28.2.15

Viagem

Rumo a Pelotas!


"Vovó, é muuuito bom andar de ônibus!
Não quero que essa viagem termine nunca!
"
O Kike estava bem feliz, com a nossa "aventura"!
Na hora em que fomos por as malas no bagageiro, o motorista "etiquetou" a perninha dele. Ele levou à serio e ficou cuidando para a etiqueta não descolar! 
Depois, mil atividades! Pintura, joguinhos, lanche, prestar atenção nos "desenhos" das nuvens...
Ele é um ótimo companheiro, bem humorado e divertido!

Imagens cintilantes

“A vida moderna é um mar de imagens. Nossos olhos são inundados por figuras reluzentes e blocos de texto explodindo sobre nós por todos os lados. O cérebro, superestimulado, deve se adaptar rapidamente para conseguir processar esse rodopiante bombardeio de dados desconexos. A cultura no mundo desenvolvido é hoje definida, em ampla medida, pela onipresente mídia de massa e pelos aparelhos eletrônicos servilmente monitorados por seus proprietários. A intensa expansão da comunicação global instantânea pode ter concedido espaço a um grande número de vozes individuais, mas, paradoxalmente, esta mesma individualidade se vê na ameaça de sucumbir.

Como sobreviver nesta era da vertigem? Precisamos reaprender a ver. Em meio à tamanha e neurótica poluição visual, é essencial encontrar o foco, a base da estabilidade, da identidade e da direção na vida. As crianças, sobretudo, merecem ser salvas deste turbilhão de imagens tremeluzentes que as vicia em distrações sedutoras e fazem a realidade social, com seus deveres e preocupações éticas, parecer estúpida e fútil. A única maneira de ensinar o foco é oferecer aos olhos oportunidades de percepção estável – e o melhor caminho para isso é a contemplação da arte."


“O olho sofre com anúncios piscando na rede. 
Para se defender, o cérebro fecha avenidas inteiras de observação e intuição. 
A experiência digital é chamada interativa, mas o que eu vejo como professora é uma crescente passividade dos jovens, bombardeados com os estímulos caóticos de seus aparelhos digitais. Pior: eles se tornam tão dependentes da comunicação textual e correio eletrônico que estão perdendo a linguagem do corpo.” 


Camille Paglia -  Leia o artigo completo. 
Uma reflexão sensível sobre as novas formas de comunicação 
e o impacto que causam, nas nossas vidas.

Aprendizado



Com o passar do tempo,
 descobri que viver bem é uma escolha e que a simplicidade tem seus encantos.

Serenidade


"A felicidade não existe. Temos momentos de alegria, mas não existe um estado permanente de satisfação. Separações, a morte de pessoas queridas, doenças e acidentes são inevitáveis. É por isso que a busca pela felicidade plena não faz sentido. O que podemos almejar é a serenidade, algo completamente diferente. Só se atinge a serenidade vencendo o medo. É o medo que nos torna egoístas e nos paralisa, que nos impede de sorrir e de pensar de forma inteligente, com liberdade.."
Luc Ferry


Li esse texto e fiquei pensando que, sem serenidade, realmente não nos permitimos momentos de alegria e acabamos por valorizar demais as tristezas e as decepções.
Acho, também, que, quando amadurecemos, deixamos muitas ilusões pelo caminho, o que não significa que percamos, também, o encantamento pela vida. Ele permanece, felizmente. 
Vamos aprimorando nosso olhar e sensibilidade, e isso faz com que a nossa existência ganhe sentido e beleza.
Ainda bem.

Marsala

A cor de 2015/Pantone.
A cor do Roccana.




Pantone Inc., é uma empresa sediada em Carlstadt, New Jersey conhecida pelo seu sistemas de cor, largamente utilizado na indústria gráfica. 

Por falar em alma





O querer de um amor tranquilo

Fred Elboni

"Às vezes, queremos paz. Queremos um amor que conserve tranquilo o coração, beijos que silenciem bocas, e rostos que se colam frente a um mar de poucas ondas. Queremos confiança de um serenar duplo, um olhar recíproco com sorrisos sem dentes aparentes e um deitar de colo estendido.

É gostoso, e necessário, querer um amor justo a dois, daqueles que se comem como sobremesa, mas nunca esquecem a importância do filé da paixão.

Um dia, vamos, e devemos, querer amores notívagos – na cama e nas conversas sem sentido na varanda de casa. Amores sem redes sociais, sem bandeiras hasteadas para os olhos dos outros, sem ressentimentos do vivido e do sonhado. Somente um amor que deseja ser sincero, alegre e contemplativo. Mas não somente, como se “somente” quisesse dizer pouco, mas somente no sentido deste ser o único propósito de vivê-lo.

Quando amadurecemos e passamos pelos desertos da vida, onde temos toda liberdade do mundo, mas poucas opções, aprendemos que a calmaria transforma amores irresponsáveis e coloridos em aquarela. E assim, nos aquarelando, admitimos que não nos cabe conhecer o que virá, mas sim, desejar que, um dia, um amor tranquilo nos dê a graça de seus beijos com alma. Pois, todos merecem um amor tranquilo. Até aqueles que, por pouca coragem e vontade de sorrir, desacreditam na sua aparição alegre. Então, fique sabendo que ele vive a te buscar, mesmo quando você mente a si, ao dizer que não precisa da tranquilidade de um amor para viver de ombros leves e pés firmes."

...beijos com alma

27.2.15

O vestido da Gisele


Adoro rituais, sempre me encanto com fotos românticas!
Gisele Bündchen e Tom Brady completaram seis anos de casados esta semana e, para comemorar, a modelo gaúcha publicou em seu Instagram uma foto inédita de seu casamento, em 2009.
Gisele usou um vestido Dolce&Gabana que nunca tinha sido mostrado por inteiro. 

Juventude, a qualquer preço



Só que, as vezes, alguma coisa dá errado. 
Meio assustador, considerando que elas tem acesso aos maiores especialistas em cirurgia plástica...
Imagino nós, pobres mortais!
Intervenções estéticas? Penso. Logo, desisto.

25.2.15

Acabando fevereiro



Passado o Carnaval, a vida volta ao seu ritmo.
Sensação boa continuar em Lavras, curar a "ressaca", estar em casa.
O calor continua implacável, mas as chuvas frequentes tem garantido o verde da paisagem.
Aliás, no campo vive-se em função do tempo e de observar a natureza. O caminho do sol colore o dia de diferentes formas. Dessa vez, fiz fotos dele nascendo e se pondo. Tão lindo!
O Ricardo caminha, na volta da casa, cercado de bichos por todos os lados! Chega a ser engraçado e as vezes ele tropeça num, se resolve mudar de rota! Não perdem um passo: os cachorros, os gatos, os cavalos, os terneiros! Heheheh! Ainda vou filmar!
Muito chimarrão, frutas no pé, flores... 
Ricardo lida com o gado e eu fotografo! Preciso deixar a preguiça de lado...

É só prestar atenção



"Chega um belo dia em que todo mundo entende 
que a beleza da vida está na soma de pequenas maravilhas 
e não na espera por algo grandioso."

O Espelho


"Esse que em mim envelhece
assomou ao espelho
a tentar mostrar que sou eu.

Os outros de mim,
fingindo desconhecer a imagem,
deixaram-me a sós, perplexo,
com meu súbito reflexo.

A idade é isto: o peso da luz
com que nos vemos."

Mia Couto


(Trouxe da página da Graça, no Facebook.)

"Nossa alegria se manifesta como força e teimosia"!!


"Nossa alegria se manifesta como força e teimosia: 
ela nos põe de pé quando nem sairíamos da cama. 
Ela se expõe como esperança: 
acreditamos que o mundo nos trará algo melhor esta manhã; 
quem sabe esta noite; domingo, talvez. 
Ela nos torna sensível à beleza da mulher estranha, 
ao sorriso feliz do amigo, 
à conversa simpática de um vizinho.
 Nossa alegria cria interesse pelo mundo 
e nos faz perceber que ele também se interessa por nós".

Ivan Martins


O Significado do Carnaval de Lavras

Com a licença da Caroline Prestes, transcrevo seu texto sobre o que é o Carnaval de Lavras.
Adorei! Me identifiquei total!


"O que significa o carnaval? Resolvi escrever porque definitivamente a percepção que eu tenho até se assemelha a de alguns amigos, mas para a grande maioria dos membros da rede social, é totalmente divergente. 

Carnaval pra mim é chegar na sexta já dizendo que não vou ir no baile do chopp dos relaxados pois sempre o chopp é quente, é sentar na frente da casa do vô pra ver os conhecidos que chegam, esperar os primos e tios pra abraçar.

No sábado é hora de dizer que a camiseta dos outros blocos "até é legal", é não fazer diferença do abraço dos amigos vira-lata, relaxados, baita fogo, pois serão recebidos com sorrisos de "qualquer geito". 

O domingo é dia de churrasco, de ficar um pouco em cada rodinha, dividindo o copo e as risadas, de juntar as 4 gerações de Prestes VG's, meu avô, meu pai, eu e meus filhotes. A carreata é o momento de passar no centro pra que todos vejam, ao longo dos meus quase 30 anos que sempre fui foliã lavrense e defensora do meu bloco. É dia tambem de levar as criancas para atirar espuminha no matinê e de olhar os filhos dos lavrenses e pensar que dava trabalho pra minha mãe bordar tanta fantasia! 

A segunda é dia de ensaiar a Galocha, sempre achando que vai ficar longa e de tanto ouvir as paródias me perguntar se vai ser engraçada e sempre é! Na noite é chorar de rir dos Marilus e dos amigos que entram na brincadeira...

A terça é dia de ficar ansiosa, ensaio, risadas e o frio na barriga que sempre se tem ao subir no caminhão olhando o povo lá de cima esperando uma piada de gargalhar. 

Carnaval em Lavras é assim, cheio de integração, de igualdade e liberdade de expressão, de rivalidade sadia, de amizade sincera. Para aqueles que pensam que carnaval é libertinagem, promiscuidade e algo do gênero, não sabem ou nunca fizeram o verdadeiro carnaval da Lavrinha! Então, estou me guardando pra quando o carnaval chegar... com menos pique mas com a mesma expectativa!"


Caroline, em ação. Rádio Galocha 2015.
Galocha "no ar"!
Equipe da Galocha 2015. Feras!
 Fotos, na ordem de postagem:
William Barbosa, Nina Boeira, Pedro Teixeira e Felipe Severo.


Em preto&branco ♥

Meus pais, Donairo e Célia, num carnaval passado.



Encerramento do Carnaval 2015



Encerramos este Encontro de Carnaval com mais um churrasco!
O Galpão de Lata se alegrou, com a presença dos nossos amigos queridos!

Churrasco do VG





Amo muito tudo isso!

Sábado de Carnaval



Dia de vestir a camiseta do VG, conhecer a sede e jantar na Telúrica.
Kike, nosso companheiro nesse Carnaval!

Carnaval 2015

Iniciamos os trabalhos na casa do Cássio e da Large, com churrasco, como manda a tradição.
Haja fôlego! São vários dias de muitas risadas, muitos encontros, muita alegria!




Carnaval das Lavras


Imagens do Panorama Lavrense/Via Facebook

Imitação da Arte
Por Mario Pinheiro

"É fevereiro. A leve brisa do verão é insuficiente para afugentar o calor e os mosquitos. A noite avança com seu manto de estrelas, sarapintando as pedras da rua principal feito confetes.

A praça, ao centro da cidade, fica num alto. De todas as ruas ladeiras, sobem as gentes para assistirem às cenas. Não tem coreto, é verdade, mas a Prefeitura instalou, bem no meio da rua principal, um palco. As pessoas chegam e amontoam-se em volta, junto com vira-latas. Algumas crianças escalam as árvores da praça. O murinho lateral da Igreja, em frente à praça, serve de palanque para outros. Embora o murmurinho, todos olham atentos para o palco agora, depois de terem passado as quadras de relaxados. Lá em cima, um grupo de qualquer jeito fala, canta e encena situações do cotidiano da cidade, entre risos e olhares cúmplices.

Alguns observam as cenas à distância, absorvidos por sua telúrica, em volta das mesas do bar que fica numa das margens da praça. Outros namoram no beco escuro do outro lado da Igreja, sob os olhares dos anjos e das estrelas, somente com os ouvidos livres e atentos ao som do alto-falante. Atrás do palco, na esquina que fica defronte aos fundos da Igreja, acha-se o Clube Comercial, já ansioso por estremecer ao ritmo de uma marchinha de carnaval.

É fevereiro. E em todos os anos é sempre assim. A cidade encontra-se na praça a expiar seus pecados, a rir de suas misérias, a ridicularizar seus moradores e governantes. Durante o ano, espiam-se uns aos outros, sorrateiramente, pelas frestas das janelas. Em fevereiro, no carnaval, expiam todos, publicamente, seus pecados na praça.

No palco, são narrados, encenados e satirizados seus deslizes. Em versos e prosas, sem piedade ou censura, critica-se a decadência da ex-cidade dourada, a obra “faraônica” do prefeito, o último “assassinato” cometido pelo médico local, o desfalque praticado no banco, a surra dada pela esposa no marido adúltero...

Ao mesmo tempo em que são reforçados alguns preconceitos, denunciam-se as hipocrisias. A cidade desnuda-se no palco. Atenas e seu teatro ressurgem no palco agora.
É fevereiro. Os coveiros não estão em greve. Mas, por certo, encontram-se, também, ali na praça. Igualmente, não são os mortos-vivos que denunciam as mazelas dos cidadãos “respeitáveis” e muito vivos. São os vivos, mesmo, que criticam tudo e todos, inclusive os mortos. Por meio de paródias, a cidade e sua elite fazem sua autocrítica, numa espécie de terapia coletiva. Aqui e agora, o carnaval é uma catarse...

Tal como em Antares, a da veríssima história, a pequena Lavras do Sul, no carnaval, é o cenário dessas histórias verissímeis. É a vida criticando a vida, é a vida imitando a arte."

Nota do autor: "A crônica é inspirada no livro “Incidente em Antares”, de Érico Veríssimo, em que há uma greve de coveiros e os mortos levantam-se dos caixões, depositados na frente do cemitério, e vão para a praça, expondo as mazelas da cidade de Antares e de seus habitantes.
Só no fim, esclarece que se está falando do carnaval de Lavras do Sul e não de Antares.
Vira-latas, Vai de Qualquer Geito (assim com G) e Relaxados são os nomes dos blocos de carnaval da cidade e são mencionados no texto. As quadrinhas dos Relaxados são versos satíricos recitados pelo bloco em jogral no estilo medieval. Telúrica é o nome do bar."

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SINOPSE DE "INCIDENTE EM ANTARES":

"É 11 de dezembro de 1963. Greve geral em Antares. O fornecimento de luz é interrompido, os telefones não funcionam mais, os coveiros encostam as pás. Dois dias depois, uma sexta-feira 13, sete pessoas morrem - entre elas d. Quitéria, matriarca da cidadezinha. Insepultos e indignados, os defuntos resolvem agir - querem ser enterrados. Reunidos no coreto, decidem empestear com sua podridão o ar da cidade. Enquanto ninguém os enterra, porém, resolvem acertar as contas com os vivos e passam a bisbilhotar e infernizar a vida dos familiares."

Acho que a Rádio Galocha é anterior ao livro do Veríssimo.
Vou pesquisar.
:)

Se assim for, Veríssimo se inspirou no Carnaval de Lavras! Heheheh!

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Atualizando, em 27/02/2015:
"A Galocha teve sua primeira edição por volta de 1939; infelizmente não temos dados precisos dos incipientes autores e programação [...]" - Dados retirados do livro "45 CARNAVAIS, SUA HISTÓRIA E TRADIÇÕES". 
Informação dada pela Professora Rosângela La-Rocca Teixeira, via Facebook.

15.2.15

Exercício diário

Amo estas listas! Fazem parecer simples, coisas importantes e que fazem toda a diferença, na nossa vida.
Repensar nossas atitudes e mudar, quando estamos no sabotando. Essa é a ideia.
As imagens são de Liz Clements.



- De dentro para fora

Pense sempre, de forma positiva.
 Toda vez que um pensamento negativo vier à sua cabeça, troque-o por outro! 
Para isso, é preciso muita disciplina mental. Você não adquire isso do dia para a noite; assim como um “atleta”, treine muito.

Não se queixe.
Quando você reclama, tal qual um ímã, você atrai para si toda a carga negativa de suas próprias palavras.
A maioria das coisas que acabam dando errado, começa a se materializar quando nos lamentamos.
Risque a palavra culpa do seu dicionário.

Não deixe que interferências externas tumultuem o seu cotidiano.
Livre-se de fofocas, comentários maldosos e gente deprimida. Isto é contagioso. 
Seja prestativo com quem presta.

Sintonize com gente positiva e alto astral.
Não se aborreça com facilidade e nem dê importância às pequenas coisas.
Quando nos irritamos, envenenamos nosso corpo e nossa mente.
Procure conviver com serenidade e quando tiver vontade de explodir, conte até dez.

Viva o presente. 
O ansioso vive no futuro. O rancoroso, vive no passado. Aproveite o aqui e agora.
Nada se repete, tudo passa. Faça o seu dia valer a pena.
Não perca tempo com melindres e preocupações, pois só trazem doenças.


- De fora para dentro

A água purifica. Sempre que puder vá a praia, rio ou cachoeira. Em casa, enquanto toma banho, embaixo do chuveiro, de olhos fechados, imagine seu cansaço físico e mental e que toda a carga negativa está indo embora por água abaixo.

Ande descalço quando puder, na terra de preferência. Em casa, massageie seus pés com um creme depois de um longo dia de trabalho. Os escalde em água morna. Acrescente um pouco de sal para se descarregar.

Mantenha contato com a natureza; tenha em casa um vaso de plantas pelo menos. Cuide dele com carinho. O amor que dedicamos às plantas e animais acalma o ser humano e funciona como relaxante natural.

Ouça músicas que o façam cantar e dançar. Seja qual for o seu estilo preferido, a vibração de uma canção tem o poder de nos fazer sentir vivos , aflorando a nossa emoção e abrindo o nosso canal com alegria.

Liberte-se! Sempre que puder livre-se da rotina e pegue a estrada, nem que seja por um único dia.
Conheça novos lugares e novas pessoas.
Não deixe que a saudade sufoque, que a rotina acomode, que o medo o impeça de mudar.

Daqui!

12.2.15

Fim de férias!


Kike feliz!

Aniversário do Anselmo

Comemoração no "Seu Boteco", Pelotas.

Meu bebê passou dos trinta! Hahahahah!
Já, euzinha, depois que trintei, nunca mais contei!

Kike em Lavras


Aproveitou muito!
Andou a cavalo, torceu no "Interblocos", jogou ping-pong, 
fez bolo de chocolate, jantou na Telúrica, fez novos amigos...
E está cada vez mais lindo e mais amado!

9.2.15

Fevereiro, no Galpão de Lata

  "O importante não é a casa onde moramos, mas onde, em nós, a casa mora." 

Mia Couto 



Alguns registros:
visita do Jacinto e da Cema;
churrasco no domingo com Guguinha e Donairão;
tentativas de colorir hortênsias desidratadas;
tapete "novo", na sala (ou seja, "achei um tapete da mãe, sem uso, e carreguei!);
café da tarde, com manteiga Aviação (adoro a lata! :P).
resgate de um passarinho, que estava dentro de casa, pelo Ricardo;
o cactus, da frente da casa, com flores maravilhosas;
cardeal, no aramado;
cavalgada;
lua cheia.
paleta de ovelha "xadrez";
lua cheia iluminando a noite.

7.2.15

Enfrentamento




"Eu fiz um acordo com o tempo:
nem ele me persegue, nem eu fujo dele..."

Li esta frase e fiquei pensando. Não há acordo possível e não dá para fugir do tempo, não.
Resta viver, do melhor jeito que conseguirmos, fazendo cada segundo valer a pena...

"O oposto de depressão não é felicidade, e sim vitalidade"




Andrew Solomon - Depressão, o segredo que compartilhamos

Desencantamento...

Morar em Lavras me faz conviver de perto com a doença da minha mãe. 
É muito difícil. Incompreensível, até.
Clarice Lispector, em "Restos de Carnaval", descreve como é difícil conviver com a tristeza materna...

“Muitas coisas que me aconteceram tão piores que estas, eu já perdoei. No entanto essa não posso sequer entender agora: o jogo de dados de um destino é irracional? É impiedoso. Quando eu estava vestida de papel crepom todo armado, ainda com os cabelos enrolados e ainda sem batom e ruge - minha mãe de súbito piorou muito de saúde, um alvoroço repentino se criou em casa e mandaram-me comprar depressa um remédio na farmácia. Fui correndo vestida de rosa - mas o rosto ainda nu não tinha a máscara de moça que cobriria minha tão exposta vida infantil - fui correndo, correndo, perplexa, atônita, entre serpentinas, confetes e gritos de carnaval. A alegria dos outros me espantava.
Quando horas depois a atmosfera em casa acalmou-se, minha irmã me penteou e pintou-me. Mas alguma coisa tinha morrido em mim. E, como nas histórias que eu havia lido sobre fadas que encantavam e desencantavam pessoas, eu fora desencantada; não era mais uma rosa, era de novo uma simples menina. Desci até a rua e ali de pé eu não era uma flor, era um palhaço pensativo de lábios encarnados. Na minha fome de sentir êxtase, às vezes começava a ficar alegre mas com remorso lembrava-me do estado grave de minha mãe e de novo eu morria.”



Depois de muito sofrimento, muita culpa, muita terapia, talvez seja possível, ao menos, compreender que algumas coisas simplesmente independem de nós. Não temos o controle, não somos responsáveis, não temos muito o que fazer...
E resta a certeza de não precisamos e não devemos repetir. 
É possível encontrar alegria nas coisas do cotidiano. Na simplicidade. No que está ao alcance de nossas mãos. O que mais vier, é lucro.
Sou muito grata por tudo de bom que vivi e por tudo que ainda está por vir. Me sinto de alma leve, "em paz com a vida e o que ela me dá"...

Sobre dores...


"Não há dor que não comporte em si a capacidade da transformação.
O olhar que recebemos do outro é o olhar que seremos capazes
 de transmitir uma vez transformada a dor. 
Dor cuidada é dor que guarda em si a capacidade de poder cuidar."
 (Evelin Pestana)

Sentir-se amado

Martha Medeiros



"O cara diz que te ama, então tá. Ele te ama. Sua mulher diz que te ama, então assunto encerrado. Você sabe que é amado porque lhe disseram isso, as três palavrinhas mágicas. Mas saber-se amado é uma coisa, sentir-se amado é outra, uma diferença de milhas, um espaço enorme para a angústia instalar-se.

A demonstração de amor requer mais do que beijos, sexo e verbalização, apesar de não sonharmos com outra coisa: se o cara beija, transa e diz que me ama, tenha a santa paciência, vou querer que ele faça pacto de sangue também?
Pactos. Acho que é isso. Não de sangue nem de nada que se possa ver e tocar. É um pacto silencioso que tem a força de manter as coisas enraizadas, um pacto de eternidade, mesmo que o destino um dia venha a dividir o caminho dos dois.

Sentir-se amado é sentir que a pessoa tem interesse real na sua vida, que zela pela sua felicidade, que se preocupa quando as coisas não estão dando certo, que sugere caminhos para melhorar, que coloca-se a postos para ouvir suas dúvidas e que dá uma sacudida em você, caso você esteja delirando. "Não seja tão severa consigo mesma, relaxe um pouco. Vou te trazer um cálice de vinho".

Sentir-se amado é ver que ela lembra de coisas que você contou dois anos atrás, é vê-la tentar reconciliar você com seu pai, é ver como ela fica triste quando você está triste e como sorri com delicadeza quando diz que você está fazendo uma tempestade em copo d´água. "Lembra que quando eu passei por isso você disse que eu estava dramatizando? Então, chegou sua vez de simplificar as coisas. Vem aqui, tira este sapato."

Sentem-se amados aqueles que perdoam um ao outro e que não transformam a mágoa em munição na hora da discussão. Sente-se amado aquele que se sente aceito, que se sente bem-vindo, que se sente inteiro. Sente-se amado aquele que tem sua solidão respeitada, aquele que sabe que não existe assunto proibido, que tudo pode ser dito e compreendido. Sente-se amado quem se sente seguro para ser exatamente como é, sem inventar um personagem para a relação, pois personagem nenhum se sustenta muito tempo. Sente-se amado quem não ofega, mas suspira; quem não levanta a voz, mas fala; quem não concorda, mas escuta.

Agora sente-se e escute: eu te amo não diz tudo; as atitudes vale muito mais."
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