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1.12.08

Aquaviva

Ro Druhens


"Com as mãos em concha, recolheu a água do que chamam vida.
Intenção seria lavar os olhos, talvez o rosto.
Intenção disfarçada de lavar olhares, talvez, sorrisos.
E a sede daquele gosto antigo de sumo de fruta madura, quase passada.
Na primeira mordida, sentiu fogos iluminando o céu da boca.
E vulcões explodindo na garganta.
Vida de volta às entranhas.
E mais vivo estava, ainda, o desvalido coração.
Afagou-se e afogou-se.
Aguardente.
Água e fogo.
Vida."

5 comentários:

  1. Que texto lindo !
    Esse tipo de sensualidade delicada os pornográficos jamais terão sensibilidade para entender.
    Bj

    JP

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  2. Ana,

    Quando formosa
    De lábios e mãos em concha
    Carinhosas
    Balbuciam, gemem
    Tocam, resvalam
    Acariciam, abraçam
    Tenho percepção
    Da vida ser erupção
    Retorno à concepção
    Gosto gostoso travoso
    Cheiro frutado maravilhoso
    Som de sorriso malicioso
    Que o coração despossuído
    Muda o ritmo
    E se afoga
    Se aquece
    E arde
    Na lava
    No fogo da paixão

    Abraço apertadinho

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  3. A sensibilidade da vida em seus mínimos detalhes!


    Abraços...

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  4. ana,
    adorei o texto, adorei tuas colagens.
    como sempre, e muitas vezes, os textos que escolhes sintonizam bem com o que estou vivendo.
    um beijo para ti, com carinho!

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