(...) "Quando calados, imersos no próprio turbilhão mental, ainda podemos tentar silenciar. Não o silêncio que é ausência de ruído ou de palavras, mas o silêncio que suspende o julgamento e que nos lança para dentro de nós mesmos. Algo assim como um resguardar-se, guardando para si certas opiniões (ou até mesmo o direito de não ter de opinar sobre tudo o tempo todo), sendo mais autoindulgente diante de um brigadeiro ou de faltar à academia, sendo mais autocomplacente diante do espelho e da opinião alheia.
Cuidar de si mesmo deveria ser simples como olhar a chuva caindo lá fora. Mas porque não o é, é que existem no mundo arte, literatura, flores, crianças e animais. Pequenas ternuras com as quais também é possível preservar e abastecer nosso “território interior”."
7.7.15
Silenciar
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