Tanto vento, hoje, em Pelotas!E "vento" me lembra "tempo", que anda passando rápido demais!Já estamos em agosto e tenho a sensação de que o ano recém começou.Que descompasso é esse? Meu calendário interno está em desacordo com o dia, mês e ano que o bom senso me faz reconhecer que é o real.Mas o que faço com o que deixei de fazer? Como atualizo minhas emoções, meus sentimentos, minhas urgências?Como acelero meu tempo para sintonizar com o mundo, lá fora?Honestamente não sei.Preciso aprender a lidar com isso - e tem que ser logo, ou deixar rolar, como as folhas que caem, a cada estação, sem nada questionar, apenas aceitando os ciclos, os fluxos, os rítmos... Talvez, assim, finalmente se harmonizem.
É ele que nos acorda e nos mostra, claramente, que o tempo externo é absolutamente diferente do interno.
Acabei de ler este texto da Solange Maia:
"Todo espelho, mais cedo ou mais tarde, não responde o que a gente quer. O relógio biológico não para, antes que a gente aja, age a vida.
E apesar de termos certeza da atemporalidade que nos habita, a gente ainda se assusta com essa coisa tão simples.
Triste quem faz uma escolha errada e a ela fica aprisionado.
Triste a falta de compromisso e interesse de quem escolhe passar a vida em cima do muro, porque de lá, a visão é a das possibilidades, acha-se então que se conhece uma e outra realidade, mas é só ilusão. De cima do muro a vida não passa de uma promessa.
E promessas são intangíveis.
Viver tem que ser hoje.
A dúvida é uma queda diária no abismo que fica entre o sim e o não."
Um comentário:
Lindos os textos, o seu e o da Solange Maia.
Não dá para parar o tempo. Nem desacelerar.
O segredo, estou começando a acreditar, é o "carpem die". Aproveitar o dia de hoje, que é o que temos. O ontem já se foi e o amanhã nem sabemos se virá.
Beijo!
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