Os versos do Ricardo contam a história de cada objeto que veio enfeitar nossa casa... Adorei!
O relho e a guampa eram do seu Avô Marcolino. A boleadeira, de um índio Charrua, do Uruguai. O rabicho, dos arreios da minha mãe, Célia. O mango, cabo de alpaca, o Ricardo comprou para os Desfiles de 20 de Setembro. O rabo de tatu foi presente que meu pai, Donairo, deve ter ganhado de alguém...
O suporte, lindo, foi presente da Graça Borges.
Tem um tanto de história,
Em cada peça guardada.
Tem afeto e tem memória
Das lidas que foi usada
Um relho, é apenas um relho
Que parceiro de campereada
Sempre trazia um conselho
Prá onde se ia na estrada.
Rabicho recuerdo esquecido
De uma zaina bem domada
De um color bem parecido
Com a sela um tanto sovada
E as três marias parceira
Na cintura andavam atada
Ter destino de boleadeira
Uma pedra índia, retovada
E assim hoje numa parede
Uma herança dependurada
Que vem nos matar a sede
Nesta Querência renovada.

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