligo farinha de trigo.



Será que ao me verem com os cabelos brancos , além de acharem feio, ou por acharem mesmo ou por falta de costume, no fundo lembram-se dos seus próprios cabelos brancos e isso as aborrece?

Não sou como as belíssimas Julia Rodrix e Ivana Cury que sempre tiveram cabelos brancos. Tive de me acostumar com eles. Não foi fácil, juro. Mas hoje,  sinceramente, acho que combinam muito bem com as minhas rugas. Quando as enxergo , claro, já que preciso de vários óculos  para ver o  mundo.



Leio um fwd de um texto assinado por Martha Medeiros (por favor, não me mandem mais nada escrito por ela! Eu acho tudo ruim e errado! Aliás, como sempre há exceção, morri de rir com o texto de dois domingos atrás, arquiteto X pedreiro ) onde ela se exalta por aparentar juventude. Como assim?? Ela nasceu em 61. Eu achava que ela tinha a minha idade. Então, não há regra mesmo. Vai ver que pessoalmente ela é diferente do que parece na TV e nas fotos.



Podem estranhar mas é verdade: eu não quero não ter rugas, não ter cabelo branco, não ter flacidez ou celulite. Eu não quero emagrecer. Não tenho nenhuma intenção de ser imortal. Não quero ser jovem. Acho, inclusive, que aquela canção “Forever Young" seja mais uma praga do que um bom desejo.

Eu não tenho um retrato envelhecendo por mim, no porão. Gosto das minhas gordurinhas. São simpáticas. Acho engraçadíssimo  ter rugas no pescoço. Afinal, eu vi o homem chegar na lua. Eu vivi os anos 70! James Taylor falou comigo e eu fui para Machu Pichu. Usei combinação embaixo do uniforme do colégio. Presenciei e fui contra a obra do calçadão de Copacabana. Discuti se mulher casada devia ou não trabalhar fora. Fumei e parei de fumar. Tive plano de expansão de telefone. Ri dos primeiros celulares. Fiz mestrado e doutorado. Publiquei  livros e  artigos. Tive dois filhos, e já tem cabelos brancos. Casei, descasei e voltei a casar.



Como eu poderia ter vivido tudo isso sem ter cabelo branco já que não sou índia?
Já li tanta coisa! Já vi tantos filmes! Eu estava no Maracanãzinho quando Vandré cantou Pra não dizer que não falei de flores!
E fui fã de Raul. Tenho a exata idade do Rock e isso quer dizer alguma coisa.
Então, faça o que quiser porque é tudo da lei. Quem quiser pintar, pinte! Quem não quiser não pinte. Quem gosta de colorir tudo como uma arara, que o faça! Quem quer raspar, raspe! E chega de padrão!  E viva a Liberdade!"



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Essa é a autora, Angela Carneiro - ou Angela Escritora:



Sempre-vivas


"Macarrão de preguiçoso"


By "Só Penso em Comida".
Farei com queijo de Lavras!

29.4.17

Abril, tão bom!


Temperaturas amenas, visitas queridas (e presentes!), frutas virando compotas e geleias, algumas mudanças na casa, faxinas, primeiro fogo na lareira, estoque de chocolate... Esse é o resumo de abril. Que venha o frio!

Cavalos

"Assim se vem o inverno
neste meu pago do sul
onde alimento a alma
na manhã de céu azul"

Ricardo Haas

25.4.17

O que vinho tinto pode fazer por uma alma errante

Déa Januzzi






"Ninguém sabe o que um vinho tinto, uma música de Haendel, e uma orquídea amarela podem fazer por uma alma errante. Podem provocar um cataclisma, um maremoto, mas ao mesmo tempo podem inspirar versos largos, tão puros, tão cabernet sauvignon, tão rosso, tão tinto! Eu não entendo nada de vinho. Não sei o buquê, a safra, mas conheço o que um vinho tinto pode fazer no inverno dos nossos corações, mesmo em pleno verão. Enquanto ouço o minueto de Haendel penso que o vinho é uma companhia e me deparo com a orquídea amarela, presente de aniversário de alguém muito especial. Não sei porque, mas a magia do vinho com a música de Haendel, misturada com a orquídea amarela, entorpecem-me os sentidos, embriagam-me de emoção. Será que eu estou tonta?
Sim, há uma embriaguez dos sentidos, um eterno pacto com a loucura, com o insano, com o que não pode ser visto nem explicado. Com o indecifrável. Há uma boca suja de vinho tinto procurando outra boca, há um beijo rubro na taça de cristal buscando outra taça. Há o ranger dos dentes manchados de vinho tinto, de pura fantasia. Há um vulcão tingindo as emoções, com labaredas de música clássica, com a beleza de uma orquídea. Há um turbilhão dentro de mim! Que mãe é essa que degusta o vinho com o sabor da última esperança? Que mãe é essa que se desespera diante de uma orquídea, que anseia pela beleza da vida? Que mãe é essa que se embriaga de esperança todas as noites, que dorme ao som de Handel? Ai, mães do mundo, que mistério tem numa taça de vinho tinto que transborda ao som da vida, do vermelho do parto, da cruz dos braços que gemem amor, que suplicam por misericórdia? Que mulher é essa que tem uma dor incurável, insana, vermelha. Cor da paixão, do derrame, do vinho tinto? Eu sou a mãe das tempestades, dos relâmpagos, dos trovões. Mãe da inquietação, do porvir, do que nunca está pronto, do que virá. Sem forma, sem endereço, sem espaço – ilimitada. A minha alma voa por terras distantes. É uma alma andarilha. Que poder tem uma taça de cristal, cheia de vinho tinto?
O poder da chama, do fogo, do paraíso, da criação. Não, não sou normal nem nunca serei nesse porto da desesperança. Não quero mais nem menos. Não preciso de nada. Tudo está no seu devido lugar. Só não perguntei ao meu filho o que ela acha de uma mãe embriagada de vinho. Que o meu filho me perdoe, de ter uma mãe que precisa de vinho, de música, de poesia e de flor para viver.
Que o meu filho me desculpe de estar tão embriagada e tão lúcida para formar palavras incompreensíveis, mas tão claras, tão transparentes, tão óbvias, tão eternas… O que fazer com a mulher imperfeita, que clama por justiça, que se banha na erva daninha da poesia e da música clássica? O que pode alguém fazer com essa mulher antítese, contrária às correntes, avessa a certezas, a ordens estabelecidas? O que posso fazer assim tão vacilante, trôpega, desdobrada, com o peito aberto, temperado com vinho, música clássica e orquídea?
Ah, me desculpem, mas estou no fundo da taça de cristal. Sou uma espécie de borra, uma mancha na toalha branca. Sou tinta vermelha. Sou uva, melodia. Sou o fundo da garrafa, o resto da borbulha, espumante, verdadeira. Sou mãe dos vendavais, das tempestades, do amor infinito, que se completa na incerteza, no que não está programado, no que não tem receita. Nem contra-indicação. Eu sou a mãe do confronto. Não posso apenas ser mãe, porque o vinho me leva para longe deste planeta. Viro poeira galáctica. De lá, grito ao vento, desenho nas estrelas e escrevo nas nuvens: “Salvem essa mulher de si mesma.”


Trouxe da página da Pía Mendoza, no Facebook.

24.4.17

Mandala





Cores do outono



"Madera, hojas secas y frutos de temporada.....
preciosa  inspiración para llevar el otoño a la mesa 
y  disfrutar en cada momento de la belleza de la estación."

Está começando a esfriar...


Precisamos inventar formas de aquecer o inverno.

Achei essa foto inspiradora!


Pinterest

Saiba relaxar...


"Viva pelo prazer! 
Nada envelhece tão bem quanto a felicidade!" 

Oscar Wilde




Por que não?


"Não ter de obedecer a tantas regras, poder usar o aventuresco até na casa: cadeiras e copos desiguais de propósito, roupa descombinada, o estilo é o que agrada a cada um. Podermos viajar nas almofadas exóticas ou superdiscretas, tapete idem, folhagem enorme num grande vaso ou flor num copinho de cachaça, tudo ali do jardim ou do terraço, livro espalhado ou mal empilhado. Abrir a cortina e a manhã inaugurar a vida com sol, azul, e até o luxo de um leve nevoeiro baixo."
Lya Luft


23.4.17

1º Encontro da Turma/1975 
GETECO, Lavras do Sul 


Data: 22/04/2017 - 42 anos depois da formatura! 
Crédito das fotos: Paty MP, Eliana Alcina e Ana Lúcia Teixeira 
Local: Café Preto Eventos



Noite especial, de reencontrar amigos, relembrar histórias e matar as saudades! 

19.4.17

Bebê combina com laço no cabelo

- Ô mãe, me explica, me ensina, me diz o que é feminina?
- Não é no cabelo, no dengo ou no olhar, é ser menina por todo lugar.
- Então me ilumina, me diz como é que termina?
- Termina na hora de recomeçar, dobra uma esquina no mesmo lugar.
Feminina / Joyce

Maquiagem feita em casa


Me surpreendi, mas tem muita gente fazendo maquiagem em casa!
Por exemplo? Blush e batom com beterraba!
Exemplos aqui: link-1 e link-2.


18.4.17

Né?


Via Facebook.         

Cogumelos Silvestres

Sempre adorei cogumelos e sempre morei em lugares onde não se encontravam, para comprar.
Quando vim morar em Lavras, no Galpão de Lata, observei que eles nasciam, em boa quantidade, no campo, especialmente em lugares úmidos.
Por coincidência, nessa mesma época, conheci a Flora Souza. Conversamos, rapidamente, e ficamos amigas no Facebook. De lá para cá, comecei a acompanhar suas postagens, admirei seu bom gosto, seu estilo de vida, os detalhes da sua casa e sua família. Enfim, descobri muitas afinidades e virei fã!
Até que um dia ela contou que seu marido, Dr. Blau, havia colhido cogumelos e que ela estava limpando para preparar... Claro que adorei a possibilidade de colher os que tínhamos, em casa, e fiz muitas perguntas!
Hoje ela postou esta foto linda e eu não resisti! Pedi para publicar, com a receita, aqui no blog. 
Olhem, que delícia!

Cogumelos de outono. 
Como se faz?
"Como são silvestres, eu raspo com uma faquinha, lavo na água corrente e espremo bem, para tirar toda a água. 
Depois refogo com alho, sal, pimenta e azeite de oliva."
Obs: Na hora de preparar, não se deve por água nem tampar a panela, pois os cogumelos soltam muita água.



Recomendações importantes, nas palavras dela:
"É preciso conhecer para evitar os venenosos. Os cogumelos tem que ser branquinhos e "tem que ter" este anel no caule."

Esta é a Flora:
Algumas fotos, do seu álbum do Facebook.
À ela meu carinho e meu agradecimento.


*Credito das fotos: Flora Souza        

17.4.17

Cozinha, o coração da casa



"O calor adentra a Terra, 
alimento alquimiando na cozinha, 
o coração da casa, 
sentidos em celebração: 
o deleite de um abraço, 
o enlevo de uma canção, 
a carícia de um olhar, 
o sabor de um sonho 
e os aromas enovelando tudo."

Amanda Costa

Mudança na cozinha

Tinha um espaço perto do fogão onde sempre caía alguma coisa, no vai e vem entre a pia e as panelas! E, pior, era muito estreito e chato de limpar, porque nem a vassoura entrava direito!
Daí fizemos uma espécie de mesa, bem na medida, e colocamos entre a parede e o fogão, deixando ele bem coladinho na pia. Problema resolvido!


Gostei do resultado!

Colheita de marcela


Na Sexta-feira Santa, colhemos marcela para fazer um arranjo de Páscoa.
Guardei um pouco para fazer chá e renovei alguns vasos.
Adoro o perfume!



Coisas de Lavras

Duas fotos me chamaram a atenção, no Facebook dos meus amigos:

Marcus Gravi DeBem

Paulo Roberto La Rocca de Carvalho

Páscoa com chimarrão ... e talento para fotografar!
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