"Envelhecer é apenas mais uma fase de viver, mais uma etapa da transformação que inicia no nascimento e termina no último suspiro. Nunca tive a visão da velhice, na qual estou quase no umbral (pra mim começa hoje aos 80), como decadência. Não precisa ser solidão e isolamento, amargura e inércia. Havendo suficiente saúde, sobretudo mental, pode-se sempre reatar ou criar laços, interesses, coisas. Contemplar a natureza, o ser humano, sei lá. Para mim, mais uma vez, é tudo natural. Para que querer ter sempre 20 anos? Para que se desejar espírito jovem, se o espírito dos 70 ou 80 pode ser até melhor, mais rico, mais experiente, mais elegante e mais sereno, mas nunca desinteressado?".
Lya Luft , aos 72 anos./ Ilustração Fiona Blair
Um comentário:
Concordo plenamente.
Não sou muito fã da Lya, como pessoa (embora seja delicado dizer isso, pois nem a conheço pessoalmente. Mas li uma entrevista dela - até fiz um post -em que ela me pareceu muito arrogante.)
Mas quanto à escritora Lya Luft, irrepreensível.
beijos!
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