19.8.06

Enchendo os olhos de campo

Guto, no Acampamento Velho.
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Guto = Gustavo Teixeira, excelente intérprete de música gaúcha da melhor qualidade. Um tom de voz, uma pronúncia, um jeito de cantar que me emocionam. Compositor que me encanta. É um primo querido e já falei nele aqui!
Acampamento Velho = trecho da estrada que eu passava sempre que ia, das Cordilheiras, para a casa dos meus tios e primos em São Gabriel. Era sempre uma peregrinação nas várias fazendas. Em cada uma delas uma atmosfera, uma paisagem.
Acampamento Velho é como se chama este trecho de estrada, tortuoso e íngreme e a primeira fazenda, depois dele, era a Vista Clara, onde moravam os avós do Guto, meus tios Dalmiro (Dedê) e Alzirinha! Lembro, com detalhes, da casa e da acolhida dos meus tios, que eu gostava tanto!
Depois tinha o tio Brás (que eu adorava!), o tio Fábio, a Guajuvira, a tia Marlise... Difícil enumerar todos, já que meu avô paterno, que se chamava Valério, teve 16 filhos! Todos eles herdaram fazendas e continuam cultivando a terra e dela tirando seu sustento. A cada geração, as terras se dividem, mas a vizinhança continua!
Encho meus olhos de campo e meu coração de saudade!
Enchendo os olhos de Campo = Composição de Gujo Teixeira , outro primo de talento inquestionável e que é o vizinho mais perto das Cordilheiras! Pra chegar na casa dele nem preciso passar pelo Acampamento Velho! (A letra é dele e a música de Luiz Marenco.)
Lembrei desta música ao ver a foto do Guto, que capturei do álbum dele, do Orkut!

7 comentários:

Thelma disse...

A foto e as histórias estão geniais! Hoje, revi o Globo Rural, onde uns peões estão levando mulas do RS a São Paulo - por caminhos percorridos no tempo do Brasil Imperial. Quando o programa terminou, pensei comigo: "que saudade de estar numa fazenda, vendo campos extensos e ouvindo o mugido das vacas!". E o teu post me trouxe este sentimento novamente. Tu me levarás em alguma destas fazendas? Plis...

Graziana Fraga dos Santos disse...

que lugar maravilhoso!
nosso estado tem muitos lugares fantásticos!!!

Elis disse...

Oi Ana! Menina que foto linda... E que viagem através da sua árvore genealógica, né? Sabe, eu não estava conseguindo acessar seu site direito. Só visualizava um post antigo, atualizava e nada... Agora vejo que perdi um monte de coisa. Então, bora botar a leitura em dia!!! Super beijo e bom domingo!

Zeca La-Rocca disse...

Ana! raramente eu ia a São gabriel com o pai e a mãe, aliás, nem me lembro claramente de alguma destas viagens. Lembro, sim, de ir com a Tia Suely e o Tio Zeferino, passar o domingo... ou então, qndo o Iguatemy e a Taninha iam a Lavras eu voltava com eles a São gabriel, e o melhor, retornava para Lavras de ônibus, "ônibus do Benito", e sozinho!! Q maravilha!!
Nestas idas, sempre parávamos na casa do Tio Brás e tia Florzinha, para um café. Eu adorava esta parada!!! E de-lhe pó na estrada!
abço

Luiz Felipe Botelho disse...

Fale a verdade, Ana.
Você ainda não veio para passear no Nordeste porque o Rio Grande do Sul já é um belo paraíso.
Beleza de foto, comentários muito legais. Crônicas familiares que são partilhadas com sabor de universalidade - não precisa ser da família pra curtir.
Beijão

Rosamaria disse...

Anabacana

De novo vou dizer: me emociono a cada história que tu contas, pq lembro da minha infância, que foi bem antes que a tua, mas em muitas coisas se parecem.

Meu pai não tinha estância, mas íamos todas as férias passear na casa dos tios, neste trajeto do acampamento velho, nos mesmos lugares que falaste.

Uma vez, quando passávamos por lá na Gabriela, uma caminhonete cinza que o pai tinha e não sei quem apelidou, um homem acampado chamou a atenção dele e caimos num buraco. Não sei que idade eu tinha, mas dede aí morria de medo de passar lá, ia com os olhos fechados, até me avisarem para abrir.

E os "peludos"??? hahaha

Bjão.

Tania Velázquez disse...

Ana, essas bandas de lá da Cordilheira eu não conheço, mas seu texto me fez passear junto.
O teu avô teve 16 filhos? Nossa! Eu não sabia que eram tantos. Acho que não conheci todos.

Péra aí...ele era o pai do Paraguaçu? O Paraguaçu era meu colega e detestava inglês e outras matérias que eu sabia. Nós sentávamos bem atrás da sala de aula, quando tínhamos provas e eu fazia as que ele não sabia e ele fazia as que eu não sabia. Moral da história: tínhamos que confiar um no outro, porque não gostávamos de estudar o que não nos interessava.

Ah! E lembro de uma vez que ele pensou que tinha sido aprovado e queimou todos os livros e cadernos na frente do Licínio Cardoso. E não é que ele ficou para segunda época e reprovou? A dona Maróca quase bateu nele, mas como ele foi lá com seu séquito protetor - a Dalka, eu e mais alguns meninos que não lembro, ele só levou um sermão e ficou "de castigo".
Sabe aqueles filmes e novelas dos anos sessenta? Éramos bem assim mesmo.
Umas cabeças desmioladas, mas sem maldade nenhuma.

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