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29.4.08

Ainda "Entre Aspas"

Que metro serve
para medir-nos?
que forma é a nossa
e que conteúdo?
Contemos algo?
somos contidos?
dão-nos um nome?
estamos vivos?
A que aspiramos
Que possuimos?
Que lembramos?
Onde jazemos?
Nunca se finda
Nem se criara
Misterio é o tempo
Inigualável

Que incrível! Não conhecia esta poesia do Drummond, mas quando li "Perguntas em forma de Cavalo-Marinho", num dos blogs participantes do Projeto Entre Aspas - A Vida Como a Vida Quer - me identifiquei e lembrei imediatamente disso:
.
"Não vim com rótulo. Modo de usar. Indicação. Não sei pra que sirvo. O que contenho. Se curo ou enveneno. Se tenho prazo de validade..."
.
Escrevi em fevereiro/2006 e está aqui.
Acho que é isso que nos encanta tanto quando lemos uma poesia: a identificação! Sentir que alguém consegue expressar o que sentimos, de forma poética e precisa! Adorei!!
.
*A lista completa dos participantes está no Acqua!

11 comentários:

  1. Ainda bem que não viemos com manual de instruções, belo texto.

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  2. Pelo Jeito você gostou mesmo da brincadeira que até repetiu a dose. E poetar é sempre muito bom.
    Vou ficar um pouquinho por aqui conhecendo seu espaço, que com certeza passarei a frequentar.
    Quanto a palavra que você gostou “no jardim, na fronteira das lavras onde se cortam as palavras' são palavras do poeta homenageado por mim. Transcrevo o poema para você.


    O JARDIM NA FRONTEIRA DE LAVRAS
    (Dauri Batisti)

    Às seis da tarde tomei o trem
    e fui em silêncio até o fundo do desfiladeiro.
    Logo avistei o jardim na fronteira das lavras
    onde se cortam as palavras.
    Não precisei correr, bastava o bom passo,
    aquele que o amor-de-escrever me fazia dar
    mesmo no escuro, para descobrir a pedra exata
    para a palavra certa. Leve.
    Retornei no alvorecer com essapalavra que lá talhei
    com sopros e respiros suaves e outros profundos
    na pedra menos áspera que encontrei:
    "Já que Deus te colocou na minha porta
    te convido a entrar e tomar parte
    da minha pedra-poesia-pão.
    SEJA BENVINDO!

    Um abraço
    Jacinta

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  3. É verdade, vc foi praticamente a primeira a comentar e eu nao tinha guardado na memória. Eta memória fraca! :-) E eu leio o seu blog porque vc é uma pessoa iluminada, consegue passar muito isso através de tudo o que publica. Adoro seu sorriso e sua forma poética e colorida de ver a vida. Um beijo grande, boa noite, Sandra

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  4. Oi,Ana,
    Adorei os poemas que você escolheu ( hoje também!) e amei conhecer o teu blog!
    Vou visitar você sempre!
    Tudo de bom!

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  5. Profundo e o que é melhor, nos tira da inércia, nos faz refletir! Grata pela visita, guria de Lavras, beijos!

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  6. É assim que defino um artista, é aquele que consegue dizer com palavras ou imagens ou sons aquilo que o homem comum só consegue sentir. Drumond está entre meus favoritos desde a infência.

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  7. Obrigada, Ana, pela sua visita ao blog. Gostei muito da poesia de Drummond que você publicou, mas eu sou suspeita: adoro Drummond. Boa quarta!

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  8. Nem sempre somos contidos, mas sempre tem gente querendo nos conter...


    Somos um continente com conteúdo!


    E gostei muito dessa tua frase deixada no blog Mude: "teu coração é teu norte"!


    Abraços, flores estrelas..

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  9. Vc tem razão, nós chegamos ao mundo aos braços de pessoas que nem sempre sabem como lidar com aquela vidinha ... Gostei do poema. Drumond... Bjkª. Elza

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  10. Anabacana!
    Que bom que aderiste às blogagens coletivas! Ficamos conhecendo blogs e pessoas muito interessantes.

    Por mais que te faça elogios nunca vai ser o sufuciente. Tu és supimpa! E agora é que este pessoal vai te conhecer.
    Bjão.

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Oi!!!!!!!!

Esta é a melhor parte! Adoro quando comentam!

Às vezes demoro a responder... É que me perco por aí, lendo os blogs, e nem vejo o tempo passar! Heheheh!

Outras vezes acho que não há necessidade de resposta e que é melhor que seja assim, sem obrigação de "comentar os comentários"!

Mas sempre fico feliz e agradecida!

Beijos!!

Ana


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