18.4.15

Cuidados

(Não só com a alma...)

                                                                            30/03/2015

Relendo o texto abaixo, da Adélia Prado, reafirmo a certeza de que cuido da minha alma. E me sinto bem, cada vez mais em paz com a passagem do tempo e suas marcas, embora reconheça que não é tarefa fácil lidar com o "envelhecer"...
As coisas que considero essenciais, na minha vida, estão cada vez melhores. Relações, amores, escolhas... Claro que tenho algumas (grandes) dificuldades, só que elas nada tem a ver com a idade...
Mas, apesar de me sentir envelhecendo bem e sem grandes sofrimentos, constato que a minha tendência natural é ficar quieta. Pago para não me mexer e isso resulta em acomodação. Não me refiro à vida que levo, mas ao jeito como trato a mim mesma. Me deixo ao sabor do tempo e do vento. Perco a vaidade e fico relaxada, no sentido literal da palavra. Preguiça de fazer dieta, de ir na manicure, escovar o cabelo, fazer algum exercício... Rímel esquecido em alguma necessaire e, na hora de vestir, mais o conforto do que a aparência. Comprar roupa nova? Para quê? Se gosto, mesmo, das roupas velhas e largas? 
Oh, céus! 
Continuo gostando dos meus sabonetes, óleos, cremes, perfumes... Gosto de me sentir bem, dentro da minha própria pele. Me olho no espelho e adoro minha cara lavada! Penso em assumir os cabelos brancos e provoco reações adversas, nas pessoas com quem convivo.
Onde está minha motivação para recomeçar a dieta? Se esvai quando lembro do jantar delicioso que o Ricardo prepara todas as noites! Aliás, olho nos olhos dele e me sinto bonita, amada, desejada... Meus conflitos nada a tem a ver com o meu amor...
E é difícil emagrecer comprando pão novinho todo o dia! Lavras tem suas delícias! 
Enfim, o desafio desse momento é esse. Voltar a cuidar da minha aparência! Onde estão meus tênis? Preciso voltar a caminhar, urgente! Socorroooo!

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