A vida da gente passa por sonhos, planos, escolhas, decisões. Algumas certeiras, racionais...outras intuitivas ou movidas por impulso. O que sei é que o medo atrapalha tudo.
Andava com medo até de sonhar, imagina tomar decisões. Adiava tudo, desistia de tudo, protelava tudo, me sabotava. Engordei 30 kg, numa época (não foi durante a gravidez), tive rosácea em outra. Minha pele ardia, bastava "falar", me expressar, sentir. E eu não tinha consciência de nada disso, mas minha energia toda era gasta em sufocar meus sonhos.
Não entendo porquê, mas só me parecia legítimo e correto o que interessava aos meus filhos, meu pais, minha família. Eles eram prioridade. Nem me dava conta de como andava chata e infeliz, carente e infeliz, desmotivada e infeliz. E acho que ninguém notava também. Parecia tudo tão bem, casa arrumada, filhos saudáveis, trabalho seguro... Nada justificaria virar as costas pra este mundo construído com tanta dedicação.
Mas tudo tem um limite. Qual foi o meu? Constatar que eu tinha vivido, pelo menos, metade da minha vida. Levei um susto. Vi que ninguém precisava mais de mim, do que eu. Meus filhos estavam criados e fiz um belo trabalho, até então. (Sem falsa modéstia.) Mas, até por eles, precisava ir atrás de algumas verdades.
Fui movida por puro instinto de sobrevivência. Na medida em que me entendia e que reconhecia meus fracassos me sentia mais segura de estar fazendo a coisa certa.
Não estou num momento de euforia, de alegria desmedida, de felicidade suprema! Longe disso. Mas respiro melhor, me sinto melhor. Tenho coragem de ser o que sou e isso me custou tanto! Não sei quanto tempo levou, nem se magoei além da conta as pessoas a quem amava. Mas, se o amor era recíproco, elas vão acabar entendendo. Não quero que o amor à elas me pese.
Quero ser leve. Não carregar tantos medos. Principalmente o medo de mudar.
Andava com medo até de sonhar, imagina tomar decisões. Adiava tudo, desistia de tudo, protelava tudo, me sabotava. Engordei 30 kg, numa época (não foi durante a gravidez), tive rosácea em outra. Minha pele ardia, bastava "falar", me expressar, sentir. E eu não tinha consciência de nada disso, mas minha energia toda era gasta em sufocar meus sonhos.
Não entendo porquê, mas só me parecia legítimo e correto o que interessava aos meus filhos, meu pais, minha família. Eles eram prioridade. Nem me dava conta de como andava chata e infeliz, carente e infeliz, desmotivada e infeliz. E acho que ninguém notava também. Parecia tudo tão bem, casa arrumada, filhos saudáveis, trabalho seguro... Nada justificaria virar as costas pra este mundo construído com tanta dedicação.
Mas tudo tem um limite. Qual foi o meu? Constatar que eu tinha vivido, pelo menos, metade da minha vida. Levei um susto. Vi que ninguém precisava mais de mim, do que eu. Meus filhos estavam criados e fiz um belo trabalho, até então. (Sem falsa modéstia.) Mas, até por eles, precisava ir atrás de algumas verdades.
Fui movida por puro instinto de sobrevivência. Na medida em que me entendia e que reconhecia meus fracassos me sentia mais segura de estar fazendo a coisa certa.
Não estou num momento de euforia, de alegria desmedida, de felicidade suprema! Longe disso. Mas respiro melhor, me sinto melhor. Tenho coragem de ser o que sou e isso me custou tanto! Não sei quanto tempo levou, nem se magoei além da conta as pessoas a quem amava. Mas, se o amor era recíproco, elas vão acabar entendendo. Não quero que o amor à elas me pese.
Quero ser leve. Não carregar tantos medos. Principalmente o medo de mudar.
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9 comentários:
Ana,
Bom ver você se abrindo, escrevendo e organizando as idéias e os sentimentos. Já conversamos tanto sobre tantas mudanças pelas quais você passou, anda passando e ainda precisa passar.
Saiba que mesmo modesto e longínquo, meus caisinho sempre terá uma amarra para este seu veleiro, cuja vela leva mais longe a cada dia!
Beijo,
Tão bom nos darmos conta dessas atitudes e não querer repeti-las mais.
Estás como essa frase de Guimarães Rosa tão lindamente falada pela minha deusa MB em seu show brasileirinho: "Felicidade se acha é em horinhas de descuido".
Boa sorte nessa tua busca.
o medo nos acompanha, mas precisamos ultrapassar a barreira que ele nos impõe. não é nada fácil, sei muito bem disso...
;)
Que lindo teu processo de reavaliação. É doído eu sei,mas afinal nosso compromisso é com nós mesmo!
Bjos
o texto pode parecer pessoal, mas pode ter certeza: é universal.
beijo
Fico feliz de ler essas tuas palavras. Gosto da imagem que o Leonardo colocou, do veleiro. É isso mesmo. Você é o mar e o veleiro que está nele. Agora é só escrever o resto da história como você achar mais bacana. Quanto ao medo, ele passa, então, deixa passar...
Ana,
obrigado pela visita ao meu livri.
É um prazer conhecê-la (assim, longe...), nesse seu momento de alta (consciência de) coragem.
Caminhos abertos!
Acompanharei...
Bjs,
Aguinaldo
'largue-se e vc será bem mais do q jamais sonhou ser'
janis joplin
hhehehehehee eu adoro essa frase...achei q tem td a ver!
te amo
bjo bjo
Ana, tu és/estás dez!!!! Sem medo de ser feliz!!!! Te admiro muito!
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