23.12.12

Esperando o fim do mundo


Pois é. 
No dia 21 de dezembro eu estava em Porto Alegre.
Passou um filme na minha cabeça. Tantas lembranças, tantas coisas inesperadas...
Se tem uma coisa que não posso reclamar é de que a vida não me surpreende.
Ela pode ser arrasadora. E arrebatadora. Na mesma medida e num curto espaço de tempo - especialmente nos últimos meses.
Em outubro, um grande susto - porque a vida é frágil e trata de nos lembrar disso. Senti muito medo. E alívio e tristeza. Raiva e gratidão. Pena de mim e raiva de mim. Tudo ao mesmo tempo, tudo misturado.
De lá para cá, parece que as coisas vieram acontecendo sem nenhum aviso. 
Mais uma vez curar as feridas, mais uma vez recomeçar.
Ainda bem que tenho amigos queridos, que tornam qualquer tristeza mais fácil de ser suportada. E qualquer alegria, multiplicada.
Muitas viagens. Internas, inclusive. Terapia. Tentativas. Técnicas de sobrevivência.
Ocupar o tempo, olhar no espelho, refazer os caminhos, deletar algumas coisas, deixar outras para trás.
Aprender com os erros é necessário. Mas difícil e dolorido, pelo menos para mim, que me deixo levar pelos sonhos.
Enfim chegou 21 de dezembro. E o mundo, não só não acabou, como se mostrou diferente. Bonito. 
Mandei mensagem, para quem estava de aniversário e desejei, mais uma vez, a felicidade de quem foi importante, para mim. 
O mundo, definitivamente não acabou, constato aliviada. As previsões dos Maias, como muito do que acreditei, nos últimos dois anos, foram meros equívocos. 
Vida que segue.
E, ainda bem, segue surpreendendo. 
A chuva lavou minha alma - sobrevivi. 



Paisagem que se renova.
Ou é meu olhar?

3 comentários:

ana maria disse...

Tenho andado contigo neste caminho e sei cada linha e entrelinha deste texto. Desejo que o mundo que ficou pra trás seja um aprendizado e uma boa lembrança, que venha um mundo novo, colorido, iluminado e florido e que continuemos juntas para que tudo fique sempre melhor! Bj

Ana disse...

Obrigada, Ana Maria!
Muito bom contar contigo e rir juntas, de todos os tropeços!
Mas não tem jeito, não. É cair e levantar, sem perder a ternura - e o bom humor!
Beijão!

Lúcia Soares disse...

Você falou tudo, Ana.
Sempre com fé e esperança.
Beijo!

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