No Sto Antônio do Estreito, com a Turma de Lavras.
"É preciso viver alguns (talvez muitos) anos para descobrir que somos como somos, porque ao longo da vida tivemos grandes amigos. Amigos com quem celebramos os bons momentos e que também nos abraçam nas horas de desalento. Amigos que alimentam nossa autoestima, reconhecendo nossas qualidades, e que também nos dizem tudo o que não desejamos ouvir, quando nos perdemos na egotrip. Amigos que desculpam à prori nossas idiossíncrasias, mas que nos avisam quando elas ultrapassam o limite do outro. Amigos com quem rompemos, em momentos de desatino, e com quem logo reatamos, arrependidos por ter brigado. Amigos que nos amam do jeito que somos e, assim, nos aceitam, acolhem, abraçam. Geralmente, eles não são muitos. “São poucos e bons”. Sua existência faz toda a diferença nas nossas vidas, porque as torna mais doces e divertidas -- na verdade, menos solitárias. Sua ausência nos deixa macambúzios e ensimesmados, como se o mundo só girasse em torno do nosso umbigo, se apequenasse. Por isso, é preciso cultivá-los, ainda que o tempo seja pouco, que a convivência não seja mais diária, que as circunstâncias os tenham levado para longe. Há que se achar formas de continuar rindo junto, chorando junto, sobretudo, sonhando junto."
Escrito por Vera Dias, do blog "Duas Vezes Trinta".
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