11.9.10

Futilidade

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Acho que a vida anda tão maluca que estamos invertendo completamente os valores! Consideramos "dispensáveis" qualidade de vida, algum charme, um pouco de estravagância e beleza no nosso cotidiano, como se isso fosse privilégio de poucos ou alienação!

Segundo a Wikipédia "futilidades ou coisas fúteis são atividades, conversas ou sentimentos vazios que não levam a crescimento algum. Também pode-se dizer que são informações sem conteúdo.
Coisas sem conteúdo. A palavra futilidade se refere à falta de valor, sem importância, vulgar, banal, sem sentido, sem nexo, sem noção, vazio."

Então, na minha opinião, fúteis são coisas que não precisariam existir. Como a miséria, a fome, a violência, a ignorância. A indústria da guerra, apesar de lucrativa, não precisaria existir.
Mas todo o resto, boa comida, boas roupas, casas bacanas, conforto, seriam considerados essenciais, imprescindíveis, e a sua utilização por todos, geraria produtividade, empregos decentes, fonte de renda.

Mas está tudo tão distorcido, os conceitos tão equivocados, que as pessoas tem medo de usar jóias, gradeiam suas casas, blindam seus carros, contratam seguranças, investem em sistemas de proteção. Que pena...

Não precisaríamos de nada disso se o apego as coisas materiais fosse apenas o de usufruir, não de ter, guardar, enriquecer.

Acho que estou mais delirante do que o normal, hoje, com essas idéias de socializar o que é considerado fútil! E provavelmente vou ser mal entendida. Mas fazer o quê?

Não gosto de luxo desnecessário, mas adoraria ter muito conforto e beleza na minha volta. Enfim, ter tudo aquilo que o dinheiro ganho honestamente pode comprar. Poder viajar, conhecer lugares bonitos, andar por aí sem medo... Isso seria um sonho, que todos merecemos viver!

2 comentários:

Lúcia Soares disse...

Ana, e pensar que a vida já foi assim!
Que podíamos sair à noite sem medo, que crianças podiam brincar na rua sem estarem sendo "vigiadas" por olhares de pedófilos, que podia-se andar com segurança pelas ruas de uma cidade qualquer.
Ainda vivi isto na minha adolescência e uns anos depois.
Os perigos sempre existiram, mas não eram em proporção gigantesca como agora.
Sempre houve gente pobre, em qualquer lugar, e pobreza nunca foi sinônimo de malandragem, como é agora.
Mata-se por um tênis caro, um relógio bacana, uma jaqueta "da hora".
Assusta um pouco, mas ainda pode haver solução.
De onde virá, não sei!
Beijo!

Beth/Lilás disse...

Ana,
Eu entendo muito bem o que queres dizer, ou melhor, um país que tivesse a segurança de um Canadá, o conforto dos Estados Unidos e o charme e tranquilidade da Toscana.
Ahh, como eu queria isso também!!!
bjs cariocas

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