26.7.10

Sobre o "Dia dos Avós"

Do meu Formspring:

"Oi Ana!
amo teu blog e a tua condição de avó me encanta!
gostaria de saber o que tu esperas da tua relação com o Henrique...
poderias escrever sobre isso???
bjs,
tua fã caçapavana..."

Oi, Caçapavana!
(Queria saber o teu nome.)
O que posso dizer, por enquanto, é que é puro encantamento.
Um sentimento maravilhoso, que é o de simplesmente gostar, sem ter que corresponder à expectativas, sem ter obrigações, sem nenhum stress...
Mas é difícil definir com exatidão o que espero dessa relação. Acho que ela se realiza a cada dia. Cada momento. Cada vez que olho pra ele e meu coração transborda de tanto amor. É tão simples, tão bom, tão leve...

Mas sei o que quero para o Henrique:
Quero que ele cresça feliz. Seja do bem. Tenha valores, vocação, amores, amigos, sentimentos bons, sonhos...
Que a vida corra sem reveses, que tudo venha na hora certa.
Que a infância dele não seja interrompida, por nenhum acontecimento, nem termine antes da hora, na pressa infundada pela adolescência.
Que a sua adolescência seja de descobertas, de aprendizado, sem muitas angústias, mas sem alienação. Que ele saiba que não é o centro do Universo - pelo contrário - que há um Universo a ser descoberto.
Que ele seja um homem com a alma de criança: sempre pronto a aprender uma coisa nova, sempre com a noção de que há uma vida a ser vivida da melhor maneira.
Que ele tenha saúde. Que seu coração conheça a paz. Que ele tenha um sorriso no rosto e um olhar de quem sabe o que quer. E que queira a simplicidade e o amor.
Mais ou menos isso.
Obrigada pela sugestão e pelo carinho.
Beijos,
Ana




Imagem do Flick-r/Pavicha

Não é uma resposta prática, mas é isso o que sinto:

Avós tem uma segunda chance maravilhosa:
observar novamente o mundo com olhos de criança!
Redescobrir cheiros, sabores, texturas!
Repensar a vida, renovar a alma, descobrir tantas coisas...

Então deveríamos ser desprovidos de medos, de preconceitos, de manias.
Mas repletos de paciência, de cuidados, de zelo.
Nenhum senso de ridículo. Nenhuma pressa. Nenhuma crítica.
Contar histórias. Ouvir com atenção. Olhar.
E, acima de tudo, aprender.

3 comentários:

Heloísa Sérvulo da Cunha disse...

Ana,
Que post mais lindo>
Adorei o que você escreveu sobre aquilo que espera para o Henrique, e sobre a segunda oportunidade para as avós.
Realmente é um encantamento essa situação de ser avó.
Beijo.

Lúcia Soares disse...

Querida amiga, falou por mim. Tenho descoberto tantas coisas, convivendo com a Letícia e menos que gostaria, mas também me enriquecendo, convivendo esporadicamanete com meus 3 meninos, os netos que moram aí perto de você.
A vida é mais pura, mais limpa, a gente tem objetivos mais concretos.
Netos são uma benção!
Beijos!

James Pizarro disse...

Tenho 5 netos, com idades de 17, 15, 9, 7 e 3.
Todos diferentes feito os dedos de uma mão.
Todos fulgurantemente radiantes de saúde, curiosidade e garra pra viver.
E todos ciumentos, cada um à sua maneira, de atenção do avô...rssss
Se a gente pudesse quantificar afetos, eu diria que é 100 vezes mais doce e fácil e encantador ser avô do que ser pai.

Beijo

James Pizarro

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