27.3.18

"Volta-Volta Galponeiro"


Fui buscar flores do campo para enfeitar a casa e olhem quem encontro no caminho!
O petiço mais xereta do mundo!!


24.3.18

PoA


Casa Ramil no Theatro São Pedro


"Ocupando o palco e os bastidores do Theatro São Pedro, os Ramil se reúnem para compartilhar com o público o ambiente da CASA RAMIL, onde a música sempre deu o tom. A temporada de shows ocorre de 22 a 25 de março.

O espetáculo nasceu de encontros durante dois verões na casa de veraneio da família na praia do Laranjal, em Pelotas, quando filhos, netos e até bisnetos se juntaram para cantar e tocar, proporcionando à matriarca Dalva Ramil, no alto dos seus 90 anos, reviver o cotidiano de música que ela e o marido, Kleber Ramil, construíram com os filhos e que teve continuidade com as novas gerações.

No palco, Kleiton, Kledir, Vitor, Ian, Gutcha, Thiago e João Ramil interpretam canções próprias em versões inéditas: Almôndegas, Deu pra ti, Loucos de Cara, Ramilonga, Derivacivilização, Artigo 5º, Amora, Casca… Todos tocam e cantam, dividindo-se nos solos e somando-se nos vocais. Parte do prazer dos Ramil no espetáculo está em uns cantarem as canções dos outros e se revezarem nos instrumentos, incluindo aí o desafio de tocar alguns deles pela primeira vez. Além dos tradicionais violões, baixo elétrico, violino, guitarra e percussão, a paisagem sonora incorpora saz, cuatro venezuelano, viola agostina, rabeca e efeitos eletrônicos.

Os vídeos são de Isabel Ramil, que responde também pela iluminação em parceria com o tio Marcelo Linhares. O projeto gráfico é de Chris Ramil. Na produção, Kaio Ramil, sob a coordenação geral de Branca Ramil, idealizadora do projeto." (Fonte:Teatro São Pedro.)




17.3.18

Heather Garret e sua casa em San Antonio de Areco


Bolo integral com frutas secas


INGREDIENTES
3ovos
1/2 xc de óleo
1/2 xc de açúcar mascavo
1 vd de leite de coco
1 xc de farinha branca
1 xc de farinha integral
1 xc de aveia em flocos.
1 pitada de sal
1 colher de chá bem cheia de fermento Royal.
Uva passa ou frutas vermelhas.
1 banana picada ou maçã.
Nozes, castanha ou amendoim.
Damasco picado 

MODO DE PREPARO
Comecar a misturar pelos líquidos.
Misturar os ingredientes a mão, a massa fica como pão batido, se ficar muito mole coloca mais farinha.
Assar no forno a 200 graus, por 40 minutos

* Trouxe a receita e a foto da pág da Silvia Teixeira, do Facebook.

Bolo integral de banana


INGREDIENTES
5 bananas nanicas (pode ser banana d'água) bem maduras
2 xícara de aveia em flocos
3 maçãs inteiras
3 ovos
1 xícara de nozes picadas
1 xícara de damasco picados
1 xícara de ameixas sem caroço picadas
1 xícara de uvas passas sem caroço branca e preta misturadas
1 suco de um limão inteiro
2 colheres de sopa de canela em pó
1 colher de sopa rasa de fermento em pó
2 colheres de sopa de açúcar mascavo e manteiga para untar a forma

MODO DE PREPARO
Bata os três ovos no liquidificador, acrescente as 5 bananas descascadas e a casca das maçãs e deixe bater bem. (Para bater só as cascas das maçãs com a banana.)
Em um recipiente pique a polpa das maçãs em quadradinhos, acrescente o suco do limão e uma colher de chá de canela em pó e reserve.
Em uma tigela maior, junte todas as outras frutas picadas em cubos, incluindo a maçã, acrescente a aveia, misture bem, acrescente o conteúdo uniforme do liquidificador e misture até ficar com todo a mistura úmida, acrescente uma colher de sopa rasa de fermento e torne a misturar bem.
Em uma forma de buraco untada com manteiga e uma mistura de 1 colher de sopa de canela e duas colheres de sopa de açúcar mascavo, acrescente toda a massa e polvilhe esta mistura sobre a massa, leva ao forno por 40 minutos a 180c, sirva com café e delicie-se sem culpa.

Fonte: Clínica Saude e Bem Estar

Para enfeitar


Para iluminar


O que é o "Galpão de Lata"?

É um galpãozão de zinco, que amplifica o barulho da chuva e estala inteiro em dias de sol. 
Ganhou esse nome dos vizinhos, quando foi construído, há muitos anos. 
Como não é comum o uso desse material, por aqui, ele acabou chamando a atenção. 
Atrás do galpão, coladinha nele, a pequena casa onde moramos...

15.3.18

Março

"Cada lembrança conta a sua história, 
e são essas histórias que nos conectam e aproximam o mundo."

14.3.18

"Receita de amor ao leite"

Cris Guerra
"Tive uma tia que adorava comer melado com queijo. Quando sobrava melado, ela colocava mais queijo. E então sobrava queijo e ela completava com mais melado. Passava o dia todo se lambuzando. Em alguns momentos da vida, amor é que nem melado com queijo. E faz cafuné, reserva hotel pra viagem, olha estrela sem ter o que dizer. E treme as pernas, beija no ponto de ônibus, lembra de ontem e deixa escapar um sorriso no canto da boca. Ri sem saber de quê, passa horas sem notar, entre o silêncio e a falação. Amor é pura bobagem. É a alegria besta de quem não tem juízo.

Mas esse é só o começo. Um bom começo, o amor. Que acomete todo aquele que-nunca-comeu-melado e o engana com a sensação de que vai ser sempre assim.

Com o tempo o melado com queijo enjoa e você quer um bom copo de água gelada pra esquecer. É típico do amor pedir sempre mais – o que vem agora? Na verdade o amor é a isca para alguma coisa mais complicada que está começando ali. Seu desafio: tornar simples. Ou não: a meta é não deixar complicar, mas a essa altura já embananou tudo.

E nessas horas amor é como a história de João e Maria, em que eles conseguem achar o caminho de volta por causa dos farelos que deixaram cair ao longo do trajeto. Tem momentos em que o amor nos pede isso: retomar o rumo, achar de novo aquele fio fino e bobo que os levou até ali. E então ele passa a ser a caça aos farelinhos que, mesmo que não indiquem o caminho de volta, dão uma sensação familiar que acalenta o coração. Aquele alívio de encontrar um porto seguro no meio do mar revolto e sem margem. Quando o gosto de sal na garganta suaviza um pouco e vem o sol.

Não pense você que pra fazer um pote bem doce de amor só se usa amor, bobagem sua: amor é só um dos ingredientes. Ou você acha que basta o chocolate para o brigadeiro? É preciso a manteiga e o leite condensado. E mexer o tempo todo, com muito carinho. Pra depois alcançar o ponto e comer de colher, com direito a gemidinhos de prazer por algo tão bobo e tão bom.

Amor é como brigadeiro de colher, que se come sem ver a hora de parar. Um troço besta, que não serve pra nada, mas nos tira do chão e devolve de novo, em pequenas decolagens e pousos divertidos. E que acaba dando sentido a essa correria louca que nos invade. Quando você chega em casa e vê o amor e se lembra: e não é que vale a pena?"

6.3.18

O outro lado da menopausa


"É mais ou menos assim: um dia você acorda quadrada, ou talvez, ballonnée, ou pior, com jeito de matrona!

A menopausa não é colega – ouvi de uma mulher numa sala de espera de dermatologista. Estávamos as duas com os rostos inchados e chamuscados por lasers e peelings, folheando perversas revistas de moda e frivolidades, onde todos são jovens e felizes, depositando míseras gotículas de esperança nos raios que nos partem daqueles aparelhos de última geração. Balancei a cabeça como uma vaca no matadouro e, sem pestanejar, movida pela absoluta cumplicidade daquele instante, falei para a minha colega: A menopausa é uma filha da mãe, isso sim! Caímos na maior gargalhada e assim ela se tornou a minha primeira amiga de menopausa.

A menopausa é um seqüestro. Uma versão, só para mulheres, de praga bíblica. Inferno astral que antecede a terceira idade. É tragicômica, portanto, para encarar, só rindo. Um dia você está no meio da sua normalidade, é arrancada de tudo que você tem como referência física de si mesma e é lançada a uma espécie de funilaria às avessas. A libido diminui na mesma proporção em que aumenta a irritabilidade.

Você não só não pensa tanto, nem gosta tanto, nem se importa tanto mais com sexo, como para compensar vira uma criatura instável, pavio curto, sem paciência para nada, capaz de discutir com um poste, de deprimir à toa, ter crise de choro com anúncio de seguradora e ataque de ansiedade ao ler o jornal. Enfim, você vira uma pessoa bem complicada, ou melhor, complexa. E, até então, você achava que TPM era o pior que podia acontecer.

Os sintomas aparecem inadvertidamente, como assaltantes, em maior ou menor intensidade, bizarros e infalíveis. Lá estão eles: ressecamento – escolha onde você terá; celulite – a pele de pêssego é substituída pela casca de laranja; flacidez – é a triste irrevogabilidade da lei da gravidade; manchas senis – essas pelo menos trazem o consolo dos muitos verões bem vividos; insônia – e com ela balanços complicados da vida; calores – esses são um requinte de crueldade, tão desprovidos de sentido que nos fazem refletir sobre a transcendência da agonia dos ovos cozidos; esquecimentos – sua memória vira uma espécie de vácuo e você passa por constrangimentos inenarráveis como aquela frase típica: “sabe aquele filme, daquele diretor, com aquela atriz, como é mesmo o nome?”; ossos de papel – e o perigo de tombos ridículos resultarem em cirurgias espetaculares onde pinos e próteses são implantados sem cerimônia; cabelos ralinhos de palha de milho – a sua trança de potranca virou um tererê; cintura - convexa ou quase inexistente com direito àqueles dois afundadinhos nas costas, como se você fosse feita de massinha de modelar; olhar – embaçado por uma nata azulada (catarata, não!!!) toldado por pálpebras fofas, generosas – e você começa a achar que tem ascendência mongol; juntas sacanas – com data de validade vencida e, como se não bastasse, a lembrança recente, acachapante, perturbadora e descompassada de como você era antes da menopausa. Você era jovem ontem! Que dó, que desperdício!

Esse é o ponto crucial: o estranhamento entre o que vemos e a nossa imagem interna. Não se trata da negação da velhice, da morte. Não. É bem mais simples e raso: você simplesmente não gosta do que vê! Trata-se de uma incapacidade temporária para sobrepor imagens, aceitar limitações, apurar um outro olhar.

Você ainda não tem parâmetros para entender em que você está se transformando. Você resiste bravamente. Convoca uma legião de especialistas, as forças do Bem, o exército da salvação. Faz reposição hormonal, contrata um personal, dá uma passadinha na sex shop, engole quilos de soja, linhaça e sucos de cranberry, toma antidepressivo, Ômega 3, aplica botox, faz drenagem linfática, vai ao plástico, ao dermatologista, ao ortomolecular, à nutricionista, ao psicanalista, ao astrólogo, à fisioterapeuta e ouve o seu ginecologista como se ele fosse o oráculo de Delfos. Seus modelos e referências estão no passado e a menopausa – trombeta apocalíptica – anuncia um futuro onde você vai ter de mostrar que aprendeu lições, mereceu cada ruga e está pronta para mais trinta anos.

A menopausa é uma puberdade invertida. E, como tal, é também casulo, travessia, transformação. Divisor de águas, experiência de deserto, freio de arrumação, faxina. Teste crucial de espírito esportivo, capacidade de adaptação e instinto de sobrevivência.

Passa. Demora, mas passa, e você sobrevive, como sobreviveu à pororoca hormonal da adolescência; você há de superar o declínio daqueles mesmos hormônios e seus asseclas que um dia já te enlouqueceram. (Esqueceu que você sobreviveu, com muito menos recursos, às cólicas, às espinhas, aos pelos encravados, aos ovários policísticos, à vergonha do próprio corpo, à oscilação de humor e à melancolia dos anos tenebrosos da adolescência?)

E aí, passada a tempestade, vem a bonança, a libertação. Você estará livre de ter que ser bonita, magra, eficiente, querida, desejável, vencedora, fértil, competitiva, invejada, elegante, gostosa, informada, culta, legal, conectada, tudo ao mesmo tempo. Ufa!!!

Depois dos achaques, perrengues e mudanças, a menopausa inaugura a maturidade: a síntese da mulher que você construiu ao longo dos anos, fases e etapas, a essência que fica, depois que os papéis de jovem fêmea produtiva estão cumpridos. Seu rosto é a cara da sua vida. Sua bagagem é tão grande que dá para jogar fora um monte de supérfluos e pesos mortos. Seu tempo é só seu e você não precisa provar mais nada para ninguém. Seu maior desafio é ter-se tornado uma boa companhia para si mesma. Você reformula premissas, um estar no mundo mais relaxado, uma maior complacência com suas imperfeições, dificuldade e vícios. Você já não quer mudar o mundo, você quer compreendê-lo; você já não precisa agradar às pessoas, você quer viver em paz e ser respeitada. Não há mais pressa; a vida vira um bom vinho a ser apreciado, com generosidade e prazer.

A menopausa é um tremendo rito de passagem. Talvez o último antes da definitiva passagem. Inevitável e necessário. Coisa de gente grande. O relógio biológico é inclemente, imparcial e, portanto, justo. Haja coragem e bom humor! Não há negociação possível, apenas a vida seguindo seu curso.

Então, que venham os ciclos, todos. Com seus sustos, sombras e transformações. Com suas libertações, rearranjos e alegrias. Que venham os dias, as horas, as marés, as auroras, todas."

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