28.10.15



Redimensionar o tempo


                                                  Clarice Lispector

(...) "Tempo houve em que se esperavam meses por uma carta, dias por uma visita, horas por um trem. Em que se esperava o Natal ou o aniversário para se ganhar presente - o que não quer dizer que não seja bom e surpreendente ganhar um presente quando menos se espera. Mas houve, sim, um tempo em que a necessidade ou o desejo das coisas precedia a sua aquisição. Tempo houve em que cada fruta tinha sua estação, e elas amadureciam no pé. Tempo houve em que tudo tinha seu próprio tempo. E esperar era tão natural quanto haver sol e mar. Tempo houve em que se esperava.
Não me interprete mal, não estou propondo uma volta ao passado. Nem pensar. Nem há como. Proponho apenas redimensionar o tempo. Reaprender do que é feita a paciência. Reaprender a arte da espera. Da mansidão. Sim, porque há uma certa brandura em esperar. Em ser paciente. Em manter a calma. A pressa nunca nos leva a lugar algum. Só nos leva a sermos apressados. Esperar é dispensar a pressa, entreter pensamento, contemplar o entorno e a vida. Esperar é simplesmente deixar que o momento presente seja."

Cris M. Zanferrari
Leia o texto na íntegra, aqui.

27.10.15

Paz...



Amo "fogo de chão", como se diz aqui, no sul...

"Relax total - corpo e alma perfeitamente aquecidos, alinhados..."

(Trouxe da Casa Très Chic.)

Flores do campo












Galpão de Lata, 26/10/2015.


Ser




"E a receita é uma só: fazer as pazes com você mesmo, 
diminuir a expectativa 
e entender que felicidade não é ter. 
É ser."


Fernanda Mello

24.10.15

Halo solar




Lavras do Sul, 24 de outubro de 2015.
Dia do aniversário da minha mãe...

Bagunceiros!

Nunca teria gatinhos o cãezinhos, se morasse na cidade.
Mas, aqui fora, é muito bom! Eles tem muito espaço e liberdade!


Samuel e Belinha - os gatinhos. 
A cachorrinha chegou, há um mês, com o nome de Laika. Mas acho que não combina! Hehehe!


"Feliz quem não exige da vida mais do que ela espontaneamente lhe dá, guiando-se pelo instinto dos gatos, que buscam o sol quando há sol." (Fernando Pessoa)


21.10.15

Um toque de vermelho



Dizer "não"

"Dizer sim quando quero dizer não é dar mais valor aos outros do que a mim, é não colocar meus limites, e isso é não me respeitar. É o mesmo que dizer que o que eu sinto não vale nada, que os ouros podem passar por cima de mim à vontade. E eles passam, sem dó nem piedade.
Hoje estou aprendendo a dizer não. Quando não quero alguma coisa, simplesmente digo não. Sem raiva nem emoção. Um não é só uma negativa. É nosso limite. Um direito que temos de decidir o que desejamos ou não fazer.
A isso se dá o nome de dignidade.
Quando nos colocamos com sinceridade, dizendo o que sentimos, somos respeitados."

Zibia Gasparetto


19.10.15

Por aí!




Em Novo Hamburgo, 17/10/2014.

Cumplicidade



"Como todo sentimento essencial, a cumplicidade não nasce do nada. Ela é construída aos poucos, numa combinação gradual de atração, intimidade e confiança. Vai sendo erguida por conversas e experiências conjuntas. Sobretudo experiências. Elas reforçam a presença do outro na nossa vida e criam um repertório comum. Sedimentam a sensação de NÓS – em oposição a ELES - sem a qual as subjetividades não se juntam."

16.10.15

Sinais





A natureza floresce, se alegra, se renova...

Chuvas e temporais



Muita chuva e muitos temporais marcaram os últimos dias. 
Assistimos, pela TV, o drama das enchentes, das casas destruídas, famílias inteiras desabrigadas.
Então nem dá para reclamar dos transtornos que tivemos: telhas fora do lugar, postes caídos, árvores arrancadas com raiz e tudo, falta de luz...
Muito trabalho pela frente, esperando pelos dias de sol, que certamente virão.

Enfeitar a vida




14.10.15

Portas

Por Içami Tiba


"Se encontrar uma porta à sua frente, poderá abri-la ou não.
Se abrir, poderá entrar ou não numa nova sala.
Para entrar, vai ter que vencer a dúvida ou o medo. Mas também pode não entrar, e ficar apenas a observar a vida.
Se conseguir vencer a dúvida ou o medo, dá um grande passo: 
nesta sala vive-se. 
Mas também tem um preço: você descobre muitas outras portas.
O grande segredo é saber quando e qual porta deve ser aberta.
A vida não é rigorosa, ela é propícia a erros e acertos. 
Os erros podem ser transformados em acertos, 
quando se aprende com eles.
Não existe a segurança do acerto eterno.
E a vida enriquece a quem se arrisca a abrir as novas portas. 
Mas a vida também pode ser dura e severa: se você não conseguir ultrapassar a porta, terá sempre a mesma porta pela frente. É a repetição perante a criação, é a monotonia monocromática perante a multiplicidade das cores, é a estagnação da vida…
Para a vida, as portas não são obstáculos,
são apenas diferentes passagens/ experiências."

 

"Não conseguir ultrapassar a porta é a repetição perante a criação, 
é a monotonia monocromática perante a multiplicidade das cores, 
é a estagnação da vida…"

12.10.15

O que toda a criança deve saber


Não costumo copiar um artigo, na íntegra. Mas achei tão importante, tão verdadeiro, tão bonito tudo o que foi dito, que quis "guardar", aqui no blog, cada palavra.
Espero que mais pessoas possam ler e aprender...

Infância não é carreira e filho não é troféu

"Nesse mundo contemporâneo, ter, ser, saber, parecem fazer parte de uma competição. Alguns pais e algumas mães acabam acreditando que é preciso que seus filhos saibam sempre mais que os filhos de outros. E isso sim seria então sinal de adequação e o mais importante: de sucesso.

"O que uma criança deve saber aos quatro anos de idade?" Essa foi a pergunta feita por uma mãe, em um fórum de discussão sobre educação de filhos, preocupada em saber se seu filho sabia o suficiente para a sua idade.

Segundo Alicia Bayer, em artigo publicado no Huffington Post , o que não só a entristeceu mas também a irritou foram as respostas, pois ao invés de ajudarem a diminuir a angústia dessa mãe, outras mães indicavam o que seus filhos faziam, numa clara expressão de competição para ver quem tinha o filho que sabia mais coisas com quatro anos. Só algumas poucas indicavam que cada criança possuía um ritmo próprio e que não precisava se preocupar.

Para contrapor às listas indicadas pelas mães, em que constavam itens como: saber o nome dos planetas, escrever o nome e sobrenome, saber contar até 100, Bayer organizou uma lista bem mais interessante para que pais e mães considerem que uma criança deve saber.

Veja alguns exemplos abaixo:

Deve saber que a querem por completo, incondicionalmente e em todos os momentos.
Deve saber que está segura e deve saber como manter-se a salvo em lugares públicos, com outras pessoas e em distintas situações.
Deve saber seus direitos e que sua família sempre a apoiará.
Deve saber rir, fazer-se de boba, ser vilão e utilizar sua imaginação.
Deve saber que nunca acontecerá nada se pintar o céu de laranja ou desenhar gatos com seis patas.
Deve saber que o mundo é mágico e ela também.
Deve saber que é fantástica, inteligente, criativa, compassiva e maravilhosa.
Deve saber que passar o dia ao ar livre fazendo colares de flores, bolos de barro e casinhas de contos de fadas é tão importante como praticar fonética. Melhor dizendo, muito mais importante.

E ainda acrescenta uma lista que considera mais importante. 
A lista do que os pais devem saber:


Que cada criança aprende a andar, falar, ler e fazer cálculos a seu próprio ritmo, e que isso não tem qualquer influência na forma como irá andar, falar, ler ou fazer cálculos posteriormente.
Que o fator de maior impacto no bom desempenho escolar e boas notas no futuro é que se leia às crianças desde pequenas. Sem tecnologias modernas, nem creches elegantes, nem jogos e computadores chamativos, se não que a mãe ou o pai dediquem um tempo a cada dia ou a cada noite (ou ambos) para sentar-se e ler com ela bons livros.
Que ser a criança mais inteligente ou a mais estudiosa da turma nunca significou ser a mais feliz. Estamos tão obstinados em garantir a nossos filhos todas as "oportunidades" que o que estamos dando são vidas com múltiplas atividades e cheias de tensão como as nossas. Uma das melhores coisas que podemos oferecer a nossos filhos é uma infância simples e despreocupada.
Que nossas crianças merecem viver rodeadas de livros, natureza, materiais artísticos e a liberdade para explorá-los. A maioria de nós poderia se desfazer de 90% dos brinquedos de nossos filhos e eles nem sentiriam falta.
Que nossos filhos necessitam nos ter mais. Vivemos em uma época em que as revistas para pais recomendam que tratemos de dedicar 10 minutos diários a cada filho e prever um sábado ao mês dedicado à família. Que horror! Nossos filhos necessitam do Nintendo, dos computadores, das atividades extraescolares, das aulas de balé, do grupo para jogar futebol muito menos do que necessitam de nós. Necessitam de pais que se sentem para escutar seus relatos do que fizeram durante o dia, de mães que se sentem e façam trabalhos manuais com eles. Necessitam que passeiem com eles nas noites de primavera sem se importar que se ande a 150 metros por hora. Têm direito a ajudar-nos a fazer o jantar mesmo que tardemos o dobro de tempo e tenhamos o dobro de trabalho. Têm o direito de saber que para nós são uma prioridade e que nos encanta verdadeiramente estar com eles.

Então, o que precisa mesmo - de verdade - uma criança de 4 anos?
Muito menos do que pensamos e muito mais!"









Mais fotos em 

Respeito

“O respeito à criança lhe ensina que ela é amada não pelo que faz ou tem, mas pelo simples fato de existir. Sentindo-se amada, ela se sentirá segura para realizar seus desejos. Portanto, deixá-la tentar, errar sem ser julgada, ter seu próprio ritmo, descobrir coisas permitem à criança perceber que consegue realizar algumas conquistas. Falhar não significa uma catástrofe afetiva. Assim, a criança vai desenvolvendo a autoestima, grande responsável por seu crescimento interno, e fortalecendo-se para ser feliz, mesmo que tenha de enfrentar contrariedades.”

Içami Tiba

                                                                                       Foto de C. Maciel

"Dia da Criança"

No Dia da Criança, 12 maneiras de ser a "pior mãe" do mundo:


1. Faça seus filhos irem para a cama a uma hora razoável
Será que existe alguém que não tenha ouvido o quão importante uma boa noite de sono é para o sucesso de uma criança? Faça seu papel de mãe e coloque seu filho na cama. Ninguém nunca disse que a criança tinha que querer ir para a cama. Eles podem brigar no início, mas com persistência, eles aprenderão que você está falando sério. E depois é só aproveitar para ter um tempo só seu ou para o casal.

2. Não dê a seus filhos sobremesa todos os dias
Doces devem ser guardados para ocasiões especiais. Isso é o que os deixa mais gostosos. Se você ceder às exigências de seu filho de ter doces o tempo todo, ele não vai apreciar o gesto quando alguém lhe oferecer um doce como recompensa ou presente. Além disso, imagine quanto isso pode custar caro quando o levar ao dentista e ao médico.

3. Faça-os pagar por suas próprias coisas
Se você quer algo, você tem que pagar por aquilo. É assim que funciona a vida adulta. Para conseguir tirar seus filhos do porão no futuro você precisa ensiná-los agora que eletrônicos, filmes, videogames, esportes e acampamentos que eles gostam têm um preço. Se eles tiverem que pagar tudo ou pelo menos parte do preço eles irão apreciar mais. Você também pode evitar pagar por algo que seu filho queira somente até conseguir aquilo. Se ele não está disposto a ajudar a pagar pelo menos metade, ele provavelmente não queira aquilo tanto assim.

4. Não mexa os pauzinhos
Alguns jovens têm dificuldade quando começam a trabalhar e percebem que as regras também se aplicam a eles. Eles precisam chegar no horário e fazer o que o chefe mandar. E (ai, ai!) parte do trabalho eles nem gostam de fazer. Se você não gosta do professor do seu filho, do seu parceiro de ciências, sua posição no campo de futebol ou no ponto de ônibus evite a tentação de mexer os pauzinhos para que seu filho consiga as coisas do jeito que ele preferir. Você está roubando a chance do seu filho de tirar o melhor e aprender com a situação. Lidar com uma situação menos que ideal é algo que ele terá que fazer o tempo todo na vida adulta. Se a criança nunca aprender a lidar com isso, você a está levando ao fracasso.

5. Faça-os fazer coisas difíceis
Não interfira automaticamente e tome conta quando as coisas se tornarem difíceis. Nada dá a seus filhos um melhor impulso de confiança do que não fugir do problema e realizar algo difícil por eles mesmos.

6. Dê-lhes um relógio e um despertador
Seu filho estará melhor se aprender as responsabilidades de controlar seu próprio tempo. Você não estará sempre lá para pedir pra ele desligar a TV e ir para seus compromissos.

7. Não compre sempre o melhor e o mais recente
Ensine seus filhos a terem gratidão e satisfação pelo que eles têm. Estar sempre preocupado com o próximo grande lançamento e quem já o tem vai levá-los a uma vida de dívidas e infelicidade.

8. Deixe-os experienciar a perda
Se seu filho quebrar um brinquedo, não compre um novo para substituí-lo. Ele vai aprender uma valiosa lição sobre cuidar de suas coisas. Se seu filho esquecer de entregar uma tarefa na escola, deixe-o ficar com uma nota mais baixa ou faça-o ir conversar por si mesmo com a professora sobre conseguir crédito extra. Você estará ensinando responsabilidade - quem não quer filhos responsáveis? Eles podem ajudá-la a se lembrar de todas as coisas que você se esquece de fazer.

9. Controle a mídia
Se todos os outros pais deixassem seus filhos pularem de uma ponte você também deixaria? Não deixe seu filho assistir a um filme ou jogar um videogame que seja inapropriado para crianças só porque as outras crianças o fizeram. Se você defender e lutar por manter a educação decente de seus filhos outros podem seguir suas ações. Crie uma pressão positiva.

10. Faça-o se desculpar
Se seu filho fizer algo errado, faça-o confessar e enfrentar as consequências. Não varra a grosseria, bullying, ou desonestidade pra debaixo do tapete. Se você errar, dê o exemplo e encare as consequências de seu erro.

11. Importe-se com suas maneiras
Até mesmo crianças pequenas podem aprender as noções básicas de como tratar outro ser humano com respeito e dignidade. Ao fazer da boa educação um hábito você estará fazendo a seus filhos um grande favor. Boas maneiras é o caminho certo para conseguir o que você quer. "Você pega mais moscas com mel do que com vinagre."

12. Faça-os trabalhar - de graça
Seja ajudando a avó no jardim ou voluntariando-se para ser tutor de crianças mais novas, faça o serviço parte da vida de seus filhos. Isso os ensina a olhar além de si mesmos e ver que outras pessoas também têm necessidades e problemas - às vezes maior do que sua própria.




"Não desista. Seus filhos podem pensar que você é malvada agora, mas eles vão agradecer-lhe mais tarde.
Com todo o tempo que você passar sendo má, não se esqueça de elogiar e recompensar seu filho por comportamento excepcional. E sempre se certifique que eles saibam que você os ama. Com um pouco de sorte, seus filhos podem virar o jogo e fazer sua geração conhecida por sua esperança e promessa."

Cantoria no Espinilho

Lavras do Sul, 11/10/2015.


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