9.6.17

Xô, velhice!


Aprendizado necessário. Saber como acontece e fazer diferente.
"Velhos se recusam a aprender novidades; resistem ao uso do telefone celular, usam o computador só pra jogar paciência. Obedecem a horários rígidos (almoço ao meio-dia, todo santo dia). Detestam imprevistos, mudanças. Velhos não se conformam com as guinadas que a vida dá, ficam remoendo as perdas, parados num tempo que ficou pra trás. Principalmente, interessam-se pouco pelos outros e muito por si mesmos; o que vão comer no almoço e quantas vezes acordaram à noite são temas obrigatórios de conversa.
O desinteresse pelo novo chega devagar, razão pela qual demora a ser percebido como sintoma de velhice. Primeiro, o assunto dos outros deixa de interessar, depois as atividades e os lugares perdem toda a graça, então a pessoa vai se fechando no seu mundo interior, desinteressada do que ocorre à volta.
Em qualquer idade, enquanto há receptividade para o outro, a pessoa não se sente velha, nem é vista dessa forma. Se, além de receptiva, souber buscar novas fontes de interesse, tornar-se-á capaz de criar situações e condições para o seu prazer. 
Sobreviver é arrastar-se pela vida, às vezes até contente por ainda estar neste mundo, mas sem disposição para fazer a diferença ou acrescentar algo. Viver é mudar conforme as circunstâncias, aceitar o novo ritmo, sem queixas ou resmungos, pelo prazer de gerenciar o próprio destino. Viver é procurar razões para cada despertar."

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