28.12.15

"O que não fazer em 2016 para ter um bom ano novo"

Por Fernanda Young 

♦ Não repetir os mesmos erros. Ano novo, erros novos. Burrices, todo mundo faz, mas pouca gente sabe aprender com elas. Figurinhas e burrices: troque as repetidas.

 Não tirar selfie fazendo bocas que você não faz quando não faz selfie.

Não trollar os posts dos outros, aproveitando o anonimato da internet. É feio. Mais feio que qualquer foto feia. Lembre-se da lei do karma: tudo que você faz volta para você, algum dia.

 Não comprar uma coisa só porque é tendência. Tendências tendem a desaparecer rapidamente e as pessoas tendem a ficar ridículas usando tendências.

 Não mandar nude a troco de nada. O ideal seria não mandar nudes antes da pessoa ter visto você “nude” pessoalmente. E lembre-se que a internet é que nem tatuagem: depois que botou não tem como tirar.

 Não colocar a culpa de tudo nos outros. Mesmo sabendo, como nós sabemos, que a culpa de tudo é dos outros mesmo.

 Não empurrar as coisas com a barriga. Aliás, não ter barriga para empurrar as coisas seria um conselho melhor ainda, mas está provado que as barrigas vieram para ficar e barriga negativa é pura ilusão de ótica. Barrigas são positivas — apenas cuidado para não exagerar na positividade.
Não exigir demais de você. Mas também não exigir de menos.

 Não deixar que a preguiça atrapalhe seus planos. Ela vai vir, e vai tentar de tudo para te convencer, mas você tem que ser forte. Desistir é sempre mais fácil, mas a facilidade é a morte da paixão.

 Não fazer barulhos que atrapalhem a vida dos outros. Nosso mundo anda muito barulhento, cultive um pouco de silêncio. Cuidado, especialmente, com a tentação de fazer obras desnecessárias em seu apartamento. Perturbar o vizinho é sabotar a própria paz.

 Não fazer cobranças (a menos que você trabalhe no departamento de cobranças de uma empresa). Todos reagimos de maneiras diferentes às coisas, aí que está a graça da coisa. Se você espera que as pessoas reajam como você reagiria, pode se preparar para se decepcionar diariamente. Quando você cobra uma atitude de alguém, você perde a razão e uma boa oportunidade para ficar calado. Cada um tem seu jeito, e seu tempo.

 Não se levar muito a sério. Saiba encontrar a graça até na própria desgraça, ela está lá em algum lugar. Você vai ter dias bons e dias ruins, como em qualquer outro ano, então não estresse mais do que o necessário para o choppinho. Toda tragédia, depois de um tempo, vira comédia.

 Não ficar checando o celular, quando estiver com alguém. Se a pessoa com quem você está não é interessante, não esteja com essa pessoa. Aliás, qualquer pessoa ao vivo, na sua frente, é mais interessante que qualquer post interessante — basta olhar direito.

 Não ter medo de experimentar coisas novas. Por mais que você conheça, você não conhece quase nada. O mundo é absurdamente imenso, as possibilidades são infinitas. Ficar preso ao que você já conhece é se fechar para a maravilhosa imprevisibilidade da vida.

 Não se auto-sabotar. Você é o pior inimigo que você pode ter. E nosso pequeno sabotador interno se aproveita de momentos de crise para detonar nosso amor-próprio. Saiba diferenciar auto-crítica de auto-trollação.

 Não defenda ideias em que você não acredita. Seguir a opinião dos outros é a maneira mais rápida de não fazer diferença. Faça diferença, é para isso que você está aqui. Tenha a sua própria opinião, é saudável e grátis.

 Não guarde rancor. Se tiver algum guardado, recicle. Rancor reciclado se transforma em energia.

 Não vacile com os outros. As pessoas contam com você e vacilar com elas seria péssimo. Dê o melhor de você em tudo, é a melhor receita para não ter insônia de noite.

 Não engula sapos. Sapos tem glúten, mesmo os orgânicos, com sotaque de Minas. Sabe aquela gosma em volta dos sapos? É gordura-trans. Sapos engolidos triplicam o colasterol. Enfim, invente qualquer besteira como essas, mas não engulam sapos. Não mais. 

 Resumindo, a principal coisa para não fazer em 2016 é 2015.



Imagem Pinterest.

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