bem.O Renato tem alma de poeta e fala bem demais do sentimento do gaúcho, cercado de distâncias, de saudades do tamanho do pampa, de valores como a amizade e as lembranças de uma vida, com tudo o que isso possa representar.
Ele me mandou a letra de uma música que concorreu na 30ª Califórnia da Canção e na 20ª Coxilha Nativista. Letra dele e melodia de Joca Martins.
Segundo o Renato, aconteceu assim: "A idéia da letra surgiu em um reponte em São Lourenço do Sul onde estávamos competindo, eu e Gujo Teixeira, com outra obra (Milonga Praiana). Na segunda-feira seguinte ao festival, estávamos sentados na frente da casa do Sávio, junto à parede do rancho, quando um pôr de sol bem amarelo e lindo veio nos dar o ar de sua graça. Comentamos como havia passado rápido aquele final de semana. Cheguei em casa e fiz a letra, aliás minha primeira letra ‘solo’. Mandei pro Reponte seguinte, mas ela não passou na triagem. Em seguida, veio a Coxilha em Cruz Alta e depois, para a minha felicidade, fomos conhecer Uruguaiana e a Califórnia."
As palavras dele dizem que a saudade pode ser vivida sem sofrimento. E que as lembranças fazem parte da nossa história...
À sombra de um cinamomo
Junto à parede do rancho
(Fim de tarde amarelado)
A sombra de um cinamomo
Tem saudades do passado
Tardes breves na importância
Trazem recuerdos consigo
A saudade é casa cheia
Pra quem mateia entre amigos
Se a distância nos separa
Enchendo o peito de dor
As lembranças são regalos
De alto e caro valor
Indelével é o tempo
Assim feito bons parceiros
O destino é que nos torna
Da saudade prisioneiros
Tardes calmas e tranqüilas
Nos reportam a ausentes
Mesmo que em nossa memória
Se façam sempre presentes
E quando vier o meu reponte
Quero ter o que mereço
Dou valor àquelas tardes
Pois paguei um alto preço
E se essa for a minha sina
Me vou feliz mesmo assim
Prá trás deixei um passado
Que tem saudades de mim
Junto à parede do rancho
(Fim de tarde amarelado)
A sombra de um cinamomo
Tem saudades do passado
Tardes breves na importância
Trazem recuerdos consigo
A saudade é casa cheia
Pra quem mateia entre amigos
Se a distância nos separa
Enchendo o peito de dor
As lembranças são regalos
De alto e caro valor
Indelével é o tempo
Assim feito bons parceiros
O destino é que nos torna
Da saudade prisioneiros
Tardes calmas e tranqüilas
Nos reportam a ausentes
Mesmo que em nossa memória
Se façam sempre presentes
E quando vier o meu reponte
Quero ter o que mereço
Dou valor àquelas tardes
Pois paguei um alto preço
E se essa for a minha sina
Me vou feliz mesmo assim
Prá trás deixei um passado
Que tem saudades de mim
.
* José Renato Daudt é advogado, casado com a Luciane
e pai da Isadora e da Valentina.E lavrense por opção.
.
Foto em noite de pescaria, tirada por Fausto Borges Rodrigues
Muito bem...
ResponderExcluirMúsica bem feita, foto bem tirada..enfim..Não tem como não ser não é mesmo?!?!?!
MAis do que opção é lavrense de coração e mais do que nunca poeta por ambição!!
Não me admira que tão bem escrita sejam as palavras, ja que tão bem ele fez duas filhas, e que tão bem é casado, e que tão bem é querido por amigos.Quando o coração sente que mais nada falta na vida, ele se deixa entregar por alguma coisa, e talvez o dom da melodia, da paciência e da criatividade venham de encontro ao seu coração, para que possamos, dia a dia, nos renovarmos, com versos e palvras. Assim se forma, Zé Renato, que pelas manhãs, reclama, com seu mal humor, e que pelas tardes(sinhas), bebe sua cervejinha, e se inspira, para nos dar a alegria da vida..
Tchê que cunhada essa hein?!?!?!
hahahah